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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

SOCORRO LIRA E AS TORRES GÊMEAS

A manhã de 11 de setembro de 2001 pegou-me quase pronto pra sair. Televisão ligada, dois ou três segundos foram suficientes para que eu entendesse que o mundo estava pegando fogo. Em Manhattan, EUA. Duas torres famosas iam a baixo após serem atingidas por dois aviões passageiros sequestrados por agentes da Al-Qaeda. Milhares de mortos.
A paraibana Socorro Lira, de voz afinadíssima, desenvolveu música no mote decassílabo Quem Duvida que Pipa de Criança Também Lança por Terra Arranha-Céu. O craque Vital Farias participou da gravação. Clique:


SEDENTO POR SAMBA

Numa breve visita, Gregory e Cadu fizeram a festa ontem 10 com cavaco e pandeiro. Pra molhar a garganta , uma coisinha de nada trazida do Nordeste. Ah, sim! O calor de mais de trista grous obrigou a tirar a camisa. Desculpem. É o que sobrou do registro
Simplicidade e competência permeiam o novo disco do Trio musical paulistano Gato com Fome.
São onze imperdíveis faixas de Sedento.
O CD Sedento, terceiro do grupo, abre com “Numa Certa Madrugada”.
Numa certa madrugada, de Cadu e Gregory, é uma ousadia, como certamente chamariam os conservadores.
Essa música, esse samba, é ousado por trazer instrumentos tradicionalmente alheios ao samba.
O ousado Trio Gato com Fome investe nas suas novas composições, muita percussão, cordas e sopros.
O Trio vai além da comodidade musical.
Nesse novo disco, ouvem-se os autores do repertorio passo a passo cantando.
Numa certa madrugada, que abre Sedento, traz mais de uma dezena de instrumentos incluindo sopros e cordas e até uma garrafa. Nessa faixa, o grupo mostra a que vem o disco: muitos instrumentos, canto pra cima, com letras cheias de poesia e balanço.
A segunda faixa, Da de dez, é uma brincadeira que envolve carinho, amor, respeito e bola. Nessa faixa, alguns instrumentos param para descansar.
Responderei sambando é a terceira faixa de Sedento. Linda, linda, linda. O verso que dá título até poderia ser substituído, no gerúndio naturalmente, por amando...
A quarta faixa é um breque comparável, na beleza, só a última faixa. Também um breque.
Vocês já ouviram falar em Tocandira?
Tocandira é uma formiguinha que mata como mata o beijo de uma gata malvada.
A sexta música, além de muito bonita, traz de volta a voz do compositor paulistano Carlinhos Vergueiro. Bobagem entrar nos detalhes. Melhor ouvir.
O preço da felicidade é como se chama a sétima faixa do Sedento. O autor é o faminto Renato Enoki. Letra excepcional. A voz do autor, temos a satisfação de ouvir na decima faixa. Título: Tempo. Voz afinada, diferente, bonita. O violão 7 cordas desse cara extrapola o bem querer.
Vou de samba extrapola a ousadia do grupo Gato com Fome.
Vejam vocês, um disco de samba com piano e tudo. E sopros. Claro, isso não é claro. Mas é bom. Ouçam.
O novo disco do grupo musical Gato com Fome traz muitas surpresas, todas agradáveis.
Felicidade é uma palavra que se acha duas vezes nesse disco.
Felicidade é ouvir esse disco.
O ouvido agradece.
Ah sim! Ia me esquecendo: Como se não bastasse, o disco traz a voz do camaleão Cadu. Muitas vozes há no seu gogó.
Como aperitivo, ouçam:



GRAVAÇÕES RARAS DE JK COMPLETAM 50 ANOS

Dois ilustres brasileiros nasceram no dia 12 de setembro. Um deles, Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976).
Juscelino, ou JK, virou presidente da República sem sonhar ser presidente da República. No caso dele, era formar-se em Medicina. Formou-se, mas o tempo, nas suas voltas, levou-o à política. E foi assim: prefeito, deputado federal, governador e presidente.
JK assumiu a Presidência da República em 1956. O marechal Lott garantiu-lhe a posse, pois o poder paralelo da época não o queria.
Bom, essa história todo mundo sabe. E se não sabe, deveria saber.
Já famoso e cassado pelos militares em 1964, Juscelino foi convidado a participar de um LP. Cantando. Era bom de voz, melodioso, afinado, e um bom pé de valsa.
Juscelino gostava de cantar, tocar violão, junto com amigos. Entre estes, a cantora Inezita Barroso.
Muita história bonita deixou JK.
Já em 1960 ele havia participado da gravação de uma música feita para homenagear a cidade que idealizou: Brasília, Capital da Esperança, de Ariowaldo Pires e Simão Neto.
O LP J.K. em Serenata foi lançado pelo selo Berverly (Copacabana) em 1970. Ele aparece cantando em três faixas: Elvira Escuta (João Macedo de Andrade), Varrer-te da Memória (Anônimo) e É a Ti, Flor do Céu (Modesto A. Teixeira e Teodomiro A. Pereira). Antes, o próprio JK endereça mensagem (1ª faixa, lado A) aos ouvintes. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=M48V0gCYVvY&feature=youtu.be
O nome de Juscelino aparece em várias músicas, incluindo Pagode em Brasília. Essa música, de Tião Carreiro e Lourival dos Santos, saiu em disco de 78 rpm meses antes de Brasília ser inaugurada, em 1960.
Bons tempos aqueles em que presidente da República era inteligente, respeitador e sensível.
Ah, sim! O outro ilustre brasileiro nascido em 12 de setembro atende pelo nome de Geraldo Vandré.
O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem o LP J.K. em Serenata e vários discos com músicas homenageando o fundador de Brasília.

NAS ONDAS DO RÁDIO (2)

Hoje é sexta feira, dia de se curtir o programa São Paulo Capital Nordeste. Ficou, no ar, durante seis anos e meio na Rádio Capital AM 1040. Noites de sábado, quem não se lembra?
Eu o apresentava.
Na edição de hoje podemos ouvir, entre outros, os artistas Pery Ribeiro cantando e contando histórias de Luiz Gonzaga; Cláudia, as repentistas Mocinha de Passira e Minervina Ferreira; Peter Alouche, engenheiro de formação e compositor e cordelista por diletantismo; Inezita Barroso e Martinho da Vila, falando da sua vida e cantando em francês.
O dia do Rádio é no próximo 25. Clique:

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