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segunda-feira, 8 de maio de 2017

ADEUS TRISTEZA E DEPRESSÃO



Todos morremos. Ainda bem, todos morremos.
Na vida vegetal as árvores morrem, na vida animal e na vida humana, todos morremos.
Há mortes programadas e mortes inesperadas.
Há mortes por desafio e mortes por bobeira.
Estatísticas indicam que a cada 40 segundos uma pessoa morre, em algum lugar do mundo.
As matas e animais continuam morrendo, inclusive de modo violento.
Curiosamente, nos países mais pobres é onde há menos suicídios. Entre esses países, os mais pobres: República Central Africana, Burundi e Tanzânia, com populações estimadas em 5 milhões, 11 milhões e 53 milhões, respectivamente.
Nos países mais "felizes" e ricos segundo levantamento da ONU, há suicídios assistidos. Esses países são Noruega, Finlândia e Suécia.
A Holanda foi o primeiro país a aderir ao suicídio assistido.
As pessoas abreviam a própria vida por razões as mais diversas. Há quem se mate por dívidas e jogos. Entre as razões do suicídio do português Camilo Castelo Branco foi identificado o endividamento provocado por jogos de azar, na cidade do Porto, Portugal. Fora isso, a cegueira que ele não suportava. O seu compatriota Antero de Quental (1842-1891) matou-se com um tiro no ouvido, num jardim. O principal motivo para o seu suicídio foi uma série de doenças degenerativas. 
Mas ora, para matar-se basta querer.
Em 1952, a poeta e tradutora carioca Ana Cristina César buscou a morte pulando do prédio onde moravam seus pais. Isso em 1983. As razões? Tristeza e solidão. Quatro anos depois, o também poeta e professor Carlos Alberto Ferreira de Brito, o Cacaso, mineiro de Uberaba, preferiu morrer envenenado. Cacaso era uma pessoa que apresentava traços de enorme depressão.
Enfim, para morrer basta estar vivo.
Atualmente este planetinha de josta acolhe cerca de 7,5 bilhões de corpos e humanos que um dia sumirão, dos modos mais diversos.
A superpopulação do planeta é um problema que desde sempre tem preocupado os cientistas. 
No ano I da Era Cristã, o planeta acolhia cerca de 150 milhões de pessoas.
Em 2030, estudiosos acreditam que cerca de 10,6 bilhões de pessoas estarão se matando umas às outras.
Até 2030 haverá alimento para todos? E em 2050, e em 2100?
A falta de alimento será sempre um problema para todos. Fora isso, a solidão será maior nas multidões.
Os últimos textos aqui postados têm, pretensamente, por objetivo a reflexão.
Não está na hora de abraçarmos nossos amigos, nossas amigas? De abraçarmos nossos vizinhos, de darmos bom dia mesmo a quem não conhecemos?
Bom dia, boa tarde, são cumprimentos de reforço à civilidade.
Também nunca é demais agradecermos um favor, pedir licença...
Outro dia o amigo editor José Cortez perguntou-me quais as três mais bonitas palavras do idioma português. Respondi: Amor, Amigo e Fraternidade. Mas há outras: Deus, esperança, dignidade, respeito, solidariedade...
Quando a tristeza bate no nosso peito, temos mais é que dar um chute na bunda dela. O mesmo temos de fazer quando nos bate à porta a depressão. E uma vez ela se enxeriu para o meu lado, e respondi:


Devastadora e sonsa

E filha da implosão

Ela pega, ferra e mata

É a mãe da solidão

Mãe e filha quando juntas

São do Inferno a danação



Não tem cara, corpo ou alma,

É invisível e letal
Nunca fez bem a ninguém
É um mal universal
E não vou falar mais dela
Porque não presta e ponto final!

PARA PENSAR

Onaldo Queiroga é um respeitável juiz da Comarca de João Pessoa PB. É também um respeitado cronista de olhar clínico. Sua visão de mundo é de um verdadeiro humanista. Onaldo traduz o mundo e suas mazelas em palavras definitivas. A sua sensibilidade é incomum. É dele o texto que segue:

Os Dias São Assim




Se os dias eram de repressão, de censura, de tortura, de exílio, como também de rebeldia e resistência, hoje os dias também não são fáceis.

Atualmente os dias são de incertezas, de insegurança, de medo, de corrupção, de incredulidade, de quebra de autoridade e de guerras. Os dias são do crime organizado, seja decorrente do tráfico de drogas, da milícia, do roubo de cargas, do estouro de carros-fortes e caixas eletrônicos, dos crimes cibernéticos, da propina que destrói o Estado, enfim, há uma sensação de que vivemos dias de podridão podre.

Parece que há um descontrole em inúmeros aspectos que circundam a vida dos homens do Século XXI. O tempo é de escuridão. A fome se espalha pelo mundo, enquanto as grandes potências só medem forças, fomentam guerras, espalham bombas que sacrificam inocentes e enchem os bolsos da indústria armamentista. Os dias são de pouco diálogo, de loucos que, em nome do poder pelo poder, dilaceram semelhantes, concentram civis em campos de miséria, de abandono e de indignidade. Os dias são de pouca amizade, de rancor e de vencer atropelando, sem se impressionar com a queda do concorrente.

Os dias são da tão decantada “democracia”, onde a violência assassinou em Pernambuco no mês de março de 2017, 17,6 pessoas por dia, totalizando no final do mês mais de 500 homicídios, número maior do que a guerra da Síria matou no mesmo período. Os dias são de terroristas, de conflitos religiosos e de um consumismo desenfreado.

Mas os dias ainda são de esperança de que o amor e a fé prevaleçam, que o homem possa compreender que só através do diálogo, da renúncia, do perdão alcançará a paz, irmã da felicidade. 



BRINCANDO COM A HISTÓRIA (6)





 
 

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