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segunda-feira, 1 de maio de 2017

BELCHIOR E A MÁ POLÍTICA

 
A política é uma prática cidadã de imensa importância  para o bom desenvolvimento de qualquer país. 
A prática errada da política leva ao caos, ao descrédito e até à humilhação dos seus representados, e não necessariamente dos representantes.
Historicamente é sabido que a região Nordeste é uma fonte inesgotável de prática errada da política, onde ainda abundam "coronéis" preocupados na defesa de interesses pessoais.Na Bahia, ACM fez o que fez. Em Alagoas, os Calheiros mandam e desmandam. No Maranhão, os Sarneys... Alias, você já viu o documentário que Glauber (1939-1981) fez sobre Zé Sarney.



Agora mesmo no Ceará o coronelato local, representado pelo governador Camilo Santana e o ex ministro Ciro Gomes, não perdeu a "oportunidade" de usar o corpo encaixotado de um dos últimos filósofos da MPB, Belchior.
O corpo do artista foi transportado do Rio Grande do Sul a Sobral, CE, e depois levado para ser velado no centro cultural Dragão do Mar em Fortaleza. Que "tour" horroroso, meu Deus!
A história de Antonio Carlos Belchior é a história de uma criança, saudável e feliz, que cresceu ouvindo música em casa e, nas ruas cantadores repentistas. É a história de uma criança que apaixonou-se pela cultura do povo e para o povo cantou a vida toda.Sua carreira profissional começa nos fins de 1960, ao lado de Jorge Mello. Abaixo os dois no extinto programa "Som Brasil", da Globo.

Jorge, que integrou o grupo de artistas que ficou conhecido como Pessoal do Ceará, compôs em parceria com Belchior uma trintena de músicas já gravadas em vinil e CD por ambos.
 No baú de Jorge Mello, ainda há 10 músicas inéditas. "Se alguém ou um grupo de artistas, se interessarem por essas coisas, libero a gravação", revela Jorge à este Blog.
Conheci Belchior ali pela metade dos anos de 1980 ( foto abaixo).
Foi não foi, ele ia lá em casa beber vinho e comer bacalhau.Era também frequentador do programa São Paulo Capital Nordeste, que durante mais de seis anos apresentei na Rádio Capital AM1040.
O seu primeiro LP, lançado em 1974, pelo selo Chantecler, já remetia seus admiradores ao mundo dos cantadores do Nordeste.
Foi por ali pelo ano de 2006, que o autor de Apenas um Rapaz Latino Americano, decidiu afastar-se do convívio social, e por tabela da carreira musical. 
Muito se falou do seu sumiço, mas agora é definitivo.



BRINCANDO COM A HISTÓRIA (2)


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