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sexta-feira, 11 de junho de 2010

EM TORNO DO MEU NOVO LIVRO, UM PORRE

Antes de tudo, convido vocês para uma prosa em torno do mais importante torneio futebolístico do mundo...
Bonito, mas o melhor talvez seja eu dizer: convido vocês para juntos brindarmos a realização do mais importante espetáculo esportivo do mundo...
Não, talvez: o mais importante evento cultural, a Copa, que mobiliza o mundo...
Direto: o mais importante evento multitudo do planeta bola faz o globo girar 360 graus em segundos...
Enfim, às vésperas do primeiro centenário de gravação da primeira música a ver diretamente com o futebol no Brasil, “Foot-Ball”, e da realização da 19ª Copa do Mundo na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, tento fazer no meu novo livro uma retrospectiva inédita em torno do assunto que desde os primeiros anos do século passado tem inspirado artistas brasileiros dos mais diversos calibres e gêneros, desde os grandes Benedito Lacerda/Pixinguinha (“1x0”) a Jacob do Bandolim (“Vascaíno”); passando por Wilson Batista/Jorge de Castro (“Samba Rubro-Negro”), Ary Barroso (“O Brasil há de Ganhar”), Francisco Alves/Ismael Silva/Nilton Bastos (“Nem é Bom Falar”), Noel Rosa (“Conversa de Botequim”), Lamartine Babo (“Sempre Flamengo!”) e Chico Buarque (“O Futebol”).
Além desses, outros compositores abordaram o tema nas suas obras, como Haroldo Lobo/David Nasser (“Fla-Flu”), Rolando Boldrin (“Moda do Corintiano”), Palmeira/Celso dos Santos (“Balanço do Garrincha”), Capiba (“O Mais Querido, Santa Cruz”), Luiz Gonzaga/Hugo Costa (“Hino do Batistão”), Papete/Osvaldinho da Cuíca (“Vai Vai Corinthians”), Hianto de Almeida/Jurandi Prates (“Meu Flamengo, meu Brasil”), Gérson Filho (“Maracanã”), Adauto Santos (“O Torcedor”), Antônio Borba (“Goal do Brasil”), Antônio Sergi/Gennaro Rodrigues (“Hino S. E. Palmeiras”), Lupicínio Rodrigues (“Grêmio Futebol Portoalegrense”), Sérgio Ricardo (“Beto Bom de Bola”), Tom Zé (“Neto, do Corinthians”), Odair Cabeça de Poeta (“Mulher Corintiana”), Toquinho (“Corinthians do meu Coração”), Teixeirinha (“Bom de Bola”), Roberto Mário (“Meus Parabéns, Flamengo”, Milton Nascimento/Fernando Brant (“Aqui é o País do Futebol”) e Gilberto Gil (“Balé da Bola”), sem falar de craques do humor, como J. Baptista Júnior (“Futebol”), Chico Anísio/Irvando Luiz (“Gol de Placa”), Ernesto Palazzo (“Futebol Complicado”), José de Vasconcelos (“O Futebol e o Italiano”), Zé Fidélis (“Vasco x Arsenal”) e Carlos Alberto de Nóbrega, interpretado por Ronald Golias (“Copa do Mundo”).
Muitos artistas da área rural também abordaram o tema, como Teddy Vieira/Zé Carreiro (“Bi-Campeão Mundial”), Alvarenga/Ranchinho/Ariowaldo Pires (“Futebol”) e Zé Fortuna, que, ao lado de Pitangueira, compôs “O Adeus de Pelé” e, sozinho, “A História dos Times” e “Pelé e Rivelino”.
Pelé, que já foi tema de trintenas de músicas no Brasil e no Exterior, vez ou outra se arrisca também a compor. São suas, por exemplo, “Meu Mundo é uma Bola” (1971), “Em Busca do Penta” (2002) e “Sou Brasileiro”, essa em parceria com Edson, da dupla desfeita com o irmão Hudson, e Flavinho, lançada no Programa da Hebe, do SBT, na noite de 5 de abril de 2010. Curiosidade: o time mais cantado no Brasil, até no campo da literatura de cordel e da poesia improvisada ao som de violas, é o Sport Club Corinthians Paulista, pela torcida chamado de Coringão ou Timão.
Pois bem é por aí, acho...
O selecionado africano tinha hoje tudo para ganhar do México. Jogou melhor etc. Empatou. Houve acomodação. Clima de que ganhamos etc. Uruguai x França também foi jogo empatado no 0 x 0.
Arriba!
A nossa seleção estreia dia 15, contra a nervosa Coreia do Norte.
Vinte e quatro horas antes da derrota do Coreia por 3 x 0, reunirei, a partir das 19 horas, amigos velhos, novos e futuros no Museu do Futebol, aqui em São Paulo, capital (Praça Charles Miller, s/n), para um porre em torno do meu novo livro: A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira.
Vamos todos lá?
A idéia é lotar o estádio do Pacaembu...