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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

É TEMPO DE NATAL


Ontem domingo 15 comecei o dia ouvindo a missa que a Tv Cultura transmite ao vivo para os católicos, diretamente da Basílica de Aparecida, SP. O padre, cujo o nome não lembro, ressaltou a importância dos índios Terena lá representados. Na ocasião também se fez presente uma representação de frades Capuchinhos, homenageados pelos 100 anos de atividade, no Brasil. Depois ouvi Boldrin apresentando o seu ótimo musical Sr. Brasil. Pela mesma TV.

Na noite de ontem 15 fui ouvir adultos e jovens tocar e cantar na Paróquia São Pedro Apóstolo, no bairro paulistano Tremembé, na zona leste de São Paulo. Esses adultos e jovens trabalham e estudam na Escola Waldorf.

Espetacular o que ouvi.

Na Paróquia São Pedro Apóstolo ouvi um concerto de Natal (Link ao fim do texto), constituído de peças tradicionais do repertório natalino. Entre essas peças Adeste Fideles e Noite Azul, de autoria respectivamente John Reading e Calda/Cavalcanti. Maravilha!

Nesse concerto, brilhantemente apresentado por adultos (Pais da Escola), jovens (Ex Alunos) e estudantes do Ensino Médio e Orquestra regida pelo professor Luciano Vazzoler, a quem coube também fazer o arranjo das músicas que integraram o repertório.

A apresentação musical contou com um pianista convidado (Anderson Beltrão), duas flautas (Ana Clara e profª Ana Carolina), clarinete (Raquel), dois violinos (Amandi e Profª Clarissa), três violões (Íris, Marco e profº Lucas), ukulelê (Bruna) e percussão (Lara, Marina, Caio).

Não posso deixar de destacar duas músicas de autores brasileiros: Roda Viva, de Chico Buarque; e Boas Festas, de Assis Valente. Roda viva recebeu um ótimo arranjo de Patrícia Costa. Ótimo também foi o arranjo que Aricó Junior fez para Boas Festas. De arrepiar o coração!

Em 1988, a mim não custa dizer, que escrevi e publiquei um opúsculo que intitulei As Origens da Canção de Natal, da Antiguidade à Atualidade (Capa ao lado). À página 7, pergunto e respondo: “Quando, onde e de que forma surgiu a chamada canção de Natal? É quase certo que os primeiros cantos, ou cânticos, de louvor a Jesus surgiram ainda na Idade Média, através dos trovadores. A canção trovadoresca predominou durantes séculos na região meridional da França, no sul da Alemanha e na Península Ibérica. Ao mesmo tempo em que reinavam os trovadores entro o povo, a música vocal sacra abandonava aos poucos os templos para se fazer presente, primeiro nas casas de particulares abonados, e depois nas festas populares pagãs – para desespero da Igreja.” Por aí.

As Origens da Canção de Natal – da Antiguidade à Atualidade, teve uma tiragem de 10.000 exemplares distribuída rapidamente na estação Sé do metrô de São Paulo. É isso. Fica o registro.

Antes e depois da apresentação do concerto de Natal na Paróquia São Pedro Apóstolo, fui apresentado à pessoas muito bacanas. Entre essas pessoas, a menina Lara e seus pais Eduardo e Andrea. Também fui apresentado às meninas Íris e Bruna e ao regente Luciano. (Foto acima)

A escola Waldorf está de parabéns pelo ensino, inclusive musical, ministrado pelos seus alunos.

13 DE DEZEMBRO, PARA O BEM E PARA O MAL...


São grandes os violeiros, violonistas, violinistas e sanfoneiros que o Brasil tem.
São grandes os músicos, compositores e instrumentistas que o Brasil tem.
José Nunes, um nome como tantos, virou Tião Carreiro.
Tião foi um dos maiores violeiros e intérpretes que já ouvi. Eu o entrevistei um ou dois anos antes de ele morrer (1993), disse-me querer gravar de Luiz Gonzaga a toada, Asa Branca. Lembro disso no livro, Eu Vou Contar pra Vocês (1999).
Tião nasceu em Minas Gerais no dia 13 de dezembro de 1934, vinte e dois anos depois de nascer em Exu-PE, Luiz Gonzaga do Nascimento, que o tempo o faria Rei do Baião. Esse Luiz também nasceu num dia treze de dezembro (1912), número, aliás, que gosto muito.
No mesmo ano em que Tião lançava em disco o Pagode em Brasília (1961), parceria com Lourival dos Santos (1917-1997), lançava também o pagode Minas Gerais, que fez em parceria com Pardinho (Antônio Henrique de Lima; 1932-2001). Eu também o entrevistei para a série Som da Terra (Continental; 1994). Ambos viviam em guerra o tempo todo. Pardinho, porém, foi o mais duradouro companheiro da dupla com Tião.
A discografia de Tião Carreiro é muito robusta.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha tudo de Tião e seus parceiros.
A propósito do dia treze de dezembro, não podemos esquecer a tragédia que foi a decretação do Ato Institucional nº5 (AI-5), que prendeu, torturou e matou mais de quatrocentos brasileiros, antes de censurar milhares e milhares de livros, peças teatrais, filmes, tudo. O congresso, naquela ocasião, em 1968, foi fechado e grande parte dos políticos, cassada e exilada. Um horror! E pensar que há brasileiros pedindo a volta da ditadura militar. É de lascar!
Eu fiz uma letrinha que serviu de inspiração melódica ao parceiro músico Jorge Ribbas. Ouçam!

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