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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ZÉ HAMILTON AGORA É CIDADÃO DE SAMPA

Para orgulho da categoria, o colega Zé Hamilton Ribeiro, de tantas e tantas reportagens e de livros importantes publicados, como Senhor Jequitibá, de 1979, receberá amanhã 16, às 19 horas, o merecido título de Cidadão Paulistano no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, naturalmente pela excelência do trabalho que desenvolve desde sempre.
Paulista de Santa Rosa de Viterbo, safra de 35, Zé Hamilton é o jornalista mais premiado do Brasil.
É chamado O Repórter do Século, merecidamente.
O primeiro prêmio, ele o ganhou em 64.
Depois outros e outros, como o internacional de Jornalismo Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, em 2006.
A carreira de Zé começou em 54.
A sua volta, há muitas histórias a contar.
Em 2008 participamos do encontro “1968: Cenas da Rebeldia”, organizado pela produtora paulistana Andrea Lago, no Centro Cultura BNB, em Fortaleza.
Desse encontro, mediado por mim, participaram, além de Zé, os artistas da música brasileira Sérgio Ricardo, de Beto Bom de Bola, e Théo de Barros, de Disparada (parceria com Vandré).
Lembro que o Sérgio, nervoso na véspera, me pediu para evitar o caso da quebra de violão.
Lembram?
Foi em 1967, num festival da Record, quando a platéia enlouquecida o impediu de cantar e o vaiou bestialmente.
Discordei dele, dizendo que não dava para evitar o assunto, pois, enfim, era história.
Ele aceitou meus argumentos e tudo terminou bem, tanto que depois me disse que aquilo (o encontro) foi útil e lhe serviu de terapia.
Fiquei feliz.
Mas o meu receio, mesmo, era a reação de Zé.
Como evitar falar da sua brilhante cobertura da guerra do Vietnã para a revista Realidade, interrompia bruscamente, sem falar do acidente trágico que o fez perder uma perna ao pisar numa maldita mina e ir para os ares, literalmente?
Assunto delicado, sem dúvida.
Mas Zé, como se adivinhasse o meu dilema, abordou o assunto com humor, fazendo a platéia se deliciar e até rir com a graça da sua narrativa.
Zé Hamilton, pois, é assim: além de um grande jornalista, um profissional que de fato faz bem à categoria, é, antes de tudo, uma pessoa incrível, exemplar; dessas que a gente carrega no peito com um orgulho danado.
Mas há pouco fiquei sabendo que ele está um tanto nervoso com essa história de homenagem na Câmara, pois anda ainda triste e abalado com a perda da companheira de tantos anos e mãe dos seus filhos.
Fica assim não, Zé.
É ótimo receber o título de Cidadão da Câmara Municipal de São Paulo.
Você vai ver.

PS – A foto aí de cima foi feita por Edson, do projeto o Autor na Praça, em 2007. O primeiro que aparece é Luiz Ernesto Kawall, o segundo sou eu, o terceiro é Ricardo Kotscho e o quinto, Zé. A mocinha é uma amiga do Edison. Fica o registro.

2 comentários:

  1. TIRIRICA EM PORTUGUÊS:

    - Batedor de carteira.
    - Do Tupi - Tiririka: Queixada de porco do mato.
    - As ondas das águas do rio.
    - Erva daninha.
    - Palhaço cearense.
    - Fulo, danado, irritado.
    - Pouco ou quase nada.
    - Político paulista contemporâneo.

    Vale uma tese, um estudo, uma reflexão ou um aprofundamento sobre a língua portuguesa ou sobre a sociologia filosófica concreta.

    Sobre o Brasil e a política atual escrevi em setílha:

    Não existe alternativa
    Para assumir o Poder
    E o comando atual
    Há muito me fez perceber
    Todos na mesma canoa
    Navegando numa boa
    Brigam só para inglês ver.

    Oposição de fachada
    Cada um com seu pedaço
    As riquezas loteadas
    Fazendo-nos de palhaço
    Sem medir as consequências
    Brincam com as consciências
    Com total desembaraço.

    Nossos rios, nossa gente
    Nossas matas e meninos
    Com gerações de descasos
    Sem futuros, sem destinos
    Sem saúde, sem escola
    Recebendo bolsa esmola
    Pior do que palestinos.

    As igrejas proliferam
    Com toda e total permissão
    Não se sabe nem qual reza
    Tem cada religião
    Basta a placa de Jesus
    Pendurado numa cruz
    Tem logo autorização.

    Os times de futebol
    Têm todo e total patrocínio
    Tem os sócios, tem a renda
    Os direitos do domínio
    Comércio dos jogadores
    Mas, são todos devedores
    Incrível raciocínio.

    Não sei por que chamam Escolas
    As agremiações do samba
    Também são patrocinadas
    Chamadas casa de bamba
    Tem subvenção na agenda
    Não pagam imposto de renda
    E reclamam pra caramba.

    Os eleitos Congressistas
    Cada um com seu castelo
    E o Poder Judiciário
    Sem força no seu martelo
    Eu só vejo preso pobre
    Só no mísero descobre
    O crime pé de chinelo.

    A imprensa, ah imprensa,
    Porque te escondes assim?
    Tantas coisas pra falar
    Ficas só no folhetim!
    Venha, mostre mais a cara,
    Sua força se compara
    A beleza do querubim.

    ResponderExcluir
  2. TIRIRICA EM PORTUGUÊS: Por Chico Salles

    - Batedor de carteira.
    - Do Tupi - Tiririka: Queixada de porco do mato.
    - As ondas das águas do rio.
    - Erva daninha.
    - Palhaço cearense.
    - Fulo, danado, irritado.
    - Pouco ou quase nada.
    - Político paulista contemporâneo.

    Vale uma tese, um estudo, uma reflexão ou um aprofundamento sobre a língua portuguesa ou sobre a sociologia filosófica concreta.

    Sobre o Brasil e a política atual escrevi em setílha:

    Não existe alternativa
    Para assumir o Poder
    E o comando atual
    Há muito me fez perceber
    Todos na mesma canoa
    Navegando numa boa
    Brigam só para inglês ver.

    Oposição de fachada
    Cada um com seu pedaço
    As riquezas loteadas
    Fazendo-nos de palhaço
    Sem medir as consequências
    Brincam com as consciências
    Com total desembaraço.

    Nossos rios, nossa gente
    Nossas matas e meninos
    Com gerações de descasos
    Sem futuros, sem destinos
    Sem saúde, sem escola
    Recebendo bolsa esmola
    Pior do que palestinos.




    As igrejas proliferam
    Com toda e total permissão
    Não se sabe nem qual reza
    Tem cada religião
    Basta a placa de Jesus
    Pendurado numa cruz
    Tem logo autorização.

    Os times de futebol
    Têm todo e total patrocínio
    Tem os sócios, tem a renda
    Os direitos do domínio
    Comércio dos jogadores
    Mas, são todos devedores
    Incrível raciocínio.

    Não sei por que chamam Escolas
    As agremiações do samba
    Também são patrocinadas
    Chamadas casa de bamba
    Tem subvenção na agenda
    Não pagam imposto de renda
    E reclamam pra caramba.

    Os eleitos Congressistas
    Cada um com seu castelo
    E o Poder Judiciário
    Sem força no seu martelo
    Eu só vejo preso pobre
    Só no mísero descobre
    O crime pé de chinelo.

    A imprensa, ah imprensa,
    Porque te escondes assim?
    Tantas coisas pra falar
    Ficas só no folhetim!
    Venha, mostre mais a cara,
    Sua força se compara
    A beleza do querubim.

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