Há poucos minutos, numa rápida passagem de olhos pela página do Universo Online, que é o significado da sigla UOL, leio a notícia de que o candidato Serra foi eleito presidente.
Ual!
O meu espanto, traduzido pela tradicional expressão mineira, foi diminuindo à medida que fui me inteirando sobre o assunto.
A notícia dava conta de que 81,4% dos 278 brasileiros residentes no país de Mao preferiam o emplumado tucano à mineira Dilma.
Pois, pois.
Serra na China!
Lembro que ontem à noite, lendo a Folha, sofri outro súbito espanto: o quase Zé teria concluido seu plano de governo, mas evitou divulgá-lo para não correr risco de ser copiado por Dilma.
Ora, ora, confabulei com meus botões: se é exatamente um plano de governo que leva eleitores a se decidirem por um ou por outro candidato, principalmente quando se trata de disputada nacional, para o bem ou para o mal, por que agir dessa forma tão miúda, ranzinza, para não dizer egoista?
O primeiro botãozinho, safado que só - sim, é aquele que estar sempre a postos para nos apertar a garganta por uma razão qualquer -, saiu de sua casa e num pulo disse, professoral:
- O plano, meu caro, é não ter plano; mas dizer que tem, entende?
Faz sentido.
E essa história da TFP, hein?
Sei lá!
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domingo, 31 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
OSWALDINHO, O PELÉ DO ACORDEON
Sem dúvida, é bom aniversariar.
Outro dia mesmo, eu aniversariei.
E gostei, levando em conta que eu estava decidido a não mais aniversariar, ou seja: a desaniversariar.
Cheguei até a dizer a pessoas queridas que eu não mais incorreria nessa repetição. E justifiquei, depressa: já estou nos cincoenta e tralalá. E perguntei: isso é motivo de festa?
A Andrea, minha companheira de tudo, de risos e raivas, de amor e brigas, respondeu, arguta: é. E justificou, pra meu espanto: não são tantos os que chegam a tanto.
E provocou: pergunte ao Niemeyer, que já passou dos cem...
Ixe!
A Clarissa caçula do peito, que estava por perto, olhou pra mim e piscou: viu?
Mas, enfim, outro dia eu aniversariei.
Foi no Mocotó, um restaurante pra lá de bom localizado na zona norte de Sampa, onde, mais uma vez, fui muito bem recebido pelo chefe de cozinha Rodrigo e seu pai José, pernambucano da safra dos quase quarenta.
Estive lá outras vezes, fora de aniversário.
Tomei umas coisinhas boas e comi outras coisinhas igualmente boas, feito um besta.
Estiveram comigo as minhas filhas e um dos meus filhos, o Francisco, todo pimpão, bonito, forte, cheio de vida e esperança, ao lado da sua companheirinha de vida, Kátia.
Um orgulho meu.
Orgulhos, os dois.
Foi nessa ocasião, aliás, no setembro passado, que conheci o meu segundo neto, Solano, que veio fazer companhia à Yara, filhos da Luciana.
Pois, pois, vejam o que dá cinqüenta e tralalá...
Faço este arrodeio todo para dizer dos setenta do Pelé completados hoje.
Legal, o mundo inteiro falando.
No caso, acho que todos nós deveríamos nos orgulhar desse cara.
Pelé levou o nome do Brasil às alturas, ao mundo todo.
Pra ele o mundo é uma bola...
Antes dele houve outros brasileiros que levaram o nome do nosso País à estratosfera, como Antônio Carlos Gomes, compositor brasileiro de Campinas, SP, considerado o maior compositor operístico das Américas.
Depois dele, teve o mineiro Ary Barroso.
Depois, o carioca João Gilberto.
Antes, o rei do baião Luiz Gonzaga...
...Vocês já ouviram o inventor do bepop Dizzy Gillespie interpretando o maracatu Pau de Arara, de Gonzaga-Guio de Moraes?
Incrível!
É gravação do começo dos 60, infelizmente nunca trazidas à estas bandas em quaisquer formatos.
Pois, pois.
Bem, quero dizer que é bom aniversariar.
Pelé fez hoje 70.
Eu em setembro, 50.
Ontem um colega repórter do jornal A Tribuna telefonou perguntando o que acho de tantas homenagens em torno de Pelé.
Eu disse o óbvio: que todos temos de bater palmas pra ele, um ser especial, um cara exemplar.
Eu não sou exemplar e particularmente não gosto muitos dos exemplares. Pelé, porém, é diferente.
Pelé não é gente, Pelé é um deus.
Ele incrível, um personagem único que a vida não repetirá jamais.
Recomendo, agora, uma coisa: assistam ao filme Pelé Eterno, de Aníbal Massaini... E o recomendo com propriedade, pois sou, nele, no filme, o consultor musical. E lá está Jackson do Pandeiro abrindo a fita cantando Pelé...
Eu disse anteontem, aqui neste espaço, que iria assistir à performance do amigo Oswaldinho do Acordeon, que se faria, como se fez, acompanhado do maranhense arretado Zeca Baleiro no Canto da Ema, do compadre Paulinho Rosa.
Fui.
E foi muito bom, e dancei feito uma carrapeta.
Tomei água de coco, pois faltou o uísque da minha preferência: Old Par...
Falei de Pelé e dos 70 anos de Pelé, que o mundo hoje todo comemora, para dizer o seguinte:
- Oswaldinho é o Pelé da sanfona.
O Brasil está bom,não está?
E a minha confiança é por um País cada vez melhor.
O nome disso, hoje, é Dilma.
Postado por Assis Ângelo: às 23:23 0 comentários Links para es
Outro dia mesmo, eu aniversariei.
E gostei, levando em conta que eu estava decidido a não mais aniversariar, ou seja: a desaniversariar.
