Amanhã faz 66 anos que Mario Zan entrou pela primeira vez num estúdio para acompanhar à sanfona uma dupla feminina: Irmãs Castro.
As duas irmãs cantaram a guarânia Minha Pequena, de Ariowaldo Pires - o Capitão Furtado - e Antônio Cardozo.
O disco, de 78 RPM, saiu pela extinta Continental.
Os primeiros sucessos de Mario foram El Choclo, de A.G.Villoldo, e Namorados, uma valsa de sua autoria, gravados na Continental no dia 17 de junho de 1946.
Dez anos depois Mario transformaria o tango El Choco em baião.
A essa altura ele já era conhecido como o Rei da Sanfona, por inspiração de Luiz Gonzaga.
Houve uma vez que Mario até quis abandonar a carreira, mas o Rei do Baião o convenceu do contrário arrumando shows para ele no Rio de Janeiro.
Mas essa história eu já contei.
Agora estou falando de Mario Zan por uma razão: Odilon Cardoso telefona me perguntando se o conjunto Demônios gravou Eu Sou Gaúcho.
Odilon é empresário dos Demônios há duas décadas.
Eu Sou Gaúcho é originalmente uma polca de Mario gravada de forma instrumental no dia 12 de março de 1948, nos estúdios da Continental.
Em julho de 1956 o mesmo Mario a regravou no ritmo de xote nos estúdios da extinta RCA Victor, gravadora onde Luiz Gonzaga iniciou a carreira.
Em 1961 Mario voltaria a regravar essa música na Continental e no ano seguinte, com letra de Arlindo Pinto, foi à praça na voz de Cid Gaúcho, pela extinta RGE.
Ele faria outras regravações dessa música, tanto que em 1988 convida o Demônios da Garoa para acompanhá-lo numa faixa (a última, do lado B) do LP Mario Zan, Bandinha e Coro – Festas Juninas. E essa faixa é exatamente Sou Gaúcho.
Detalhe: a primeira gravação em disco do grupo Demônios da Garoa, a rancheira Sanfoneiro Folgado, de Mario Zan e Motinha, saiu no lado A do 78 RPM nº 16.068, feita no dia 6 de maio de 1949 nos estúdios da Continental, em São Paulo.
O grupo musical paulistano sempre nutriu admiração e respeito por Mario, que desapareceu na quarta-feira 9 de novembro de 2006.
Quatro anos antes, ele fora tema da escola de samba Rosas de Ouro, da capital paulista.
A sua música mais famosa é o dobrado Quarto Centenário, que tem letra do português J. M. Alves.
PUC/SP
História, Rádio, Música e Cidade.
Nesse contexto imaginado pelas professoras doutoras Yvone Dias Avelino e Jurema Mascarenhas Paes foram inseridas ontem de manhã numa mesa redonda mediada pelo professor doutor Edgar da Silva Gomes, a vida e a obra do cantador instrumentista e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, o rei do baião, numa das dependências da Pontifícia Universidade Católica, no bairro paulistano de Perdizes.
Foi boa a conversa.
Fica o registro.
MACKENZIE
E ontem a menina Clarissa, minha caçula, apresentou TCC a uma banca do Mackenzie onde conclui este ano o curso de Pedagogia. Seu tema escolhido foi Educação Infantil: Da Disciplina à Liberdade dos Corpos. Ao fim do julgamento, nota 10.
Na foto acima: a minha companheira Andrea, Clarissa e eu, todo pimpão.
O momento será inesquecível, sem dúvida.
DIA DA GENTILEZA
Hoje é o Dia Nacional da Gentileza, em homenagem ao paulista de Cafelândia José Datrino, que ficou famoso no Rio de Janeiro ao espalhar pela cidade painéis que criava com espontaneidade. Ele chegou a ganhar duas músicas, uma feita por Gonzaguinha e outra, por Mariza Monte.
A canção de Gonzaguinha diz:
Feito louco
Pelas ruas
Com sua fé
Gentileza
O profeta
E as palavras
Calmamente
Semeando
O amor
À vida
Aos humanos.
DELICADEZA
O novo CD da cantora, compositora e instrumentista paraibana socorro lira se chama Singelo Tratado Sobre a Delicadeza.
Acesse entrevista da artista à TV Brasil clicando:
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