Hoje,
2 de agosto, faz 24 anos que o rei do baião, Luiz Gonzaga, partiu deste para
outro plano, o celestial.
E
hoje também faz uma semana e dois dias que o seu mais fiel escudeiro,
Dominguinhos, o seguiu por essa trilha sem volta.
Ambos
deixaram extensa e bela obra, imortal, além de muitas saudades, como o mineiro Antenógenes
Silva, chamado de O Mago do Acordeon, e o paraibano Sivuca, O Mágico da Sanfona, também deixaram.
Sivuca tornou clássico o instrumento que o pioneiro na gravação de solos de sanfona em disco, no Brasil, Giuseppe Rielli deixou num canto ao morrer, em 1947, e Gonzaga tirou do limbo e levou para ruas e festas fazendo a legria de todos.
Sem Gonzaga, Dominguinhos, Antenógenes e Sivuca penso que a música brasileira não
seria tão rica.
Ao
bater à porta da música popular no começo dos anos 1940 para se eternizar, o sonho de Luiz Gonzaga era conhecer pessoalmente Antenógenes
Silva, seu ídolo.
Antenógenes
tinha programa na Rádio Clube do Brasil, Alma do Sertão.
Gonzaga
o conheceu, tornou-se amigo e o substituiu no rádio, além de tê-lo como
afinador da sanfona que tocava.
Relembre
Gonzaga, sobre quem escrevi os livros Eu Vou Contar Pra vocês (1990),
Dicionário Gonzagueano (2006) e Lua Estrela Baião, a História de um Rei (2012)
e Dominguinhos, clicando:
Através
do Instituto Memória Brasil, IMB, Genesis Music e Banco do Nordeste, acaba de
ir à praça o CD O Samba do Rei do Baião com 14 faixas, das quais quatro com
músicas que Gonzaga (abaixo, num registro histórico) compôs com Zé Dantas, Humberto Teixeira, Domingos Ramos e
Ary Monteiro mas não gravou, estas: Tudo é Baião, Ai, ai, Portugal; Dúvida e
Meu Pandeiro. O disco tem a presença de Oswaldinho do Acordeon, Socorro Lira,
Ventura Ramirez, Osvaldinho da Cuíca, Uxía, Suzana Travassos e Papete, além de
Cássia Maria, Ricardo Valverde, Ana Eliza Colomar, Cidão, Jorge Ribbas, Ricardo
Araújo, Rosa Macedo e Cláudio Lacerda.