Cheguei até a dizer a pessoas queridas que eu não mais incorreria nessa repetição. E justifiquei, depressa: já estou nos cincoenta e tralalá. E perguntei: isso é motivo de festa?
A Andrea, minha companheira de tudo, de risos e raivas, de amor e brigas, respondeu, arguta: é. E justificou, pra meu espanto: não são tantos os que chegam a tanto.
E provocou: pergunte ao Niemeyer, que já passou dos cem...
Ixe!
A Clarissa caçula do peito, que estava por perto, olhou pra mim e piscou: viu?
Mas, enfim, outro dia eu aniversariei.
Foi no Mocotó, um restaurante pra lá de bom localizado na zona norte de Sampa, onde, mais uma vez, fui muito bem recebido pelo chefe de cozinha Rodrigo e seu pai José, pernambucano da safra dos quase quarenta.
Estive lá outras vezes, fora de aniversário.
Tomei umas coisinhas boas e comi outras coisinhas igualmente boas, feito um besta.
Estiveram comigo as minhas filhas e um dos meus filhos, o Francisco, todo pimpão, bonito, forte, cheio de vida e esperança, ao lado da sua companheirinha de vida, Kátia.
Um orgulho meu.
Orgulhos, os dois.
Foi nessa ocasião, aliás, no setembro passado, que conheci o meu segundo neto, Solano, que veio fazer companhia à Yara, filhos da Luciana.
Pois, pois, vejam o que dá cinqüenta e tralalá...
Faço este arrodeio todo para dizer dos setenta do Pelé completados hoje.
Legal, o mundo inteiro falando.
No caso, acho que todos nós deveríamos nos orgulhar desse cara.
Pelé levou o nome do Brasil às alturas, ao mundo todo.
Pra ele o mundo é uma bola...
Antes dele houve outros brasileiros que levaram o nome do nosso País à estratosfera, como Antônio Carlos Gomes, compositor brasileiro de Campinas, SP, considerado o maior compositor operístico das Américas.
Depois dele, teve o mineiro Ary Barroso.
Depois, o carioca João Gilberto.
Antes, o rei do baião Luiz Gonzaga...
...Vocês já ouviram o inventor do bepop Dizzy Gillespie interpretando o maracatu Pau de Arara, de Gonzaga-Guio de Moraes?
Incrível!
É gravação do começo dos 60, infelizmente nunca trazidas à estas bandas em quaisquer formatos.
Pois, pois.
Bem, quero dizer que é bom aniversariar.
Pelé fez hoje 70.
Eu em setembro, 50.
Ontem um colega repórter do jornal A Tribuna telefonou perguntando o que acho de tantas homenagens em torno de Pelé.
Eu disse o óbvio: que todos temos de bater palmas pra ele, um ser especial, um cara exemplar.
Eu não sou exemplar e particularmente não gosto muitos dos exemplares. Pelé, porém, é diferente.
Pelé não é gente, Pelé é um deus.
Ele incrível, um personagem único que a vida não repetirá jamais.
Recomendo, agora, uma coisa: assistam ao filme Pelé Eterno, de Aníbal Massaini... E o recomendo com propriedade, pois sou, nele, no filme, o consultor musical. E lá está Jackson do Pandeiro abrindo a fita cantando Pelé...
Eu disse anteontem, aqui neste espaço, que iria assistir à performance do amigo Oswaldinho do Acordeon, que se faria, como se fez, acompanhado do maranhense arretado Zeca Baleiro no Canto da Ema, do compadre Paulinho Rosa.
Fui.
E foi muito bom, e dancei feito uma carrapeta.
Tomei água de coco, pois faltou o uísque da minha preferência: Old Par...
Falei de Pelé e dos 70 anos de Pelé, que o mundo hoje todo comemora, para dizer o seguinte:
- Oswaldinho é o Pelé da sanfona.
O Brasil está bom,não está?
E a minha confiança é por um País cada vez melhor.
O nome disso, hoje, é Dilma.
Postado por Assis Ângelo: às 23:23 0 comentários Links para es
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
OSWALDINHO E O BRASIL DE BONITEZAS
Este nosso Brasil é mesmo um país fantástico, não é?
Desde sempre.
Aqui tem de um tudo, do bom e do melhor, como diria a minha santa avó Alcina, que já está no céu, amém.
Cresci ouvindo dizer que somos o país do futuro, ora, ora.
O futuro é já, é sempre, não é amanhã.
Ouço céticos dizerem blá, blá, blá.
Sim, sim, eles são uns inconformados e o causo é que não poderia ser diferente, não é mesmo?
Cético diz blá, blá, blá e pronto!
É da natureza.
Quando chove ou faz frio, eles reclamam.
Quando faz sol e calor, também.
São um bando de São Tomés que nos lembram a cantiga da perua, o pássaro mortalha e também a acauã.
Como sofrem os céticos, hein, Deus do céu!
O bom - e eles nem desconfiam - é amanhecermos certos de que nascemos no país certo: Brasil, inclusive porque aqui não há abalos sísmicos impiedosos e tsunames arrasadores, como lá fora.
É verdade que Brasília vez por outra nos surpreende e nos faz, como nação, estremecer um pouco. Sim, claro, isso é da natureza dos sacanas que vêem até nas próprias mães um meio de se locupletarem, não é?
Esses merecem cana, cadeia das grandes.
Agora pensem: não é todo país que tem tantas coisas, tantas pessoas, tantos artistas incríveis, fantásticos, tão grandes como Oswaldinho do Acordeon, por exemplo, que é um mágico nos teclados; um artista de talento genial e cidadão que nos orgulha, de fi a paví, como diria o rei do baião Luiz Gonzaga.
A mestria de Oswaldinho é um dos nossos grandes orgulhos; e como ser, ele é, sem dúvida, um exemplo: quer queira, quer não.
Vocês já repararam no tamanho dele, no jeito calmo dele, tranquilo, apaziguador?
