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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MIGUEL DOS SANTOS, UM GRANDE ARTISTA

Agora com os ponteiros correndo depressa em direção ao meio-dia, e quase à hora do embarque a Porto de Galinhas, PE, para uma sessão de autógrafos do livro recém lançado no Museu do Futebol, em Sampa, A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira, de minha autoria, e palestra que farei sobre o universo infantil na cultura popular, eu quero dizer uma ou duas coisinhas a respeito de um dos grandes artífices das artes plásticas no Brasil, Miguel Domingos dos Santos, que conheci nos fins dos anos de 1960 na capital paraibana, onde nasci no princípio dos 50.
À época procurei em vão, em mim, algum resquício de talento como pintor na Divisão de Extensão Artística da Universidade Federal da Paraíba, sob a batuta dos esforçadíssimos e talentosos, esses sim, João Câmara Filho e Raul Córdula, entre outros que perderam tempo na tarefa inglória de me orientar.
Miguel dos Santos, integrante de reduzida e rica galeria de excepcionais seres que nascem um aqui e outro ali, a cada milhar de anos, dia a dia vem construindo uma obra magnífica e sem par no País, e que todos devem conhecer e naturalmente aplaudir.
Sorte que ele é brasileiro, como o poeta Dos Anjos, os escritores Machado e Rosa, o pintor das mulatas Di Cavalcanti, o maestro Eleazar de Carvalho, Carlos Gomes, o mais representativo compositor operístico das Américas; o sanfoneiro Luiz Gonzaga, o descobridor sonoro das riquezas do Nordeste; e os estudiosos ímpares das coisas do povo, Sylvio Romero, Câmara Cascudo e Gilberto Freyre, que uma vez me negou entrevista pelo fato de ainda eu não conhecer de traz pra frente a sua substanciosa obra, ao contrário de Cascudo, ser especial que Deus nos deu e que me presenteou com sua amizade.
Há quatro décadas, Miguel trocou a terra natal Caruaru, PE, pela capital da Paraíba, onde dia e noite feito um titã, dá lustros à imaginação e cria uma obra monumental sem dúvida, permeada de uma simbologia que nos remete a todos os passados e nos faz refletir sobre o presente.
A obra migueliana se insere perfeitamente no contexto dos grandes mestres.
É isso.
Ah!
No próximo dia 3, Miguel dos Santos inaugura uma de suas hoje raríssimas exposições. A mostra ocupará todo o espaço da Galeria Gamela, em Pessoa.
Vamos lá?

FLIPORTINHO/FLICORDEL
Estarei à tarde em Porto de Galinhas, como eu disse lá em cima. Participarei da festa da literatura de cordel intitulada Fliportinho/Flicordel, que começa amanhã e vai até domingo 28, com a presença de grandes autores e patrimônios vivos de Pernambuco, como os três Josés: Soares da Silva, Costa Leite e Borges.

Um comentário:

  1. Miguel dos Santos e o monumento da Pedra do Reino
    O monumento, criado pelo artista visual Miguel dos Santos e concretizado pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP) em parceria com a iniciativa privada, integra uma série de obras que o governo vem realizando no centro da capital. No dia 9 de outubro de 2009, foi inaugurado o novo projeto de passeio público da rua Padre Meira. Já que a cidade está renascendo. E este espaço que é o Centro Histórico da capital, durante anos foi esquecido e agora vem recebendo muitas ações, a exemplo do Ponto de Cem Réis. São várias obras que revitalizam essa área, que é patrimônio nacional.
    O autor do monumento, Miguel dos Santos, acha que a obra simboliza a genialidade de Ariano Suassuna e o imaginário do povo brasileiro, em especial o povo paraibano. Segundo Miguel, a peça é a transposição do legado de Ariano e uma homenagem ao maior escritor vivo da cultura brasileira.
    Este é um momento raro na história paraibana. É um presente que Ariano recebe e deixa para o seu povo. Este monumento expressa a força, o poder, a alegria desse paraibano que enriquece a cultura com o seu trabalho. A partir de agora essa peça passa a pertencer à humanidade.
    Bira Delgado

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