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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

EXEMPLOS DA CORAGEM FEMININA

O movimento de aquartelamento levado avante pelas mulheres dos soldados da polícia Militar do Estado do Espírito Santo fez-me lembrar a Revolta de Princesa, PB, que antecipou a Revolução de 30, eclodida com o assassinato do presidente João Pessoa, pelo advogado João Dantas.
Durante a Revolta de Princesa, as mulheres também foram à luta. Mas essa é uma longa e ainda confusa história.
Ao lembrar da Revolta de Princesa, que findou com muitos mortos e feridos, e a prisão do seu líder, o coronel José Pereira Lima, lembrei-me também de movimentos e ações de grandes mulheres ao longo da história. 
A proclamação da Independência do Brasil, em 1822, deixou exasperado o Rei de Portugal. O movimento contra a Independência, não logrou êxito pela coragem dos brasileiros.  Nessa ocasião, uma mulher de nome Maria Quitéria, filha de portugueses, cortou o cabelo, vestiu uma farda e partiu impoluta para combates em campo.
Três séculos antes outra jovem fez o mesmo, na França, Joana d'Arc. Joana cortou o cabelo e foi à luta, à frente de um batalhão do Exército. Ferida, ela foi capturada por traidores da pátria e entregue aos ingleses, que a queimaram numa fogueira. Na ocasião, tinha apenas dezenove anos de idade. Hoje é santa.
São muitos casos de heroínas mundo afora. 
A Revolução de 30 mostrou à Paraíba uma mulher raçuda, independente, que não estava nem aí com o machismo da época. Seu nome: Anaíde Beiriz, amante de João Dantas. Sua história inspirou o escritor José Joffily a contar essa história, levada ao cinema pela diretora Tizuka Yamazaki sob o título Parahyba Mulher Macho, de 1984. Na telinha, Anaíde foi interpretada por Tânia Alves. Acima, uma música da trilha do filme na voz de Tânia.
Em 1959, ainda na Paraíba, outra mulher raçuda passou para a história, depois de fazer parte da criação das Ligas Camponesas. Seu nome: Elizabeth Teixeira, nascida no município de Sapé, no dia 13 de fevereiro de 1925. Hoje, portanto, é aniversário da paraibana Elizabeth. Na época do filme, entrevistei Tizuka e Elizabeth
Mas isso tudo nada tem a ver com o movimento de aquartelamento ainda em andamento no Estado do Espírito Santo, não é mesmo?
Lá a história é outra.
A história de Elizabeth é uma história de luta.
Você, meu amigo, minha amiga, já assistiu o filme Cabra Marcado prá Morrer? E o documentário sobre a vida de Elizabeth Teixeira? Clique:





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