Já repararam no tamanho da sua obra, na beleza do som que extrai da sanfona que é o seu piano de peito?
Claro, Oswaldinho não nasceu para ser medido pela métrica cética, é certo.
E também não há como compará-lo, pois o seu estilo é muito próprio e fino, moldado ao melhor dos sentimentos, aos seres mais sensíveis.
Sim, Oswaldinho faz da sanfona a extensão da sua vida, cuja existência se escuta pelas notas que o seu coração dita e os seus dedos ágeis transmitem pelo instrumento que tão bem domina. Daí a sua alegria de viver, daí a nossa alegria de tê-lo entre nós.
É isso.
Agora, um recadinho: amanhã à noite, a partir das 23 horas, ele estará, junto com Zeca Baleiro, apresentando a sua arte para os privilegiados frequentadores da casa de espetáculos comandada por Paulinho Rosa, chamada de Canto da Ema, ali na Faria Lima, 364, Pinheiros.
Bora lá?
Eu vou.
Ele vai tocar Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e nós todos, isto é: o Brasil de bonitezas.
Desde sempre.
Aqui tem de um tudo, do bom e do melhor, como diria a minha santa avó Alcina, que já está no céu, amém.
Cresci ouvindo dizer que somos o país do futuro, ora, ora.
O futuro é já, é sempre, não é amanhã.
Ouço céticos dizerem blá, blá, blá.
Sim, sim, eles são uns inconformados e o causo é que não poderia ser diferente, não é mesmo?
Cético diz blá, blá, blá e pronto!
É da natureza.
Quando chove ou faz frio, eles reclamam.
Quando faz sol e calor, também.
São um bando de São Tomés que nos lembram a cantiga da perua, o pássaro mortalha e também a acauã.
Como sofrem os céticos, hein, Deus do céu!
O bom - e eles nem desconfiam - é amanhecermos certos de que nascemos no país certo: Brasil, inclusive porque aqui não há abalos sísmicos impiedosos e tsunames arrasadores, como lá fora.
É verdade que Brasília vez por outra nos surpreende e nos faz, como nação, estremecer um pouco. Sim, claro, isso é da natureza dos sacanas que vêem até nas próprias mães um meio de se locupletarem, não é?
Esses merecem cana, cadeia das grandes.
Agora pensem: não é todo país que tem tantas coisas, tantas pessoas, tantos artistas incríveis, fantásticos, tão grandes como Oswaldinho do Acordeon, por exemplo, que é um mágico nos teclados; um artista de talento genial e cidadão que nos orgulha, de fi a paví, como diria o rei do baião Luiz Gonzaga.
A mestria de Oswaldinho é um dos nossos grandes orgulhos; e como ser, ele é, sem dúvida, um exemplo: quer queira, quer não.
Vocês já repararam no tamanho dele, no jeito calmo dele, tranquilo, apaziguador?
Já repararam no tamanho da sua obra, na beleza do som que extrai da sanfona que é o seu piano de peito?
Claro, Oswaldinho não nasceu para ser medido pela métrica cética, é certo.
E também não há como compará-lo, pois o seu estilo é muito próprio e fino, moldado ao melhor dos sentimentos, aos seres mais sensíveis.
Sim, Oswaldinho faz da sanfona a extensão da sua vida, cuja existência se escuta pelas notas que o seu coração dita e os seus dedos ágeis transmitem pelo instrumento que tão bem domina. Daí a sua alegria de viver, daí a nossa alegria de tê-lo entre nós.
É isso.
Agora, um recadinho: amanhã à noite, a partir das 23 horas, ele estará, junto com Zeca Baleiro, apresentando a sua arte para os privilegiados frequentadores da casa de espetáculos comandada por Paulinho Rosa, chamada de Canto da Ema, ali na Faria Lima, 364, Pinheiros.
Bora lá?
Eu vou.
Ele vai tocar Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e nós todos, isto é: o Brasil de bonitezas.
sábado, 16 de outubro de 2010
O DIA ESTÁ CHEGANDO...
Toda vez que vejo o quase Zé na telinha fazendo promessas, eu me arrepio todo com a impressão de que ele está tirando sarro da gente.
Será?
Ele tem prometido tanta coisa...
Mínimo de R$ 600,00 pra todo mundo, 13º para o projeto Bolsa Família...
Nesse ponto, um detalhe: a sua companheira Mônica andou criticando esse projeto levado avante por Lula, dizendo que com ele, o Bolsa Família, “ninguém quer mais trabalhar” no Brasil.
Pode!
Mais promessas: de cara, ele promete 10% de aumento para os aposentados.
Opa!
De onde virá tanto dinheiro, pois se mandar rodar na Casa da Moeda a inflação vai à lua.
E aí?
Ele promete também triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
Muito bom, a cultura e os brasileiros agradecem.
Uma pergunta, neste item: o que ele fez nesse campo em São Paulo, como prefeito ou governador?
Um problema, não é?
Ah! E questão delicada é a nordestina.
São Paulo, como se sabe, foi construída pelo forte braço dos imigrantes nordestinos; migrantes esses que jamais receberam qualquer tipo de reconhecimento. Na verdade, sequer uma homenagezinha tola, boba, do tipo uma plaquinha fixada numa parede qualquer de uma estação qualquer do Metrô, dizendo: “Aqui a força do homem nordestino esteve presente, cavando túnel, colocando trilhos”, coisas assim.
Aliás, o quase Zé tem prometido encher o País de estações de metrô.
Acho legal, mas será que o quase Zé cumpriria essa promessa?
A pensar: o Metrô paulistano anda emperrado, parando, com muita gente e pouquíssimas estações.
Deus do céu!
Será que o povo ainda cai no canto da sereia?
Será?
Ele tem prometido tanta coisa...
Mínimo de R$ 600,00 pra todo mundo, 13º para o projeto Bolsa Família...
