Páginas

terça-feira, 1 de setembro de 2009

DE VANUSA E HINO NACIONAL BRASILEIRO

Hoje, início de novo mês, eu pretendi dedicar, aqui, espaço maior sobre a companhia aérea Gol, por inventar de tomar dinheiro de seus incautos passageiros nos vôos pelos céus do nosso Patropi, mas desisti.
Motivo?
O fato de agora nos vermos obrigados a pagar pelas bobagens sem gosto que nos põem sobre o colo quando estamos a bordo. Essa tarefa, a de falar sobre o assunto, deixo para os coleguinhas de batente dos jornais do dia-a-dia.
Por que desisti?
Por continuar recebendo e-mails nervosos que põem a cantora Vanusa no fogo do inferno, por causa da péssima apresentação que fez num evento em março na Assembléia Legislativa de São Paulo. Na ocasião, ela tentou interpretar o Hino Nacional Brasileiro, mas não conseguiu.
Esse hino, certamente o mais bonito do mundo, foi gravado pela primeira vez de forma instrumental pela Banda da Casa Edison, no Rio, e lançado pela Zon-O-Phone. Depois, em 1913, ainda sem letra, a Banda Escudero o gravou para a Odeon. Por esse mesmo tempo, e ainda sem letra, o hino foi gravado pela Banda do 1º Reg. de Cavalaria com Fanfarra de Clarins. Com letra, a gravação do Hino Nacional coube ao cantor Vicente Celestino (e coro), em 1918. De lá para cá, inúmeras gravações foram feitas, inclusive por Fafá de Belém, que, diga-se, o exigente maestro cearense Eleazar de Carvalho (1912-96) reprovou. E olha que a Fafá estava em dia com a voz...
Hoje, Vanusa disse a um programa de televisão que não estava bem de saúde na ocasião, que tinha discutido com o filho, que tinha ingerido remédio para labirintite etc. Palavras suas: "Eu estava nervosa, eu estava com medo e aí eu me automediquei. Eu tomei calmante, eu tomei remédio pra labirintite, eu tomei neosaldina e fui (cantar). E quando eu subi (a rampa), eu me senti tonta. Teve um primeiro momento que eu parei de cantar, porque deu um estalo. A labirintite faz isso, dá uma parada e parece que fica tudo oco. Quando eu voltei, não sabia onde o músico estava e o mal-estar foi aumentando. Eu me virei e falei que não estava me sentindo bem e eles me levaram embora".
Poxa, o que estão fazendo com ela é desumano!
Mas há um lado bom nessa história, que é o de nos fazer lembrar que são poucos os brasileiros que sabem cantar o hino inteiro, sem errar. E agora repito o que disse ontem, aqui mesmo: que tal o nosso principal hino ser ensinado nas escolas?
Fica a dica para quem pode decidir.
Ah! Vamos lembrar Vanusa cantando ao lado de Simonal?
http://www.youtube.com/watch?v=vNU9YIlnWyM
..............
PLOCAS & BOAS
- Desconhecidos armados de revólveres invadiram hoje estúdios das rádios Correio e CBN, em Alagoas, AL, e levaram a grana destinada a pagamento dos funcionários. Já foi dito que as emissoras pertencem ao senador-chefe de tropa de choque Renan Calheiros. Segundo velho ditado, ladrão que rouba ladrão...
- E em Salvador, hein? Os coveiros de lá estão em greve. Quer dizer: baianos, não morram!
- Lívia Mannini manda avisar que quinta 3, a partir das 21 horas na choperia do SESC Pompéia, será lançado o CD João Borba Canta Jorge Costa, com show. A cantora dona Inah terá participação e o radialista Moisés da Rocha Dara de garra do microfone para apresentação.
- A foto que ilustra hoje o blog, feita, acho, no século passado, mostra Geraldo Vandré tentando fotografar Zé Ramalho. O outro sou eu, sim. Ah! E depois disso o autor de Caminhando, ou Pra não Dizer que não Falei de Flores, tomou doril e sumiu. Fui!