Acabo de ser informado que a exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo continuará aberta à visitação pública, na área de Convivência II do Sesc Santana, até o próximo dia 27 de maio, em decorrência do grande sucesso de público e crítica. A mostra, da qual respondo pela Curadoria, foi inaugurada com coquetel para convidados na noite de 24 de janeiro. Desde então tem sido num crescente o número de visitantes, entre estudantes, artistas, jornalistas, escritores e público em geral.
No total, quase 30 mil pessoas a viram até agora.
Os dias mais movimentados são os de fim de semana.
Paralelamente à exposição, também chamada de instalação por conter ambientes especialmente criados por designers, arquitetos e montadores, se desenvolveu nos últimos três meses uma extensa programação musical, que contou com nomes expressivos da nossa música popular, como Inezita Barroso, Tom Zé (em visita à exposição, na foto), Altamiro Carrilho, Paulo Vanzolini, Mário Albanese, Eduardo Gudin, Elzo Augusto, Arrigo Barnabé, Lívio Tragtemberg, Fabiana Cozza, Osvaldinho da Cuíca e grupos de samba e choro.
Praticamente todos os gêneros musicais foram apresentados, de samba à valsa, passando por choro, batuque, rap e repente, esse último representado por Oliveira de Panelas e Sebastião Marinho.
No Roteiro Musical da Cidade de São Paulo se acha toda a evolução e variação musical da cidade.
As primeiras citações musicais à cidade se acham em discos gravados há cerca de 100 anos.
A história começa numa espécie de “túnel do tempo”, à entrada da mostra; seguida por uma linha memorial desde os anos 10 do século passado.
Foram criadas “janelas”, nas quais são homenageados grandes nomes da música, como Alberto Marino e Alberto Marino Jr., Paulo Vanzolini, Inezita Barroso, Zica Bergami, Adoniran Barbosa, os sambistas históricos, como Dionísio Barbosa e Geraldo Filme; os vanguardistas da cidade, como Itamar Assumpção, Suzana Salles, Tetê Espíndola e grupos Língua de Trapo e Premê; Mário Albanese, criador do ritmo Jequibau, ao lado do maestro Ciro Pereira etc.
Há ainda na mostra uma “Arena”, um “Boteco” e um “Mapa” da cidade.
Na Arena, destaque para dois grandes momentos da cidade: a Revolução de 1932, Constitucionalista; e os festejos comemorativos à fundação da cidade, em 1954.
No Boteco, o público poderá conferir uma amostragem musical dos times de futebol da cidade.
No Mapa, dispostos no chão, há círculos em que ao serem pisados acendem-se luzes e músicas feitas para determinados bairros são ouvidas.
O Brás é o bairro mais cantado pelos compositores.
Um jogo interativo, com base na exposição, foi impresso e está sendo distribuído nas escolas.
O SESC Santana se localiza à Avenida Luiz Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo.
As visitas podem ser feitas entre as 10 e 21 hs, de terça a sábado; e aos domingos e feriados, das 10 às 18 hs.
MÁRIO ALBANESE
O compositor e instrumentista Mário Albanese será homenageado com um jantar pela Associação dos Comentaristas Esportivos do Estado de São Paulo no próximo dia 10, a partir das 20 horas, no restaurante Vila Tavola, à Rua 13 de Maio, Bixiga. Fica o registro.