Nesse ponto, um detalhe: a sua companheira Mônica andou criticando esse projeto levado avante por Lula, dizendo que com ele, o Bolsa Família, “ninguém quer mais trabalhar” no Brasil.
Pode!
Mais promessas: de cara, ele promete 10% de aumento para os aposentados.
Opa!
De onde virá tanto dinheiro, pois se mandar rodar na Casa da Moeda a inflação vai à lua.
E aí?
Ele promete também triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
Muito bom, a cultura e os brasileiros agradecem.
Uma pergunta, neste item: o que ele fez nesse campo em São Paulo, como prefeito ou governador?
Um problema, não é?
Ah! E questão delicada é a nordestina.
São Paulo, como se sabe, foi construída pelo forte braço dos imigrantes nordestinos; migrantes esses que jamais receberam qualquer tipo de reconhecimento. Na verdade, sequer uma homenagezinha tola, boba, do tipo uma plaquinha fixada numa parede qualquer de uma estação qualquer do Metrô, dizendo: “Aqui a força do homem nordestino esteve presente, cavando túnel, colocando trilhos”, coisas assim.
Aliás, o quase Zé tem prometido encher o País de estações de metrô.
Acho legal, mas será que o quase Zé cumpriria essa promessa?
A pensar: o Metrô paulistano anda emperrado, parando, com muita gente e pouquíssimas estações.
Deus do céu!
Será que o povo ainda cai no canto da sereia?
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O DIA ESTÁ CHEGANDO...
A campanha à Presidência esteve morna no primeiro tempo; e agora, no segundo, parece estar pegando fogo.
É um tiroteio danado.
E sabem de uma coisa? Não gosto de ver o quase Zé fingindo dizer a verdade.
Como acreditar em alguém que mente?
Eu, hein!
Pesquisas Datafolha divulgadas há pouco, indicam vários pontos favoráveis à Dilma, e que ela ganharia a parada se os eleitores fossem às urnas já.
Indicam também as pesquisas que o governo Lula acaba de bater novo recorde na avaliação popular: 81% de bom/ótimo.
É pra deixar qualquer Zé doido, não?
O caso é o seguinte: diz o bom técnico que em jogo que está ganhando não se mexe.
É isso.
É um tiroteio danado.
E sabem de uma coisa? Não gosto de ver o quase Zé fingindo dizer a verdade.
Como acreditar em alguém que mente?
Eu, hein!
Pesquisas Datafolha divulgadas há pouco, indicam vários pontos favoráveis à Dilma, e que ela ganharia a parada se os eleitores fossem às urnas já.
Indicam também as pesquisas que o governo Lula acaba de bater novo recorde na avaliação popular: 81% de bom/ótimo.
É pra deixar qualquer Zé doido, não?
O caso é o seguinte: diz o bom técnico que em jogo que está ganhando não se mexe.
É isso.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
NO PLANETA DAS ESTRELAS
Meus amigos estão indo embora, sem avisar.
Simplesmente, fecham os olhos e partem.
Os dois últimos a fazer isso foram Juvenal Fernandes e Roberto Stanganelli.
Juvenal, paulistano nascido em outubro de 1925, partiu no dia 22 de junho e desde o dia 27 de agosto tem seu nome exposto no auditório da Editora Arlequim, por iniciativa do empresário Waldemar Marchetti, o Corisco, com quem trabalhou nos últimos anos.
Juvenal viveu o tempo todo no mundo do disco, compondo, fazendo versões e publicando livros de poesias.
É dele, por exemplo, a versão da faixa 2 do disco de estréia da cantora Elis Regina, Sonhando (Dream).
Juvenal foi sócio-diretor da Fermata e, nessa condição, responsável pela edição de algumas obras-primas da música brasileira, entre as quais Disparada, de Vandré-Théo de Barros, e Desafinado, de Tom Jobim-Newton Mendonça.
Conheceu meio mundo e foi amigo de muita gente, como Vicente Celestino.
Dizia que gostava muito do Vicente.
Stanganelli era, na sua modéstia mineira, um ser requintado, exemplar, caladão e observador.
Compositor, instrumentista e produtor fonográfico dos mais valiosos, nascido em fevereiro de 1931, ele acreditava na vida pós-partida.
Partiu domingo passado.
Uma vez, sem mais nem menos, ele olhou pra mim, riu e disse:
- Fique com meus discos, com você serão mais úteis.
Isso faz anos e eram uns trinta LPs.
Tentei várias vezes levá-lo para entrevista nos meus programas de rádio, mas ele, sempre rindo, com a maior naturalidade, dizia:
- Eu vou outro dia.
E esse dia nunca veio.
O mesmo aconteceu com Juvenal.
Eu insistia, mas não adiantava.
Algumas vezes fui à sua casa, no tempo que ainda morava nas proximidades do Museu da Imagem e do Som, nas proximidades da Avenida Europa.
Oferecia-me sempre que ia lá uma boa cachaça, enquanto sorvia café e jogava palavras fora.
Conheci seu arquivo com milhares de verbetes que, acho, nunca publicou na forma de enciclopédia, como desejava.
Como era do seu feitio, Juvenal ia deixando pra depois o que podia fazer logo, como as parcerias que assinou com vários artistas, entre os quais Adoniran Barbosa.
Stanganelli deixou pelo menos duas centenas de composições inéditas, como me disse o seu amigo editor Valdimir D´Angelo, da Arlequim.
De Juvenal, como lembrança, ficou o seu prefácio para um dos meus livros: O Brasileiro Carlos Gomes, que publiquei pela Companhia Editora Nacional, em 1987. No primeiro parágrafo, ele escreveu:
“Fazendo um apanhado sincero, honesto e corajoso sobre o Tonico de Campinas, desde a sua infância e até o seu final melancólico, Assis Angelo colabora, assim, com mais este trabalho, para fazer chegar às gerações mais novas o valor e a importância de um gênio musical e do maior herói não militar das terras brasileiras: Antônio Carlos Gomes”.
