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domingo, 29 de maio de 2011

RACHEL SHEHERAZADE, SEJA BEM-VINDA

Soberana e burra, a mesmice paira na imprensa brasileira.
Essa mesmice chega a irritar, no rádio e na televisão.
E também nos impressos.
O que uma empresa jornalística dá, a outra parece que obrigatoriamente tem também de dar.
Quanta bobagem!
É só abrir os jornais e constatar, quase sempre, que a manchete de um jornal é igual a do outro.
Isso também parece válido para as revistas.
É como se houvesse acabado a reportagem.
Bons tempos os da revista Realidade e do Jornal da Tarde, e da Folha...
Há um engessamento geral, uma dormência lamentável e contagiante.
Raro o furo, hoje em dia.
É a tal globalização engolindo tudo e alienando a todos.
Pensando nisso, e lendo o suplemento TV do Estadão de hoje, vislumbrei necessidade óbvia na fala firme da conterrânea Rachel Sheherazade, que amanhã, às 19h30, estréia na bancada nacional do SBT, apresentando o SBT Brasil ao lado do veterano radialista Joseval Peixoto, há muito na Pan, rádio onde nos fins dos anos 80, depois de deixar a chefia de política do jornal O Estado de S.Paulo, cedi muitas horas do meu dia a dia fazendo pautas e dizendo coisas.
Rachel, um talento incrível que reveste a pessoa maravilhosa que é, chega a nossos lares com o propósito de ler notícias e opinar.
Pois é, falta hoje ao jornalista o desembaraço natural da opinião responsável.
Como ser formador de opinião, se não opinamos?
Esta uma questão levantada por Rachel.
Seja bem-vinda aos lares brasileiros carentes de boa informação e opinião, Rachel Sheherazade!