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segunda-feira, 5 de maio de 2014

TODOS PASSARÃO, EU PASSARINHO

Ouvindo noticiário sobre uma grande chuva de meteoros a cair do céu na próxima madrugada ali pelas 2h30, eu me lembrei do poeta gaúcho Mario Quintana, autor destes brilhantes e definitivos versos:
“Todos passarão/Eu, passarinho”.
E eu me lembrei por uma simples razão: por acreditar que poetas quando deixam a terra vão direto para o céu brilhar como estrela, ao lado de meteoros que se transformam em chuvas.
Quintana viveu entre nós como um franciscano, produzindo poemas e encantando a todos.
Sem sequer ter onde morar, ele findou seus dias num apartamento do velho Hotel Majestic, oferecido por seu dono, o ex-jogador de futebol Falcão.  Nesse hotel, localizado no centro histórico de Porto Alegre, outrora frequentado por artistas como o rei da voz Chico Alves e o nosso tenor popular Vicente Celestino, e políticos como Getúlio Vargas, está instalado o Centro Cultural Mario Quintana.
Há uns dois anos eu estive lá, mas não sei onde se acham as fotos que Andrea fez.
Mário Quintana morreu num dia como hoje, há exatos 20 anos.

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