Curiosamente, e seguindo essa mesma linha de interpretação, escreveu também o maestro cearense de Iguatu Eleazar de Carvalho:
“Dominando a árdua tarefa da pesquisa, Assis Angelo escreveu o livro O Brasileiro Carlos Gomes preocupado não com um sucesso comercial, mas, simplesmente, plasmando suas observações sob a inteira proteção de resultados dos fatos reais que marcaram a vida e a obra do nosso maior compositor operístico das Américas”.
O maestro partiu em setembro de 1996.
A vida segue seu rumo.
Simplesmente, fecham os olhos e partem.
Os dois últimos a fazer isso foram Juvenal Fernandes e Roberto Stanganelli.
Juvenal, paulistano nascido em outubro de 1925, partiu no dia 22 de junho e desde o dia 27 de agosto tem seu nome exposto no auditório da Editora Arlequim, por iniciativa do empresário Waldemar Marchetti, o Corisco, com quem trabalhou nos últimos anos.
Juvenal viveu o tempo todo no mundo do disco, compondo, fazendo versões e publicando livros de poesias.
É dele, por exemplo, a versão da faixa 2 do disco de estréia da cantora Elis Regina, Sonhando (Dream).
Juvenal foi sócio-diretor da Fermata e, nessa condição, responsável pela edição de algumas obras-primas da música brasileira, entre as quais Disparada, de Vandré-Théo de Barros, e Desafinado, de Tom Jobim-Newton Mendonça.
Conheceu meio mundo e foi amigo de muita gente, como Vicente Celestino.
Dizia que gostava muito do Vicente.
Stanganelli era, na sua modéstia mineira, um ser requintado, exemplar, caladão e observador.
Compositor, instrumentista e produtor fonográfico dos mais valiosos, nascido em fevereiro de 1931, ele acreditava na vida pós-partida.
Partiu domingo passado.
Uma vez, sem mais nem menos, ele olhou pra mim, riu e disse:
- Fique com meus discos, com você serão mais úteis.
Isso faz anos e eram uns trinta LPs.
Tentei várias vezes levá-lo para entrevista nos meus programas de rádio, mas ele, sempre rindo, com a maior naturalidade, dizia:
- Eu vou outro dia.
E esse dia nunca veio.
O mesmo aconteceu com Juvenal.
Eu insistia, mas não adiantava.
Algumas vezes fui à sua casa, no tempo que ainda morava nas proximidades do Museu da Imagem e do Som, nas proximidades da Avenida Europa.
Oferecia-me sempre que ia lá uma boa cachaça, enquanto sorvia café e jogava palavras fora.
Conheci seu arquivo com milhares de verbetes que, acho, nunca publicou na forma de enciclopédia, como desejava.
Como era do seu feitio, Juvenal ia deixando pra depois o que podia fazer logo, como as parcerias que assinou com vários artistas, entre os quais Adoniran Barbosa.
Stanganelli deixou pelo menos duas centenas de composições inéditas, como me disse o seu amigo editor Valdimir D´Angelo, da Arlequim.
De Juvenal, como lembrança, ficou o seu prefácio para um dos meus livros: O Brasileiro Carlos Gomes, que publiquei pela Companhia Editora Nacional, em 1987. No primeiro parágrafo, ele escreveu:
“Fazendo um apanhado sincero, honesto e corajoso sobre o Tonico de Campinas, desde a sua infância e até o seu final melancólico, Assis Angelo colabora, assim, com mais este trabalho, para fazer chegar às gerações mais novas o valor e a importância de um gênio musical e do maior herói não militar das terras brasileiras: Antônio Carlos Gomes”.
Curiosamente, e seguindo essa mesma linha de interpretação, escreveu também o maestro cearense de Iguatu Eleazar de Carvalho:
“Dominando a árdua tarefa da pesquisa, Assis Angelo escreveu o livro O Brasileiro Carlos Gomes preocupado não com um sucesso comercial, mas, simplesmente, plasmando suas observações sob a inteira proteção de resultados dos fatos reais que marcaram a vida e a obra do nosso maior compositor operístico das Américas”.
O maestro partiu em setembro de 1996.
A vida segue seu rumo.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
TUDO BEM, TUDO BEM, TUDO BEM?
Por que não dizer:
- Bons tempos aqueles de palhaços como Carequinha, Pimentinha, Piolin, Arrelia, de batismo Waldemar Seyssel, que um dia me convidou para escrever, e escrevi com orgulho, o prefácio de sua autobiografia para a Editora Ibrasa (“Arrelia, Uma Autobiografia”), ali pelos finzinhos dos 90.
Bons tempos, sim!
Era legal assistir esses palhaços de verdade.
De verdade, era legal assistir a esses palhaços.
Palhaços que nos embalaram a infância, que nos fizeram bem, que nos levaram a ver o mundo com graça infantil, sem segundas intenções, puros, sem nos agredir nos fazendo de bobos.
Mas agora o que dizer da telinha de fazer doido chamada TV, que produz celebridades sem conteúdo do dia pra noite e os carimba de "palhaço"?
Nos tratam de bobos, não é?
A última invenção dessa telinha é Tiririca.
Terrível!
E o que nos faltava no Congresso Nacional!
Quem de bom senso não fica tiririca da vida?
O tal Tiririca convidou os abestados a votar nele.
Apareceram cerca de 1,4 milhão desses tais.
Como tem abestado no Brasil!
Abestado é gente abestalhada, idiota, quem não sabe disso?
Lê-se no dicionário, “Abestado”: que se abestou, que se bestificou... “Abestalhado”: que diz tolices, tolo, imbecil... Cheio de si, presunçoso...
Como gostar disso?
