Já morando na capital paulista, e ainda nos fins daqueles anos, nos conhecemos de perto e passei a ir vez ou outra a sua casa, numa ruazinha que ficava perto da TV Record, na Miruna, ali pelas bandas do aeroporto de Congonhas. Fui algumas vezes com Michael Kelly, um excepcional músico norte-americano integrante como primeiro trompete da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, à época regida pelo cearense Eleazar de Carvalho.
Lá ele sempre nos servia com bom papo, boa música e uma cachacinha...
Jair gostava do programa São Paulo Capital Nordeste, que eu apresentei por mais de seis anos na Rádio Capital.
Um dia o convidei para uma entrevista (abaixo, na foto).
Na ocasião eu fiz tocar, no origina, as suas duas primeiras gravações (Brasil Sensacional e Marechal da Vitória), inseridas num disco de 78 voltas, ‘inquebrável”, da Philips (reprodução do selo, acima), compostas para animar o clima da Copa de 1962, realizada no Chile e que resultou o Brasil como campeão; na verdade, bi.
Essa
entrevista foi uma das mais bacanas que irradiamos pelos microfones da Capital,
e que se acha nos arquivos do Instituto Memória Brasil, IMB.
Jair
contou toda a sua história, desde quando decidiu virar cantor.
Antes
de se consagrar como um dos melhores e mais completos intérpretes da nossa música,
ele desenvolveu atividades diversas nesse cotidiano massacrante, sobrevivendo
com dignidade e galhardia.
Jair
partiu hoje para a eternidade, aos 75 anos de idade; mas era como se tivesse menos
ou mais, pela sabedoria marcante que o identificava.
Viva
Jair!
No link abaixo o piauiense Jorge Mello improvisa versos ao som de um violão, em reverência a Jair. Clique:https://www.youtube.com/watch?v=6STY1rwqM38