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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A SAUDADE MATA. TRISTEZA, TAMBÉM

Em 1992, saiu da ONU o Dia Internacional da Pessoa Deficiente.
Hoje, 3 de dezembro, é o meu dia...
Fiquei invisível, depois que perdi a luz em meus olhos.
Muita gente que andava a minha volta, sumiu. Entendo.
O dia disso e daquilo é dia pra se pensar.
O Dia do Forró, por exemplo, sugeria querida Erundina que apresentasse como projeto lá na Câmara.
O Dia do Forró faz parte do calendário comemorativa do nosso país.
Mas estou triste, hoje. Perdi a visão dos olhos e entrei no inferno...
O Inferno é uma porcaria.
Dados do colhidos pelo IBGE em 2010 dão conta de que há pelo menos 45 milhões de brasileiros com alguma dificuldade identificada como deficiência.
Segundo a ONU, 10% da população mundial sofrem algum tipo de deficiência, seja física, auditiva, visual...
Mas, enfim, tornei-me invisível à sociedade prática.
Ei, escuta: 

 

MOCINHA DE PASSIRA/MINERVINA FERREIRA

As duas cantadeiras repentistas mais antigas em atividade no Brasil vão cantar, naturalmente de improviso, amanhã 4 na Casa do Cantador em Brasília. Refiro-me às mestras Mocinha de Passira e Minervina Ferreira. Mocinha é pernambucana e Minervina, paraibana. Voltarei ao assunto.

TUDO ISSO É BRASIL!

Ary Barroso foi um compositor e pianista mineiro. Nasceu em Ubá, em 1903.
Ary é o autor de sambas como Na Baixa do Sapateiro e Aquarela do Brasil.
Eu não tenho dúvidas, Ary Barroso acrescentou muito a nossa música, ao nosso samba. E era branco, e era preto, e era Brasil por completo.
Um dia o norte-americano Walt Disney convidou Ary pra fazer parte do seu time nos EUA.
Ary respondeu, brincando: "Aí nos EUA tem Flamengo?".
Os EUA não há Flamengo, Flamengo só no Brasil. E Ary era flamenguista.
Há também uma historiazinha segundo a qual alguém teria lhe perguntado: Seu Ary, o senhor é mineiro e nunca fez uma música para sua cidade.
Rindo, brincando, Ary respondeu: "Fiz, sim".
Ele se referia a canção Risque, que é assim:

Mas se algum dia, talvez
A saudade apertar
Não se perturbe
Afogue a saudade
Nos copos de um bar

Em 1958, uma das vozes mais lindas do Brasil que atendia pelo nome de Dorival Caymmi, gravou Risque. Não sei de quem é o violão que o acompanha, só sei que não é ele. Mas é tudo muito bonito, Caymmi e um violão. Ouça:

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