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quinta-feira, 21 de março de 2013

O ABANDONO DA CULTURA

O auditório Vladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, à Rua Rego Freiras, 530, esteve lotado hoje durante a abertura do Fórum de Cultura e Educação, idealizado e desenvolvido por cidadãos músicos e atores profissionais, arte- educadores e pequenos e médios produtores e gestores culturais radicados em São Paulo. 
A sessão de instalação do fórum, que será permanente, foi presidida pela atriz Esther Góes.
Formaram a mesa o deputado relator do ProCultura, Pedro Eugênio, a deputada Luisa Erundina, a professora Ana Cecília Simões, diretora de programas especiais do município de São Paulo, que falou sobre os Centros Educacionais Unificados, CEUs, criados pela ex-prefeita e atual ministra da Cultura Marta Suplicy, e Denise Weinberg, produtora teatral, além de Esther Góes.
Pedro Eugênio discorreu sobre o Substitutivo do projeto de lei 1139 que será votado pelo Congresso e em breve trará mudanças na Lei Rouanet, ainda em vigor. Ele disse que tem se reunido com artistas e produtores em várias partes do País, e que ainda há tempo para que sejam introduzidas propostas do setor artístico.
Aumentar recursos advindos de renúncia fiscal para projetos de pequenos e médios produtores em todo o território nacional é um dos propósitos do deputado, que também pretende incluir na nova lei a ser votada pelo Congresso algum item que garanta a mudança no Fundo Nacional de Cultura, FNC, de simples fundo de natureza contábil para “fundo de natureza contábil e financeira”.
A finalidade do FNC é captar e destinar recursos para projetos culturais em todo o País.
De caráter suprapartidário, o Fórum de Cultura e Educação atendeu plenamente a finalidade que se propõe, ou seja: gerar discussões em torno de questões referentes à cultura e a educação.
A produtora de teatro Denise Weinberg falou de modo enfático sobre a situação atual em que vivem as artes cênicas, especialmente. Lembrou que trabalhar com cultura há 15 anos era bem mais fácil do que hoje. “A nossa cultura continua abandonada”, ela disse, acrescentando que no momento em que o mundo volta os olhos para o Brasil falando tudo de bom, nos vimos “reféns dos burocratas”.
Denise findou dizendo que há “distorção de pensamento cultural” e que “vivemos um momento revoltante, de humilhação”.    
Fazem parte da comissão de coordenação do Fórum de Cultura e Educação Esther Góes, Denise Weinberg, Renato Modesto, Cacá Toledo, Ariel Borghi e Clovys Torres, Socorro Lira, Valéria Di Pietro, Magda Crudelli, Samanta Albuquerque, Andrea Lago e Daniel Gomes Gouveia.

ESTRELAS CADENTES...
Essa coisinha chamada sucesso acaba de provocar a prorrogação de temporada da peça As Estrelas Cadentes do Céu São Feitas de Bombas do Inimigo, adaptada de relatos de guerra e dirigida por Nelson Baskerville, em cartaz na unidade Sesc Vila Nova às segundas e terças-feiras, agora até o próximo dia 26.

CONVERSA CAIPIRA
O que tem a ver Adão e Eva com Luiz Gonzaga e Cornélio Pires? E Roberto Carlos com Tonico e Tinoco, hein? E Shakespeare com Luís da Câmara Cascudo? Foi no campo e não na cidade que se originou um tipo de cultura – musical, inclusive – a que chamamos grosso modo de caipira, com variantes noutros lugares e países. Este é o assunto que desenvolveremos daqui a pouco, às 19h30, na Fundação Ema Klabin (Rua Portugal, 43, Jardim Europa). Entrada franca.

CONCURSO
A revista Bravo direciona este mês um concurso inusitado dirigido aos seus leitores. Clique:

GRANDE ENCONTRO                 
Depois de 31 anos sem se verem pessoalmente, Cezar do Acordeon e o radialista Jorge Paulo se reencontraram no Instituto Memória Brasil, IMB, ontem à tarde. Cezar tocou sanfona e Jorge cantou. Foi emocionante. No clique de Darlan Ferreira, os dois ladeados por mim e Andrea. Fica o registro.

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