Ora, cá não estou eu a falar do cidadão que se esconde por trás dessa coisa chamada tiririca, que é vítima, sem dúvida, do sistema que tritura e joga o bagaço fora.
Estou falando da coisa que em si só se encerra.
E ponto!
Está na 1ª edição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, à pág. 2724, 3ª coluna à direita: “4 RS infrm. Punguista, batedor de carteira”.
E aí?
PS – A cartinha lá em cima dirigida a mim e assinada por Waldemar Seyssel, o Arrelia, é de agradecimento. Não é pra se sentir honrado, feliz da vida?
- Bons tempos aqueles de palhaços como Carequinha, Pimentinha, Piolin, Arrelia, de batismo Waldemar Seyssel, que um dia me convidou para escrever, e escrevi com orgulho, o prefácio de sua autobiografia para a Editora Ibrasa (“Arrelia, Uma Autobiografia”), ali pelos finzinhos dos 90.
Bons tempos, sim!
Era legal assistir esses palhaços de verdade.
De verdade, era legal assistir a esses palhaços.
Palhaços que nos embalaram a infância, que nos fizeram bem, que nos levaram a ver o mundo com graça infantil, sem segundas intenções, puros, sem nos agredir nos fazendo de bobos.
Mas agora o que dizer da telinha de fazer doido chamada TV, que produz celebridades sem conteúdo do dia pra noite e os carimba de "palhaço"?
Nos tratam de bobos, não é?
A última invenção dessa telinha é Tiririca.
Terrível!
E o que nos faltava no Congresso Nacional!
Quem de bom senso não fica tiririca da vida?
O tal Tiririca convidou os abestados a votar nele.
Apareceram cerca de 1,4 milhão desses tais.
Como tem abestado no Brasil!
Abestado é gente abestalhada, idiota, quem não sabe disso?
Lê-se no dicionário, “Abestado”: que se abestou, que se bestificou... “Abestalhado”: que diz tolices, tolo, imbecil... Cheio de si, presunçoso...
Como gostar disso?
Ora, cá não estou eu a falar do cidadão que se esconde por trás dessa coisa chamada tiririca, que é vítima, sem dúvida, do sistema que tritura e joga o bagaço fora.
Estou falando da coisa que em si só se encerra.
E ponto!
Está na 1ª edição do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, à pág. 2724, 3ª coluna à direita: “4 RS infrm. Punguista, batedor de carteira”.
E aí?
PS – A cartinha lá em cima dirigida a mim e assinada por Waldemar Seyssel, o Arrelia, é de agradecimento. Não é pra se sentir honrado, feliz da vida?
BRASILEIROS SOLITÁRIOS
Neste instante há 45 cidadãos brasileiros completamente solitários.
Melhor: neste momento há 45 cidadãos brasileiros sós.
São os candidatos que registraram candidaturas ao emprego de deputado federal, estadual e distrital e receberam apenas 1 voto, ou seja: o deles mesmos.
Existirá maior solidão no mundo do que essa; a de saber que nenhum amigo, nenhum parente ou aderente, ou mesmo um inimigo que desejasse uma desdita na carreira pretendida lhe deu um voto de confiança, enquanto Tiririca, o palhaço idiota e analfabeto recebe os votos de quase 1,4 milhão de eleitores assim, sem mais, só debochando de si e dos outros?
De lascar, poderão dizer os solitários.
E sobre caciques e figurões da República como Jereissati, Collor, Marco Maciel, o que dizer?
Jereissati entregou os pontos: encerra a carreira política e segue a de empresário, o que no fundo, no fundo, no caso, é a mesma coisa.
Sei não, mas acho que quem votou no Tiririca tem a mente congelada ou a cabeça cheia de titica, pois essa história de dizer que votou em “protesto” é pura idiotice.
Mas eu disse outro dia, aqui neste mesmo espaço: daqui pra frente os especialistas nessa coisa chamada de ciência política têm um trabalho enorme pela frente.
E o quase Zé, hein?
Cuidado, o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
Melhor: neste momento há 45 cidadãos brasileiros sós.
São os candidatos que registraram candidaturas ao emprego de deputado federal, estadual e distrital e receberam apenas 1 voto, ou seja: o deles mesmos.
Existirá maior solidão no mundo do que essa; a de saber que nenhum amigo, nenhum parente ou aderente, ou mesmo um inimigo que desejasse uma desdita na carreira pretendida lhe deu um voto de confiança, enquanto Tiririca, o palhaço idiota e analfabeto recebe os votos de quase 1,4 milhão de eleitores assim, sem mais, só debochando de si e dos outros?
De lascar, poderão dizer os solitários.
E sobre caciques e figurões da República como Jereissati, Collor, Marco Maciel, o que dizer?
Jereissati entregou os pontos: encerra a carreira política e segue a de empresário, o que no fundo, no fundo, no caso, é a mesma coisa.
Sei não, mas acho que quem votou no Tiririca tem a mente congelada ou a cabeça cheia de titica, pois essa história de dizer que votou em “protesto” é pura idiotice.
Mas eu disse outro dia, aqui neste mesmo espaço: daqui pra frente os especialistas nessa coisa chamada de ciência política têm um trabalho enorme pela frente.
E o quase Zé, hein?
Cuidado, o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
domingo, 3 de outubro de 2010
O EFEITO VERDE ADIOU A DECISÃO
O dia amanheceu nublado hoje em Sampa.
Como previsto, eleitores foram às urnas depositar esperanças por um país melhor.
Pequenas confusões aqui e ali, mas nada de grave ou que atrapalhasse o bom andamento do processo democrático, do qual participaram vários candidatos, com destaque os mais fortes: Dilma, Serra e Marina.
Três nomes, três legendas.
Dilma PT, Serra PSDB e Marina PV.
O candidato tucano começou o jogo falando alto, tripudiando a petista e não dando bola à candidata verde.
