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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PATTY ASCHER, UMA BELA VOZ QUE NASCE OK

A bela rio-grandense do Norte Marina Elali tem agora no dial das FMs uma voz à altura, muito bonita, aliás: Patty Ascher.
Marina é neta do compositor pernambucano Zé Dantas, parceiro de mestre Luiz Gonzaga num punhado e meio de clássicos como Xote das Meninas, que ela canta em inglês discô no disco De Corpo e Alma Outra Vez.
Patty é filha do paulista de Presidente Epitácio Demerval Teixeira Rodrigues, o Neno, ex-integrante de um dos velhos grupos de rock dos anos 60 e 70: Os Incríveis, de Netinho, Mingo, Manito...
Naqueles tempos, faziam sucesso brasileiros com nomes estrangeiros, como Dave MacLean e Tony Stevens, esse dono de uma voz fantástica.
Uma voz, não; 12 vozes de timbres diferentes ocupavam a sua possante garganta de ouro.
Conheci Jessé Florentino Santos, isto é, Tony Stevens, de perto.
Guardo discos dele até hoje, tanto da fase gringa, quanto da vida brasileira pé-no-chão.
Impressionei-me tanto com a sua capacidade de interpretação, que acabei fazendo entrevistas com ele para o Pasquim e o Jornal do Trabalho, editado pelo guerreiro Perseu Abramo.
O MacLean, pseudônimo de José Carlos Gonzalez, paulista descendente de espanhóis, fez um sucesso dos diabos, com Me and You.
Lembra?
Também era dos 70 um cabra que atendia por Mark Davis, em todas as paradas estourado com Don´t let me Cry.
De batismo, Davis recebeu o nome de Fábio Correa Ayrosa Galvão.
Sacou?
O Mark Davis de ontem é o Fábio Jr. de hoje, das novelas, da mulherada...
Tinha também o Terry Winter, que Miriam Martinez me apresentou numa sala da extinta RCA Victor de Santa Cecília, cá em Sampa, e que um acidente de carro matou, nos 90.
Winter era paulista, com descendência britânica, batizado como Tommy Standen, que chegou a vender 600 mil cópias de um disco, quando Caetano Veloso, no máximo, chegava aos 5 mil exemplares de um título, e o tropicalismo, no cômputo geral, alcançava 30 mil do bolso pra fora.
Velhos tempos, tempos bons, tempos livres, loucos, de cuba libre e inda namoro no portão.
Marina Elali é voz comum ao fundo de novelas globais e em eventos purpurinovos.
Sim, claro, afinadíssima, mas que parece não saber falar o idioma pátrio e dele não gostar, embora aqui e ali seja levada a cantar em grandes eventos o Hino Nacional...
Patty Ascher, que também é compositora, das boas, se ligou à tomada do Jazz norte-americano cantando com o desembaraço das grandes intérpretes, nem parecendo ser filha de um baixista interiorano de um grupo de rock da terra da ex-garoa, hoje das enchentes, o já citado Neno, produtor do programa Inimigos do Silêncio, no ar uma vez por semana pela TV Aberta. Mais posso dizer: Patty é um doce de voz de pluma que inebria pela suavidade os corações e mentes necessitados de bom gosto.
Ouça Deu Jazz no Samba, o CD que ela está pondo na praça, com apoio de gente bamba como Dori Caymmi, Eduardo Lages, Cristóvão Bastos, Gilson Peranzetta e Roberto Menescal.
Sim, Patty, seja bem-vinda ao campo da vida musical.
Gostei disso aqui:

O samba encontrou o jazz
Propôs uma união
Muito amor, sem estresse
Samba jazz, samba jazz

O jazz ficou ressabiado
~Eta samba danado
Resistiu e não caiu
Nadade de pecado...

Referência à bossa nova, que foi buscar no jazz a sua célula mor...
Eu gostaria de ouví-la cantar algo como Juazeiro, de Gonzaga e Humberto Teixeira, que Peggy Lee gravou ao raiar dos 50 em 78 rpm na sua terra-berço, os Estados Unidos de Obama.

TERREMOTO NO MUNDO
- O Haiti está sem rumo, perdido no globo dominado pelo Tio Sam, que, aliás, está mandando e desmandando por lá, Haiti.
O Haiti é aqui, como diz a canção do baiano Caetano.
Precisamos nos cuidar, pois os terremotos provocados pelo mau-caratismo de boa (boa?) parte dos políticos tapuias são perigosíssimos.
Tio Sam anda por perto, rondando, sondando as nossas fraquezas...

CHUVAS DEMAIS
- O que está acontecendo em São Paulo e parte do Brasil me faz lembrar a toada de Gordurinha, Súplica Cearense:

Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há...

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Oh! Deus, se eu não rezei direito
O Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar...

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará...

CORINGÃO
- Pois é: e o Corinthians continua a ganhar...
Fui!

2 comentários:

  1. Assis,
    São Paulo transformou-se num esgoto a céu aberto e as perspectivas não são animadoras.
    Será culpa de São Pedro?

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  2. Como assim, "o Corinthians continua a ganhar"? Empatou a primeira, compadre, ao contrário do meu Palmeiras, que meteu cinco no Mogi Mirim.

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