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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A PENA ANTENADA DE JOSÉ NÊUMANNE

O jornalista paraibano José Nêumanne Pinto acaba de cometer uma das suas melhores pérolas de sua escrita, desde que começou a opinar sobre a vida política brasileira no século passado.
Ele sabe das coisas e não há falha alguma especialmente no texto que acaba de me mandar, via email: A Quem Vencer Serra na Prévia, Nem as Batatas, que será publicado no próximo dia 2, sexta, na coluna da página 2 do jornal O Estado de S.Paulo que ele assina há muitos anos.
Gostem ou não, mas Nêumanne a cada dia se firma como dono único de uma pena é antenadíssima; nunca sequer razoável, sempre ferina.
O poeta José é lírico, mas o analítico político José Nêumanne Pinto é maquiavélico.
Num tempo em quem que poucos opinam, por medo por isso ou aquilo, ele é, além de tudo ótimo.
Merece aplausos.
Limeira também o aplaudiria.
Esquerda ou direta, isso ainda interessa?
Outro dia me perguntaram se eu sou corinthiano. Respondi:
- Gosto de um bom jogo.
Viva o Brasil!
Quanto às batatas, leiam mestre Machado.
Aníbal e Trípoli são nada, nesse jogo.
E se esse jogo Serra perder, o PSDB já era.
Aguardemos.
Opinar faz um bem danado.
Agora ouçam/vejam o velho e bom Altamiro Carrilho, maior flautista vivo do Brasil e que o Brasil não dá bola, num registro de sábado 24 passado, no Sesc Santana. Cliquem:

PS - Você já visitou a instalação ROTEIRO MUSICAL DA CIDADE DE SÃO PAULO, à entrada do Sesc Santana?
Se não, não sabe o que está perdendo.
Vá! Assumo, pois respondo por sua curadoria.

ALTAMIRO REGE PÚBLICO NO SESC

Ainda valendo a bela apresentação de Altamiro Carrilho no teatro do Sesc Santana, no último dia 25.
O artista fez bonito e até cantou.
Bem humorado contou coisas bastante curiosas.
Exemplo: além de flauta, ele toca todos ou quase todos os instrumentos de percussão.
Disse também que compôs e Luiz Gonzaga gravou, em 1971, uma música de sua autoria feita em parceria com R. Valente, O Coreto da Pracinha, cuja primeira parte da letra diz:

Primeiro a banda passou
Tocando coisas de amor
Depois tocaram a praça
Em rimas cheias de graça
Mas ninguém se lembrou
Do Correto da Pracinha
Onde sempre tocava
A garbosa bandinha...

Altamiro revelou que na mesma sessão de gravação nos estúdios da extinta RCA Victor com o Rei do Baião chegou a tocar triângulo.
A música?
A engraçada Ovo de Codorna, de Severino Ramos.
Pra encerrar, uma das partes do espetáculo no Sesc em que Altamiro rege o público.
É só clicar para ouvir a jóia musical de Pixinguinha e Braguinha: