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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O GÊNIO PIXINGUINHA VEM À TONA PELO IMS

Pixinguinha em Pauta.
Este é o título de um belíssimo livro que está chegando à praça num estojo com a marca do Instituto Moreira Salles; e que se viabilizou através de parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Imesp.
Pixinguinha em Pauta é também o nome do espetáculo musical que assisti ontem à noite, prazerosamente, no Auditório Ibirapuera.
Belíssimo.
Platéia de extremo bom-gosto.
O livro reúne 36 partituras até aqui publicamente inéditas, com obras de vários autores brasileiros transcritas em primorosos arranjos assinados pelo talento de Pixinguinha, Pixinga ou Pizindim, como também era chamado o mais genial compositor e instrumentista carioca nascido no subúrbio de Piedade, Alfredo da Rocha Vianna Filho.
O espetáculo começou depois de o presidente da Imesp, Hubert Alqueres, subir ao palco e falar com orgulho sobre a portentosa empresa que representa e as razões que o levaram a editar a obra assinada por Bia Paes Leme.
Com isso, o presidente da Imesp marcou muitos pontos positivos na sua carreira de empreendedor, que, certamente, se estenderá pelos caminhos da iniciativa privada.
Antes de a pequena orquestra de 30 músicos regida pelo maestro Pedro Aragão subir ao palco, a iluminação centrou sobre a figura do cantor e animador Pedro Miranda desempenhando o papel do artista e pesquisador de música popular Almirante, de batismo Henrique Foréis Domingues, que apresentava pelos microfones da Rádio Tupi, lá pelos idos de 1940 e 50, o programa O Pessoal da Velha Guarda para o qual Pixinguinha trabalhava como músico e arranjador.
O que se viu e ouviu ontem no Auditório do Ibirapuera foi algo inesquecível.
Belíssimo.
Os músicos da orquestra, ainda sem nome, formada especialmente para apresentar o livro, impressionaram pelo desempenho espetacularíssimo; de improvisação, inclusive.
Todos foram perfeitos nos detalhes e marcantes no conjunto.
Os louvores cabem a cada um dos integrantes da ocasional orquestra, ou mini orquestra, incluindo o regente Aragão.
Os brasileiros de todos os brasis deste tão imenso País têm o direito de assistir a essa orquestra, que pode e deve percorrer todos os nossos rincões... Necessariamente.
O IMS tem obrigação de viabilizar isso.
A orquestra do maestro Pedro Aragão precisa viver, ganhar forma e se integrar mais e mais a este tão musicalmente judiado Brasil.
Falo de respeito, de cidadania, de oportunidade, de ecudação, de um Brasil melhor.
A música pode propiciar isso.
Alias, esta não é a idéia do IMS?
Esta não é a idéia do próprio governo brasileiro?
E tenho a dizer mais:
A Revivendo Músicas é uma empresa do Paraná que existe desde que o seu criador, Leon Barg, já no céu, adquiriu o primeiro disco de cantor brasileiro, em 1936.
Digo isso porque é preciso dizer que o acervo da Revivendo tem de ser preservado para as gerações futuras.
Isso tem a ver com governo, não é?
A Revivendo tem absolutamente todos os discos de Pixinguinha, por exemplo.
E partituras.
E itens da sua obra, inéditos.
Está nahora de se criar o Museu Pixinguinha.
O país que tem Pixinguinha tem tudo.
O Brasil tem tudo.
Ah! Sim, do repertório de ontem no Auditório Ibirapuera, interpretado pela orquestra, ou mini, do maestro Pedro Aragão, constaram belíssimas peças, entre as quais estas:
- Assim Que é, de Pixinguinha.
- Salve o Sol,de Eduardinho Violão.
- Cabeça de Porco, Anacleto de Medeiros.
- A Mulher do Bode, de Cardoso de Meneses Filho.
- Subindo ao Céu, de Aristides Borges.
- Conversar Fiada, de Pixinguinha.
- Turuna, de Ernesto Nazaré...