Falei ontem da boa qualidade de notícias de domingo nos jornalões brasileiros sediados em Sampa, Folha e Estado.
Conheço um pouco os dois, pois neles trabalhei nos anos 70 e 80.
No primeiro como repórter, no segundo como repórter ocasional, articulista e chefe de reportagem política.
Naquele tempo ambos davam mais destaque à cultura brasileira, em detrimento às coisas gringas.
Bom, sim.
De repente agora, para minha alegria, vejo no Nacional da Plim plim notícia sobre a volta da música às escolas como matéria curricular, a partir de agosto que vem.
Oba!
E agosto é o mês do folclore.
Um bom recomeço, sem dúvida.
Há uns quatro ou cinco anos, fui convidado a encerrar com palestra seminário no Congresso Nacional, sobre música.
Aceitei.
Aproveitei e falei e falei a deputados e artistas presentes sobre o que tinha de falar: música e folclore nacionais.
Gosto disso.
Depois, dei entrevista na TV Câmara (que pode ser conferida aí ao lado, na coluna à direita deste blog e no Youtube).
Pois bem, após minha fala transmitida ao vivo pela TV Senado, eu deixei a idéia exatamente de trazer de volta às escolas a nossa música, mas a música folclórica.
Por que música folclórica?
Porque é o DNA musical brasileiro.
Tomara que o ensino a ser retomado daqui a meses seja por aí, porque senão corremos o risco de as gravadoras multinacionais, principalmente, com seus interesses puramente mercantilistas, levem aos ouvidos hoje já quase moucos dos formandos muita porcaria mais.
Porcarias que nos ensurdecem os ouvidos, no dia-a-adia de dureza da vida.
Ah! A notícia da Plim plim foi encerrada com um grupo de adolescentes interpretando em Minas, instrumentalmente, a toada de Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira Asa Branca, originalmente lançada emd isco em março de 1947.
Segundos antes do encerramento da notícia, crianças foram mostradas brincando cantiga de roda.
Muito bonito, não?
Um registro: quem também deve estar torcendo para que tudo corra bem no desenrolar dessa notícia nas escolas é o radialista hoje sem rádio Jorge Paulo, cantor compositor e ator ocasional que nos fins dos 70 fez duo com o rei do baião Luiz Gonzaga, cantando Asa Branca.
Vocês já assistiram o filme Chapéu de Couro?
Maravilhoso.