Pouquíssimas vezes vi no correr da minha carreira de jornalista – de 40 anos – resultados tão positivos como esses que estão sendo devidamente alcançados pelo informativo semanal Jornalistas&Cia, tocado à frente pelo titã incansável da categoria, Eduardo Ribeiro.
Cá no caso específico, me refiro à campanha movida em torno do Movimento Landell de Moura, de reconhecimento nacional do nome do padre-cientista gaúcho Roberto Landell de Moura, iniciada há dois anos pelo J&Cia, e que, a rigor, termina amanhã 21.
Esse dia 21 marca os 151 anos de nascimento de Roberto Landell de Moura.
Landell de Moura, precursor do rádio e das telecomunicações no Brasil, foi completamente esquecido pelos poderosos de plantão de sua época, e da nossa também nestes dias atuais.
Mas água mole em pedra dura...
As primeiras experiências para criação do rádio por Landell de Moura datam de 1893.
No dia 3 de junho de 1900, segundo notícia veiculada no Jornal do Commercio, ele conseguiu transmitir pela primeira vez a voz humana através de ondas eletromagnéticas, a partir da Rua Voluntários da Pátria, no bairro de Santana, e a Avenida Paulista, no bairro de Cerqueira César, na capital de São Paulo.
É história.
O feito foi testemunhado por representantes do governo federal e pelo vice-cônsul inglês Percy Charles Parmenter.
Pois é, e é pensamento comum que o inventor do rádio foi o italiano Marconi.
O Movimento Landell de Moura, que contou com valiosíssima pesquisa do jornalista-historiador Hamilton Almeida, autor de Um Herói Sem Glória, já renderam um selo pra cartas dos Correios em janeiro do ano passado e o título póstumo de Cidadão Paulistano.
Agora o nome do inventor está beirando a batida de martelo da presidente Dilma Rousseff para levá-lo ao Panteão dos Heróis.
Mas, o mais importante: está mais do que na hora de a história do padre Roberto Landell de Moura ir para as escolas de todo o País, para ser devidamente contada aos brasileirinhos que estão chegando.
Pessoalmente, já contei um pouco disso no livro de letras infantojuvenil A Menina Inezita Barroso (Cortez Editora, 2011). E continuarei contado essa história na exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, que será aberta ao público no próximo dia 25, no Sesc Santana.