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sábado, 12 de setembro de 2009

DIA DE VANDRÉ

O amigo e conterrâneo Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, Vandré, completa hoje 74 anos de idade. Nasceu na capital paraibana, numa quinta-feira de chuva. Estudou, fez Direito e virou artista.
Como cantor e compositor, ele gravou e levou à praça apenas cinco LPs, o primeiro em dezembro de 1964 pelo selo Áudio Fidelity, com texto de contracapa assinado por J. L. Ferrete, em cujo primeiro parágrafo se lê:
“Geraldo Vandré já se constitui em figura de grande prestígio no cenário musical do Brasil, malgrado ser apenas um jovem de 28 anos e ter ingressado no profissionalismo há comente 5 anos”.
Mas antes disso, muita água rolou rio abaixo.
Tinha uns 14, 15 anos quando se apresentou pela primeira vez num programa de calouros da Rádio Tabajara, em João Pessoa. E foi reprovado. Depois, a contragosto, foi levado a estudar num colégio interno, o São José, no município pernambucano de Nazaré da Mata, de onde saiu no começo dos anos de 1950 e foi morar no Rio de Janeiro, junto com os pais. Nas horas altas da noite, muitas vezes João Gilberto passava para apanhá-lo em casa e o levava a cantar em boates.
O pai, seu Vandregísilo, não gostava disso.
Quantas histórias!
É conversa a história de a mãe, dona Maria, ter patrocinado uma gravação em cera do filho. Ela o apoiava no propositor de ser artista. Apenas isso. E estava certa, pois Geraldo Vandré se tornou um dos mais importantes artistas da música brasileira. O mundo que o diga.
Ontem ao lhe telefonar para parabenizá-lo pelo aniversário, eu o senti de bem com a vida, apenas uma reclamaçãozinha fez: não lhe pagam o que lhe devem no campo do direito autoral. E olha que houve um tempo que ganhava mais do que Roberto Carlos. Seus contratos eram milionários.
Viva Geraldo Pedrosa de Araújo Dias!
Viva Geraldo Vandré!
A foto que ilustra este blog foi feita no camarim do Palace, cá em Sampa, quando levei o autor de Pra não Dizer que não Falei de Flores para assistir a um espetáculo do também conterrâneo Zé Ramalho em 2000, ano em que foi lançado o CD duplo Nação Nordestina, com texto escrito por mim.

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