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terça-feira, 7 de julho de 2020

OS MANDAMENTOS DOS BAIANOS

Confesso: a Pandemia está me deixando meio zuado.
O telefone toca, atendo.
Quando o telefone fica em silêncio, telefone a algum amigo. Um desses amigos, o baiano de Paiaiá Carlos Sílvio, deu-me o que pensar, perguntando:
-Assis, você conhece os 10 mandamentos dos baianos?
Respondi, dizendo não. E imediatamente... Lá vão:

Dez mandamentos do baiano
1 – Ame sua cama como a si mesmo.
2 – Calma, ninguém nunca morreu por descansar!
3 – Descanse de dia para poder dormir à noite.
4 – Já que trabalho é saúde, que trabalhem os doentes!
5 – Nasça cansado e viva para descansar.
6 – O trabalho é sagrado, não toque nele.
7 – Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere que passe.
8 – Se vir alguém descansando, ajude-o.
9 – Trabalhe o menos possível. O que tiver para ser feito, deixe que outra pessoa o faça.
10 – Tudo aquilo que puder fazer amanhã, não faça hoje.
O COISO PEGOU A COISA
O Presidente diz está contaminado. Quer dizer: ele pegou o Novo Coronavírus e consequentemente, a COVID-19. Tomara que ele fique bem logo para entender que vírus é um mal democrático: pega todo mundo.

HOJE É DIA DE ARTUR AZEVEDO

Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís, Maranhão, como Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo. 
Artur Azevedo, como ficou conhecido Artur Nabantino, nasceu no dia 7 de julho de 1855.
Tinha oito anos de idade quando já chamava a atenção do pai David vice-cônsul de Portugal, em São Luís, ao imitar atores em ação.
Aos quinze o adolescente Artur já despertava a admiração de um público que aos poucos ia formando.
O jornalismo, a poesia, o conto, o teatro, logo cedo foram tomando conta do jovem que, para não depender do pai, arranjou emprego público na terra onde nasceu. Muito jovem ainda, trocou São Luís pelo Rio de Janeiro. E no Rio, logo integrou-se aos grupos de intelectuais. 
Foi amigo de Bilac, Castro Alves e Machado de Assis, entre outros poetas e romancistas. 
Pra sobreviver, independente da família, Artur candidatou-se a um emprego público federal, no Rio. E ganhou.
Engajou-se ao movimento abolicionista, ao lado de Joaquim Nabuco, Machado e José do Patrocínio.
Na sua obra, há vários personagens negros. 
Ele gostava muito de escritores franceses e de operetas. Tanto que, em março de 1886, leva à cena a adaptação que fez de A Donzela Teodora. A música para essa adaptação marcou a estreia do músico paraibano Abdon Felinto Milanez (1858-1927).
A Donzela Teodora é uma personagem popular conhecida primeiramente na Espanha do século XVIII. 
A história da Donzela ganhou versão em folheto de cordel,
do paraibano de Pombal, Leandro Gomes de Barros (1865-1918), no começo do século XX. 
Abdon Milanez era irmão do pintor Pedro Américo. Catulo da Paixão Cearense (1863-1946) foi o primeiro poeta letrista de chorinho, gênero musical criado pelo carioca Joaquim Antonio da Silva Callado, que morreu em 1880, aos 31 anos de idade. 
A letra do primeiro choro, Flor Amorosa, é de autoria de Catulo. Essa música foi gravada em disco em 1902, pelos irmãos Eymard (Casa Edison). 
Artur Azevedo, autor de extensa obra, morreu no dia 22 de outubro de 1908. 
Leia mais:



MARTHA ROCHA, A MISS CANTORA



Ela deixou a voz em quatro músicas gravadas em disco Continental.
Foram dois discos com o baião “Rio, Meu Querido”, a marcha “Duas Polegadas”, o samba “Abraço Fraternal” e o choro “...E Voltarás a Ser Feliz”, todos de Pedro Caetano, Alcyr Pires Vermelho, Carlos Renato e Alcino Guedes. Vermelho foi o mais frequente parceiro de Pedro.
Estou falando de Maria Martha Hacker Rochar, que boa parte do mundo passou a conhecer apenas por Martha Rocha. Ela morreu sábado 4 passado, numa casa de repouso em Niterói.
Martha ganhou o título de Miss Brasil no dia 14 de junho de 1954. e nesse mesmo ano, no dia 23 de julho, ela deixou de ganhar o título de Miss Universo em Long Beach, EUA.
Entrevistei Martha Rocha num sábado qualquer para o programa São Paulo Capital Nordeste, que eu apresentava na Rádio Capital (AM 1040).
Na ocasião, Martha contou que não ganhou título de Miss Universo por razões que ela desconhecia. Mas não foi pelo excesso de 2 polegadas no quadril, isso garantiu.
Na mesma entrevista, Martha revelou que poderia ter seguido a carreira de cantora ou de atriz. Não fez isso porque o homem com quem se casara não permitiu. Notando meu espanto, ela acrescentou: tudo foi de comum acordo. Queria uma vida boa, sem problemas financeiros, disse a ex Miss.
Essa entrevista se acha no acervo Instituto Memória Brasil, IMB.
Vamos ouvir Martha cantando junto com Emilinha Borba (1923-2005)?


ENNIO MORRICONE

Morreu hoje 6 o compositor e maestro italiano Ennio Morricone. Além de saudade, o artista deixou uma obra estupenda. Seu nome se acha em mais de 500 trilhas feitas para o cinema. Ganhou dois Oscars. Curiosidade: em 1970, Ennio e sua Orquestra acompanharam o brasileiro Chico Buarque no LP “Per un pugno di samba”. Muito bonito, diga-se de passagem. Ouça acima Chico cantando “Roda Viva”, acompanhado da orquestra do grande maestro que partiu aos 91 anos de idade.

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