E foi exatamente essa candidata que impediu que o jogo não se encerrasse no primeiro tempo, como se imaginou até o início da contabilização dos votos.
E agora?
Ora, de novo às urnas!
Esse tipo de exercício, aliás, é muito bom.
Mas cuidado: o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
Como previsto, eleitores foram às urnas depositar esperanças por um país melhor.
Pequenas confusões aqui e ali, mas nada de grave ou que atrapalhasse o bom andamento do processo democrático, do qual participaram vários candidatos, com destaque os mais fortes: Dilma, Serra e Marina.
Três nomes, três legendas.
Dilma PT, Serra PSDB e Marina PV.
O candidato tucano começou o jogo falando alto, tripudiando a petista e não dando bola à candidata verde.
E foi exatamente essa candidata que impediu que o jogo não se encerrasse no primeiro tempo, como se imaginou até o início da contabilização dos votos.
E agora?
Ora, de novo às urnas!
Esse tipo de exercício, aliás, é muito bom.
Mas cuidado: o homem vem aí, com tudo e pouca prosa.
sábado, 2 de outubro de 2010
AMANHÃ É DIA DE BRASIL. ÀS URNAS!
Plim, plim.
Mágica!
O candidato tucano promete triplicar o orçamento do Ministério da Cultura caso seja escolhido nas urnas amanhã para governar o País a partir de janeiro de 2011.
Ele promete R$ 6,6 bilhões.
Uau!
A candidata verde promete duplicar.
A petista Dilma, discreta e com os pés no chão, garante que o processo de fortalecimento do Ministério terá continuidade no seu governo.
Claro que é importante valorizar - e mostrar - todos os segmentos da cultura brasileira para nós próprios brasileiros e para o mundo todo também, mas para que isso ocorra, de forma natural e correta, é preciso que haja, antes de tudo, um programa, um processo, uma lógica, e não iniciativas isoladas e sem prumo, geradas na turbulência do acaso.
Ou do ocaso.
De certo modo, acho até graça quando ouço ou vejo o quase Zé - vocês sabem quem - dizer no rádio e na tevê que cultura é prioridade de seu governo.
Nunca foi.
É fato.
A história mostra isso.
O quase Zé, quase nordestino, prometeu - quem não lembra? - fazer bem à cultura nacional, incluindo a popular, quando se candidatou a prefeito da maior capital do País, São Paulo; e a governador do maior Estado brasileiro, São Paulo.
E o que se viu?
Zero!
Primeiro, disse que não concorreria ao governo do Estado.
Concorreu.
Depois disse que não concorreria a Presidência.
Está concorrendo...
À Presidência no começo, as pesquisas o punham no céu.
Depois caiu, caiu, caiu...
Ao cair, apelou: prometeu tudo e mais, por exemplo: triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
A foto do quase Zé nordestino estampada hoje na 1ª página da Folha, dançando a “dança” do “Pânico”, junto com Alckmin, é simplesmente ridícula. Isso até o meu novo neto, Solano, de dois meses, achou.
A candidata verde, Marina Silva, resumiu entregando os pontos para projeto futuro, com categoria, com dignidade:
- Ele (Serra) não tem programa, subestimou Dilma e se preparou para ficar fazendo só o embate, como se ele fosse falar e o mundo fosse estremecer. Quando não deu certo, começou a fazer um festival de promessas.
Amanhã é dia de Brasil.
Às urnas!
PS – Há exatos 50 anos, no dia 3 de outubro de 1960, um domingo, o Brasil ia às urnas para eleger Jânio Quadros. Já pensou?
Mágica!
O candidato tucano promete triplicar o orçamento do Ministério da Cultura caso seja escolhido nas urnas amanhã para governar o País a partir de janeiro de 2011.
Ele promete R$ 6,6 bilhões.
Uau!
A candidata verde promete duplicar.
A petista Dilma, discreta e com os pés no chão, garante que o processo de fortalecimento do Ministério terá continuidade no seu governo.
Claro que é importante valorizar - e mostrar - todos os segmentos da cultura brasileira para nós próprios brasileiros e para o mundo todo também, mas para que isso ocorra, de forma natural e correta, é preciso que haja, antes de tudo, um programa, um processo, uma lógica, e não iniciativas isoladas e sem prumo, geradas na turbulência do acaso.
Ou do ocaso.
De certo modo, acho até graça quando ouço ou vejo o quase Zé - vocês sabem quem - dizer no rádio e na tevê que cultura é prioridade de seu governo.
Nunca foi.
É fato.
A história mostra isso.
O quase Zé, quase nordestino, prometeu - quem não lembra? - fazer bem à cultura nacional, incluindo a popular, quando se candidatou a prefeito da maior capital do País, São Paulo; e a governador do maior Estado brasileiro, São Paulo.
E o que se viu?
Zero!
Primeiro, disse que não concorreria ao governo do Estado.
Concorreu.
Depois disse que não concorreria a Presidência.
Está concorrendo...
À Presidência no começo, as pesquisas o punham no céu.
Depois caiu, caiu, caiu...
Ao cair, apelou: prometeu tudo e mais, por exemplo: triplicar o orçamento do Ministério da Cultura.
A foto do quase Zé nordestino estampada hoje na 1ª página da Folha, dançando a “dança” do “Pânico”, junto com Alckmin, é simplesmente ridícula. Isso até o meu novo neto, Solano, de dois meses, achou.
A candidata verde, Marina Silva, resumiu entregando os pontos para projeto futuro, com categoria, com dignidade:
- Ele (Serra) não tem programa, subestimou Dilma e se preparou para ficar fazendo só o embate, como se ele fosse falar e o mundo fosse estremecer. Quando não deu certo, começou a fazer um festival de promessas.
Amanhã é dia de Brasil.
Às urnas!
