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domingo, 13 de janeiro de 2013

CAÇADOR DE CIRCO 2

Boa parte dos grandes artistas da nossa música popular, incluindo Vicente Celestino, Orlando Silva, Nélson
Gonçalves, Waldick Soriano e Luiz Gonzaga de certo modo deve seu sucesso ao público de espetáculos circenses.
Luiz Gonzaga era um verdadeiro apaixonado por circo, ele sentia orgulho de cantar e se misturar com o público e os artistas de circo.
Mas os tempos são outros, de globalização, como lembra Andrea Lago.
O cantor Chico Salles, ao constatar que não temos mais circo como antigamente, recomenda, simplesmente: nós também precisamos mudar.
O advogado e produtor musical de São Paulo Braz Baccarin, responsável pela gravação e lançamento do samba Trem das 11, de Adoniran, diz por e-mail que:
- Por falar em circo, minha infância esteve muito ligada ao circo. Acho que me apaixonei pela primeira vez aos 9 anos, por  uma trapezista. Mas isso é história que não volta mais.
Ele comenta também a onda de violência que assola o País, especialmente em São Paulo:
- A violência sempre existiu, mas agora passou do limite.
Sem dúvida, o caso é sério.
Mas é sério também o caso circo.
Será que nos circos de hoje haveria espaço para um Carequinha, um Piolin, um Pimentinha, um Arrelia ("tudo bem, tudo bem, tudo bem?"), hein?
Ali pelos anos 1990 assinei o prefácio do livro Arrelia, Uma Autobiografia (Ed. Ibrasa), que recomendo.
Para lembrá-lo, clique aí abaixo:

Um comentário:

  1. Assis meu irmão, você é um dos maiores conhecedores das coisas do setão,vocême lembra muito omeu amigo docrato Eloy Telesde Morais.Um abraço Iderval Tenório,dejuazaeiro Norte, hoje médico em Salador.

    O CORONÉ E A LUA DE MÉ
    ILDO SIMÕES
    Um certo doutor Tinoco
    Já chegado nas idades
    Paquerô menina nova
    Uma verdadeira beldade
    Mas em matéra de janero
    Só tinha dele a metade.

    Viajaram pra Paris
    Pra passar lua de mé
    Todo mundo comentava
    Da menina e o Coroné
    Sete dias de passeio
    Sendo cinco no moté

    No começo aquele fogo
    Verdadeira patuscada
    Dava três em cada tarde
    E mais cinco por noitada
    No quinto dia o vexame
    Começou a fraquejada.

    Cuidou da alimentação
    Mas cada dia pió
    Apelou pra bruxaria
    Nem assim ficou mió.
    Foi correndo ao celular
    E pediu vaga no incó.

    O coroné tomou o vôu
    Lá pro incó de sun Palo
    Dispois de muitos ixames
    Na barriga acharam um calo
    O coração disparado e
    O sangue muito ralo.

    Juntaro os especialistas
    De Jatene ao Diretor
    E fizeram o veredicto
    Sem ninguém se contra pôr
    A sua doença é esclerose
    Cum estravagança de amor.

    É doença passagera
    Pió se fosse maleita
    Fique Carmo e confiante
    Brochada nunca é disfeita
    Vá correndo a Sarvador e
    Mande aviá esta receita.

    Um litro de catuaba
    Nós moscada e pixulim
    Vinte grama de castanha e
    Um quilo de amedoim
    Erva de são Cipriano
    Da feira de São Joaquim


    Hoje em dia o coroné
    Miorô seu furunfá
    Aprendeu que mingau quente
    Só se come devagá
    E fogo de mué nova
    Tem que saber apagá.

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