Vitória, filha primeira do casal Chico-Isa, veio ao mundo ontem, 353º dia do calendário gregoriano.
Ela, Vitória, chegou a este mundo com saúde de ferro e pesando, pra comprovar, 3,5 quilos.
A boa-nova veio do Hospital São Luís, no Itaim, cá em Sampa.
Eu, pai, pensei no primeiro filho que tive há vinte e tantos anos, pois grávido também fiquei, ora!
O filho é filha.
Chama-se Luciana, maravilhosa, e que até uma netinha igualmente maravilhosa Lu já me deu: Yara.
Quase quatro anos depois de tão importante acontecimento na minha vida, inda me sinto assim, assim, com sorriso largo me alumiando a cara redonda que a Paraíba e dona Maria Anunciada e seu Severino Ângelo me deram, em setembro de 52.
Ê, coisa boa!
É a vida se reproduzindo; é a gente se reproduzindo pensando num mundo melhor.
Que o diga o meu amigo Flávio Tiné, pernambucano dos bons...
Beleza ter filhos e netos!
Andrea, mãe de Pedro e Marina, me disse que Isa pariu legal às 7 da manhã. Menos de 12 horas depois, ela, Isa, já tava pedindo algo pra molhar a goela e um cigarro pra relaxar, antes de se meter espontaneamente numa sessão de exercícios no hospital, para admiração e medo de médicos e enfermeiras que lhe pediam calma e repouso.
Mas Isa, embora calma, tranqüila como sempre, nunca foi pessoa de repousar, tampouco a pedido. Ela gosta mesmo é de trabalhar, de produzir.
Um dínamo é o que ela é.
Através de Andrea, minha companheira de vida e sonhos, eu fiquei sabendo que Chico de Isa, o pai de Vitória, não perdeu um segundo para inteligentemente enaltecer o Corinthians – opa! –, pondo na porta do quarto do hospital da consorte o aviso óbvio: “Aqui nasceu gente!”, e o símbolo, naturalmente, do Timão agora às vésperas do seu 1º centenário de nascimento.
Grande Chico, que acha no campo da vida a razão de torcer. E por ser o que é, um corinthiano da gema, lhe dedico e dedico também a ela e a “ela” a letrinha cuja melodia está se gerando no útero cerebral do meu parceiro Osvaldinho da Cuíca, esta:
UMA BATUCADA PRO CORINTHIANS
Assis Ângelo
Neco, Teco,
Teleco e Neto,
Corinthians!
Maestros no campo.
Mestres da bola.
No gesto do drible.
No gesto do riso.
No rito da glória.
À vitória!
Corinthians!
Corinthians!
Corinthians!
Gilmar, Wladimir,
Baltazar e Sócrates
Mais o Pequeno Polegar.
Ó glória!
Cláudio, Idário, Basílio,
Rivelino, Dida e Tupã,
Palhinha, Viola e Grané,
Todos grandes
Como Maria, o Superzé.
Maestros no campo,
Mestres da bola.
No gesto do drible.
No gesto do riso.
No rito da glória.
Corinthians!
Corinthians!
Não sai da minha mente,
Nem do meu coração.
É preto e é branco
É Corinthians campeão!
É guerreiro,
É valente,
É brasileiro,
É o time da gente.
Corinthians!
Corinthians!
Corinthians!
De ontem, hoje e sempre,
Corinthians!
Corinthians!
Corinthians!
E especialmente à filha de Chico-Isa, esta sextilha:
Seja bem-vinda, Vitória,
A este mundo desigual,
Aproveite e plante nele
Uma semente genial,
Pois sem isso não se vive:
É preciso ter um ideal