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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

BIBI FERREIRA, UMA SENHORA ARTISTA

Ela nasceu quando?
No dia 1º, 4 ou dez de junho de 1922?
Não importa.
O que importa é que o Brasil deve se orgulhar de Bibi Ferreira, de batismo Abigail Izquierdo, filha do carioca João Álvaro de Jesus Quental Ferreira e da espanhola Aída Izquierdo, ele, o ator Procópio Ferreira; ela, uma bailarina.
Bibi, uma das atrizes mais completas, acaba de chegar aos 90 anos de idade, cantando e atuando nos palcos com um vigor surpreendente.
Eu a vi no começo da madrugada de hoje, num programa da TV Globo.
Eu a vi feliz, alegre como uma estreante, falando do que gosta e do que não gosta.
Não bebe e não não fuma, por exemplo.
Gosta de dormir e de cantar trechos de óperas.
Numa ária da Traviata, de Verdi, ela enfiou Palpite Infeliz, de Noel.
Noutra, de Le Figaro, de Mozart, nos fez ouvir Maracangalha, de Caymmi, que também gostava de dormir e descansar.
Até Ponteio, de Edu Lobo e Capinan; e Deus e o Diabo, que Sérgio Ricardo fez em 20 minutos, ela interpretou à maneira operística, sem falhar a voz.
Bibi está completando 71 anos de estreia profissional como atriz e como cantora.
As suas primeiras gravações em discos foram feitas no formato de 78 RPM, para o selo Columbia.
Em agosto de 1941, ela gravou, de sua autoria, as toadas Fitinha Encarnada e Lá Longe, na Minha Terra.
Depois dessas músicas, ela gravou outras músicas e muitos poemas, além de histórias infantis.
E até apresentou programas na extinta TV Excelsior, como Brasil 61, 62 e 63, com a presença de artistas da MPB, como Geraldo Vandré.
No correr da vida, não titubeou em se posicionar politicamente.
Até de uma campanha pela volta do presidencialismo ela participou, ao lado de Elza Soares, Isaurinha Garcia e outros artistas.
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LUIZ GONZAGA E PIXINGUINHA
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