Amanhã,
Dia dos Namorados e véspera da abertura do ciclo junino, o Itaquerão será palco
da inauguração da Copa 2014 gerenciada pela Federação Internacional de Futebol.
O
evento começa às 15h15 e o primeiro jogo (Brasil x Croácia), às 17 horas.
Essa
é a segunda vez que o Brasil sedia os jogos da Copa; a primeira foi em 1950,
entre os dias 24 de junho – Dia de São João - e 16 de julho, com partidas
disputadas em seis estádios – ou arenas, como se diz hoje - que já estavam prontos
em seis unidades federativas diferentes do País, a custos não exorbitantes ou
superfaturados como indicam as denúncias.
O
governo da época era o de Getúlio Vargas.
Cerca
de 200 mil pessoas (oficialmente, 199.854) viram, em silêncio, o Brasil perder
para o Uruguai por 1x2, gols de Friaça-BRA aos 2´, Schiaffino-URU aos 21´e Ghiggia-URU aos 34´do 2º tempo.
Para
a realização da Copa deste ano, estima-se que o erário público brasileiro foi
sangrado em pelo menos 26 bilhões de reais, o dobro do que custaram as Copas da
Alemanha e África do Sul, juntas.
Na
África, o legado deixado pela Fifa foi uma gigantesca coleção de elefantes
brancos.
Mas
o Brasil é mesmo um país incrível, diferente de todos.
Mês
passado um diretor comercial da rádio Globo me contou que a Rede Globo de
Televisão estava indecisa quanto à questão se entraria de cabeça ou não na
cobertura da Copa, mesmo com vultoso contrato de patrocínio exclusivo já
assinado com o Itaú.
Essa
questão perdurou até duas semanas atrás quando, então, a Globo resolveu entrar
com tudo e o resultado é o que se vê.
Os
fatos de fato mostram que somos um país do improviso, onde tudo se conclui
minutos antes do prazo previsto.
Invadem
o nosso País, nos roubam e ainda rimos.
Os
invasores chegam mandando em tudo e quebrando até as nossas tradições, como as
festas juninas, e deixamos tudo por isso mesmo.
Há
mais ou menos um mês, o secretário da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, me garantiu
que o ciclo junino este ao não seria quebrado.
Pois
é.
Há
20 anos eu, modéstia à parte, realizava uma bela exposição retrospectiva sobre
a Copa do Mundo numa das estações do Metrô paulistano http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/18/cotidiano/24.html
e lançava, gratuitamente, um livrinho mostrando ligação intrínseca do futebol
com a nossa música. Três edições depois A Presença do Futebol na Música Popular
Brasileira está esgotado (reprodução da capa aí ao lado).
Houve
um tempo que o Metrô de São Paulo dava mais importância à questão cultural.