Como previsto, tudo rolando nos trinques desde as primeiras horas do dia de hoje. Isto é, com a programação artística voltada aos 456 anos de fundação da 5ª maior cidade do planeta, São Paulo, transcorrendo sem problemas nas ruas e espaços especiais, na santinha paz e alegria das bênçãos caridosas do patrono José de Anchieta.
O “tudo” a que me refiro acima vai com sobrecarga de interpretação para as cinco estações climáticas há muito em voga em Sampa, ou seja: outono, primavera, verão, inverno e chuvas!
A leitura vale também de traz pra frente.
O dia amanheceu incrivelmente bonito, com céu de brigadeiro e sol de 20 graus a nos iluminar a alma.
Mas o calor foi aumentando de repente, minuto a minuto, e logo explodindo num toró descomunal daqueles de alagar buracos acima de metro e rios acima e abaixo de todos os níveis, por volta das 13 e até depois das 14.
Minutos antes, e num pulo, me levantei da rede e fui à banca da esquina buscar leitura.
Eu já sabia o que viria logo mais.
Na volta, fiquei de novo pra lá e pra cá lendo o noticiário de ontem, e esperando...
Não demorou e uma sequência de trovões fechou o tempo e relâmpagos em contrapartida riscaram de vermelho-fogo o céu anunciando a chuvarada que fez a gata Tina-cretina-menina-grã-fina-nordestina da minha filha Clarissa, que aqui não rima, soltar miaus arrepiantes enquanto ela própria, Tina, em cores preto-e-branco (é corinthiana a danada) sumia covardemente feito o coisa feia por debaixo de mesas e poltronas em busca de segurança, que não é besta.
Mas, bom, a programação festiva à Sampa continua a todo vapor.
A chuva, não.
Parágrafos atrás, parei de batucar estas linhas para atender telefonema do colega Pedro Vaz, da rádio Gazeta, pedindo uma fala ao vivo sobre São Paulo neste seu dia de sol, calor e enchente.
Falei da cidade e de seus contratempos, das suas belezas e feiuras, da sua importância, dos seus habitantes, da sujeira das ruas, dos bueiros entupidos.
Sugeri, por fim, que se faça uma campanha de educação e esclarecimento à população: que tal parar de jogar lixo nos rios, córregos etc., hein?
Pedro topou. Diz que começa amanhã.
Povo limpo é povo inteligente e saudável.
O Kassab tem de entrar com tudo nessa história.
Aliás, o Lula e o Serra estiveram com ele há pouco na sede da prefeitura, recebendo a Medalha 25 de Janeiro.
Na ocasião o presidente sugeriu esforço conjunto de todas as esferas governamentais para resolver os problemas provocados pelas enchentes frequentes em São Paulo.
Boa!
Falei ao programa do Pedro também sobre Luiz Gonzaga e Demônios da Garoa.
O Dicionário Gonzagueano, originalmente publicado via GTT, Grupo Trends Tecnologia, vai ganhar edição nova, via Lei Rouanet.
Pascalingundum, também.
Mais: Pascalingundum! Os Eternos Demônios da Garoa vai virar filme este ano em tela larga, grandona, dirigido por Pedro Caldas, de Versificando.
É isso.
CENTENÁRIOS
No jornal li notícia da mãe do Chico, dona Maria Amélia: 100 anos de vida hoje.
Lembrei da mãe do Vandré, também na casa dos 100.
Lembrei da viúva do Guimarães Rosa, também nos 100.
E do Niemayer, com 102.
A última pesquisa do IBGE dá conta que há no País mais de 11 mil pessoas com 100 anos ou mais, a maior parte é de mulheres.
CENSURA
E o ditador da Colômbia, hein?
O cabra não gosta da imprensa.
O seu gosto especial por fechamento de emissoras de rádio e televisão me lembra personagem de Josué Guimarães, no livro Os Tambores Silenciosos.
Vade retro, Chávez!
CASA DA MOEDA
Essa é de lascar: o presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci, é multado em R$ 3,5 milhões pela Receita Federal, por movimentar grana muito além de suas posses declaradas.
ÁGUA BENTA
De lascar mesmo é esta, vem da Rússia: cento e tantas pessoas ingeriram água benta ontem durante celebração de uma Epifania e se deram mal, entre elas cerca de 50 crianças.
Eu, hein! Nem leite bebo mais, quanto mais esse tipo de água...