PS – Há exatos 50 anos, no dia 3 de outubro de 1960, um domingo, o Brasil ia às urnas para eleger Jânio Quadros. Já pensou?
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
IGNORÂNCIA E CETICISMO TÊM CURA
Algo de fato, incrível mesmo,está acontecendo no Brasil.
E esse “algo” certamente vai dar, daqui pra frente, muita dor de cabeça aos cientistas sociais - os chamados cabeções -, que terão de se desdobrar nas suas pesquisas e análises para entender, ou tentar entender, o que de fato está ocorrendo hoje de Norte a Sul do país; e num amanhã, já breve, saber o que aconteceu, a começar pela insistência de um nordestino de origem humilde, pobre e semi-analfabeto de se transformar no mais importante administrador do País.
Tudo, na verdade, começa com esse nordestino das bandas de Pernambuco que no seio familiar era chamado apenas de Lula, e que agora o Brasil e o mundo todo o chamam também assim, simplesmente, de Lula.
Outro dia, o prestigiado jornal norte-americano Financial Times o comparou à imagem do Cristo Redentor instalada no Corcovado, Rio, dizendo que ele é o protetor do povo e zelador do Brasil.
"O Brasil nunca esteve tão na moda”, escreveu o colunista político do mesmo FT, Gideon Rachman, com “Jogos, Copa, Brics, G20, pré-sal” etc.
Brics, como se sabe, é a sigla que identifica os principais países com economia em disparada.
Além do Brasil, a Rússia, Índia e China estão com a economia a mil.
Bom para o seu povo, não é?
A agência Associated Press distribuiu recentemente para jornais do mundo todo o perfil do personagem central do filme O Filho do Brasil, dizendo que ele, o personagem, ou seja, Lula, “levanta louvores de Havana a Wall Street”, lembrando ainda que ele faz amigos que vão de “Ahmadinejad a Bush e Obama”.
Ontem nas páginas do respeitado diário francês Le Monde o repórter Alain Franchon dizia que Lula encarnou por inteiro “o momento-chave da história”, conseguindo, de tabela, elevar o País ao status de “grande potência emergente”.
Bom, não é?
Realmente, é incrível o que se passa hoje aos nossos olhos.
Adiante-se: não é mágica, é sonho se transformando em realidade.
Em todo canto, porém, há céticos e preconceituosos.
Os primeiros nunca foram mesmo de acreditar em nada, tampouco em dias melhores.
Popularmente, são chamados de "urubus".
A ver com o grande poeta Augusto dos Anjos, se isso servir de ilustração.
Os segundos atacam quem não tiver sua cara com o terrível tacape da ignorância; aliás, sua única arma.
Enquanto isso, a caravana passa...
PS- Notícia postada há pouco na página da UOL dá conta de que a última pesquisa CNI/Ibope coloca o governo Lula no mais alto patamar de aprovação na história do País, ou seja: 77%. Quer dizer: 77% da população brasileira acham o governo Lula "bom" ou "ótimo", enquanto apenas 4% o consideram "ruim" ou "péssimo".
Os analistas políticos terão muito trabalho pela frente...
E esse “algo” certamente vai dar, daqui pra frente, muita dor de cabeça aos cientistas sociais - os chamados cabeções -, que terão de se desdobrar nas suas pesquisas e análises para entender, ou tentar entender, o que de fato está ocorrendo hoje de Norte a Sul do país; e num amanhã, já breve, saber o que aconteceu, a começar pela insistência de um nordestino de origem humilde, pobre e semi-analfabeto de se transformar no mais importante administrador do País.
Tudo, na verdade, começa com esse nordestino das bandas de Pernambuco que no seio familiar era chamado apenas de Lula, e que agora o Brasil e o mundo todo o chamam também assim, simplesmente, de Lula.
Outro dia, o prestigiado jornal norte-americano Financial Times o comparou à imagem do Cristo Redentor instalada no Corcovado, Rio, dizendo que ele é o protetor do povo e zelador do Brasil.
"O Brasil nunca esteve tão na moda”, escreveu o colunista político do mesmo FT, Gideon Rachman, com “Jogos, Copa, Brics, G20, pré-sal” etc.
Brics, como se sabe, é a sigla que identifica os principais países com economia em disparada.
Além do Brasil, a Rússia, Índia e China estão com a economia a mil.
Bom para o seu povo, não é?
A agência Associated Press distribuiu recentemente para jornais do mundo todo o perfil do personagem central do filme O Filho do Brasil, dizendo que ele, o personagem, ou seja, Lula, “levanta louvores de Havana a Wall Street”, lembrando ainda que ele faz amigos que vão de “Ahmadinejad a Bush e Obama”.
Ontem nas páginas do respeitado diário francês Le Monde o repórter Alain Franchon dizia que Lula encarnou por inteiro “o momento-chave da história”, conseguindo, de tabela, elevar o País ao status de “grande potência emergente”.
Bom, não é?
Realmente, é incrível o que se passa hoje aos nossos olhos.
Adiante-se: não é mágica, é sonho se transformando em realidade.
Em todo canto, porém, há céticos e preconceituosos.
Os primeiros nunca foram mesmo de acreditar em nada, tampouco em dias melhores.
Popularmente, são chamados de "urubus".
A ver com o grande poeta Augusto dos Anjos, se isso servir de ilustração.
Os segundos atacam quem não tiver sua cara com o terrível tacape da ignorância; aliás, sua única arma.
Enquanto isso, a caravana passa...
PS- Notícia postada há pouco na página da UOL dá conta de que a última pesquisa CNI/Ibope coloca o governo Lula no mais alto patamar de aprovação na história do País, ou seja: 77%. Quer dizer: 77% da população brasileira acham o governo Lula "bom" ou "ótimo", enquanto apenas 4% o consideram "ruim" ou "péssimo".
Os analistas políticos terão muito trabalho pela frente...