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quarta-feira, 12 de março de 2014

O SAMBA EM LIVRO

Artistas Negros da Música Popular e do Rádio é o título do novo livro (ao lado, reprodução da capa) da jornalista paulistana Thaís Matarazzo, que será lançado sábado 15, em tarde festiva na Casa de Portugal, ali na Avenida da Liberdade, 602, a partir das 15h30.
Resultante de demorada e cuidadosa pesquisa, o livro é um mergulho na história pouco conhecida do samba em São Paulo, especialmente no que se refere a personagens que deixaram uma obra ainda carente de apreciação e reconhecimento, caso de Vassourinha, Henricão, Risadinha e Chocolate.
A respeito do livro de Thaís, André Domingues, autor de Caymmi Sem Folclore (2009) e coautor de Batuqueiros da Paulicéia (2009), com Osvaldinho da Cuíca, escreveu o seguinte:
A ainda obscura história do samba de São Paulo recebe mais um luminoso facho de luz nesta obra da jornalista e pesquisadora Thaís Matarazzo . Nela, vidas de humildes batuqueiros são contadas com o mesmo cuidado de quem fala sobre um papa ou um imperador. É uma inversão interessante: no lugar de milagres e batalhas, ficam registradas as batucadas, os cordões, as escolas de samba, os programas de rádio. É um livro que chama a atenção, sobretudo, pela narrativa rica em detalhes. Detalhes que, de um lado, refletem uma busca quase obsessiva da autora pela verdade dos acontecimentos passados; de outro lado, iluminam muitas outras histórias que ainda esperam – quase imploram! – por serem contadas”.

SINVAL DA GAMELEIRA
Há pouco, recebi do compositor e cantador mineiro Téo Azevedo a notícia da morte do sanfoneiro e construtor de rabecas Sinval da Gameleira (acima, com Téo), vítima ontem, à tarde, de um fulminante ataque do coração no momento em que chegava em casa, em Alto Belo, no norte de Minas, onde o conheci há uns dez anos, talvez mais. Sinval, que deixa dois filhos, era nascido na beira do Rio das Pedras, um berço de artistas populares de Minas. O seu nome de batismo era Sinval Alves Botelho e tinha cerca de 50 anos de idade.

RODOLFO COELHO
Na quarta 19 de março de 1919, nascia em Rio Largo,
em Alagoas, provavelmente o mais profícuo autor de folhetos de cordel no Brasil,
Rodolfo Coelho Cavalcanti.
Rodolfo desapareceu da convivência humana no dia 7 de outubro de 1985, vítima de atropelamento, em Salvador, BA. Fica o registro.