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quinta-feira, 17 de junho de 2021

CACÁ LOPES UM CRAQUE DA BOA MÚSICA

O cantor, compositor e violonista pernambucano Cacá Lopes é um craque. Ele faz da arte, sua vida. Com graça, sem traumas.
Cacá mora em São Paulo há muitos anos e sobre ele já falei muita coisa. Confira: UM BRAÇO, UM VIOLÃO. VIVA CACÁ LOPES!
Cacá tem mulher e filhas, para quem compôs músicas no correr dessa louca pandemia em que vivemos. Títulos: Deixa O Sol Brilhar Você, Fartura, Guerreiras, Três Sorrisos Três Meninas, Vem Cá Bonita, Meu Romance De Cordel e A Grande Rede Do Bem.
Ao contrário de muitos artistas, Cacá Lopes considera-se uma antena capaz de captar a história e as mazelas do povo. E é. Sem papas na língua. Ele:
“O Brasil no momento é um trem desgovernado. Um país tão rico está à deriva. A situação é caótica com a fome batendo na porta do nosso povo, a pele negra sendo massacrada, a Amazônia devastada e indígenas na mira do extermínio. A pandemia não provocou, apenas escancarou ainda mais as desigualdades motivadas pelo desmonte governamental. O racismo estrutural, a desinformação (Fake News) e o negacionismo são alguns dos pilares que regem o governo atual!
O Brasil virou chacota no cenário internacional.
É certo que há formas de enfrentarmos este caos - valorizar a ciência, a educação, a cultura, o meio ambiente, os povos e a diversidade são meios mais seguros para superarmos este momento triste da nossa história.
Acabo de compor uma música que fala disso tudo: A Grande Rede do Bem”.
Com vários folhetos de cordéis (32) e discos gravados lançados à praça, Cacá carrega consigo muitas boas histórias para contar. A vez em que conheceu o rei do baião Luiz Gonzaga, por exemplo. Lembra:
“Fui a Exú-PE para o penúltimo aniversário de Gonzagão. Ao ser apresentado a ele, dei meu segundo compacto autografado. Gonzaga enfiou a mão no bolso e tentou me pagar, perguntando qual o preço do disco. Falei que não precisava, agradeceu-me e convidou-me para cantar com ele no palco”.
Essa foi para Cacá uma história marcante. Outra ocorreu quando esteve pela última vez com o poeta Patativa do Assaré. Cacá:
“Estive algumas vezes com Patativa do Assaré, em sua casa. Ele sempre me pedia pra buscar meu violão no carro e tocar uma coisinha pra ele, era assim que ele falava. Eu tocava sempre Assum Preto do repertório de Gonzagão, uma de suas prediletas”.
Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré foram artistas cujas obras marcaram profundamente a vida nordestina. Sobre Gonzaga, Patativa fez até poemas. E de Patativa, Gonzaga gravou a toada A Triste Partida (1964).
Curiosidade: ainda em 64, o Rei do Baião gravou O Fole Gemedor. Essa música fala pela primeira vez do município em que nasceu Cacá Lopes, Araripina.
Estamos no mês de junho, mês de São João. Na extensa discografia de Luiz Gonzaga, há dezenas de músicas sobre as festas dos três santos: Antônio, João e Pedro. E não custa lembrar: é de Cacá a biografia de Luiz Gonzaga em versos, a mais completa: 368 estrofes em sexilhas.



PANDEMIA É TEMA DE CORDEL

A Covid-19 continua matando gente no brasil e no mundo todo.
Músicas tem sido feitas por ai afora. No Brasil, inclusive. E poemas. Eu mesmo fiz vários. Confira: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/verso/veja-como-a-pandemia-foi-retratada-pela-literatura-de-cordel-desde-marco-de-2020-1.3097486
Folhetos de cordel também tem sido compostos e publicados. Eu mesmo fiz vários (capas acima).
O jornal Diário do Nordeste publicou esta semana uma reportagem de página inteira contando essa história. História de pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Leia: https://assisangelo.blogspot.com/2021/04/o-brasil-esta-morrendo.html

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