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quarta-feira, 30 de março de 2022

É SEMPRE BOM RECEBER AMIGOS

Da esquerda pra direita: Fatel, Assis, Castanha, Cacá Lopes e Luiz Wilson
 
Ontem 29, no final da tarde, tive a alegria de receber na minha casa os amigos Cacá Lopes, Castanha, da dupla Caju e Castanha; Luiz Wilson e Fatel.
A prosa foi até às 21h, mais ou menos.
A mineira Fatel, de batismo Maria de Fátima Barbosa, é cantora das grandes. E produtora musical, também. Começou a gravar disco ali pelos anos de 1980. Cheguei a escrever texto pra contracapa de um de seus LPs, lançado pela extinta gravadora Copa Cabana.
Luiz Wilson é o apresentador do programa Pintando o 7, no ar todos os domingos na rádio Imprensa FM 102,5, entre às 10 e 13 horas.
Além de comandar o programa Pintando o 7, Wilson é cantor, compositor, violonista e, como se não bastasse, poeta repentista. E cordelista, autor de Caju e Castanha em Cordel: História Verdadeira e Emocionante.
De batismo José Roberto da Silva, Castanha tem muitas histórias pra contar.
Conversa vai conversa vem, sempre bem humorado, Castanha contou impagáveis passagens ocorridas nos primeiros tempos em que passou a morar na Capital paulista, ao lado do irmão José Albertino. Lembrou que comeu o pão que o Diabo amassou. Foi humilhado muitas vezes, até pela cor da pele. O apresentador de TV Bolinha chamava Castanha e Caju de "macaquinhos".
Integrantes ocasionais de uma tal Caravana do Bolinha, Caju e Castanha jamais se esqueceram da noite em que o famoso e bajulado apresentador de TV, ao entrar no restaurante junto com um político, gritou pra todo mundo ouvir: "SAI DAÍ MACACO, DA CADEIRA DO DEPUTADO!".
O caso aconteceu em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul. Naquela noite, lembra Castanha, "Caju, meu irmão, chorou feito menino e até pensou em desistir da carreira que estávamos abraçando".
Uma vez, ainda no início da carreira, chamaram Caju e Castanha para uma participação num programa da extinta rádio Globo, SP: "Chegamos cedo, como pediram".
O programa ocupava quase toda a manhã, encerrando-se ao meio-dia. Faltando 2 minutos para o encerramento, chamaram a dupla. O apresentador, impoluto na sua condição de estrela, perguntou quem eram, de onde vinham e o que faziam. Ao ouvir as respostas, ainda perguntou: "o que diabo é embolada?". E aí acabou o programa, sem entrevista, sem nada. Até porque as perguntas foram feitas enquanto era apresentado um comercial. Pois é. O nome do apresentador? Hmmmmm... Um certo Pessoa, Boca de Não-sei-o-quê.
Ao tempo em que Caju e Castanha viviam em Sampa, a violência já era grande. E pra escapar dos assaltantes, os dois fingiam serem "da pesada".
Certa vez, policiais da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) abordaram os dois e, naquele estilo "bateu e pronto!", pediram os documentos. "Mostramos a capa do nosso primeiro LP, porque os documentos não bastavam e era preciso apresentar, também, a carteira de trabalho assinada. Escapamos e os policiais, ao fim, nos recomendaram pra não circular a noite na cidade", lembrou Castanha.
Detalhe: esse conselho os dois não levaram em conta, pois adoram andar na cidade. "Quem vem do lixo, não se perde no bagulho", explica o famoso embolador.
O primeiro artista a estender a mão a Caju e Castanha foi o mineiro Téo Azevedo. "Temos, até hoje, uma enorme gratidão a Téo. Chegamos a morar na sua casa, no seu apartamento", diz o parceiro de Caju.
Cacá Lopes, pernambucano como Luiz Wilson e Castanha, trouxe o violão e a vontade de cantar. E cantou, como cantaram Fatel, Castanha e Wilson.
Ao final da visita, Luiz Wilson e Castanha improvisaram umas loas a mim. Confira:


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