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quarta-feira, 11 de junho de 2014

METRÔ, FIFA E TRADIÇÔES

Amanhã, Dia dos Namorados e véspera da abertura do ciclo junino, o Itaquerão será palco da inauguração da Copa 2014 gerenciada pela Federação Internacional de Futebol.
O evento começa às 15h15 e o primeiro jogo (Brasil x Croácia), às 17 horas.  
Essa é a segunda vez que o Brasil sedia os jogos da Copa; a primeira foi em 1950, entre os dias 24 de junho – Dia de São João - e 16 de julho, com partidas disputadas em seis estádios – ou arenas, como se diz hoje - que já estavam prontos em seis unidades federativas diferentes do País, a custos não exorbitantes ou superfaturados como indicam as denúncias.
O governo da época era o de Getúlio Vargas.
Cerca de 200 mil pessoas (oficialmente, 199.854) viram, em silêncio, o Brasil perder para o Uruguai por 1x2, gols de Friaça-BRA aos 2´, Schiaffino-URU aos 21´e Ghiggia-URU aos 34´do 2º tempo.
Para a realização da Copa deste ano, estima-se que o erário público brasileiro foi sangrado em pelo menos 26 bilhões de reais, o dobro do que custaram as Copas da Alemanha e África do Sul, juntas.
Na África, o legado deixado pela Fifa foi uma gigantesca coleção de elefantes brancos.
Mas o Brasil é mesmo um país incrível, diferente de todos.
Mês passado um diretor comercial da rádio Globo me contou que a Rede Globo de Televisão estava indecisa quanto à questão se entraria de cabeça ou não na cobertura da Copa, mesmo com vultoso contrato de patrocínio exclusivo já assinado com o Itaú.
Essa questão perdurou até duas semanas atrás quando, então, a Globo resolveu entrar com tudo e o resultado é o que se vê.
Os fatos de fato mostram que somos um país do improviso, onde tudo se conclui minutos antes do prazo previsto.
Invadem o nosso País, nos roubam e ainda rimos.
Os invasores chegam mandando em tudo e quebrando até as nossas tradições, como as festas juninas, e deixamos tudo por isso mesmo.
Há mais ou menos um mês, o secretário da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, me garantiu que o ciclo junino este ao não seria quebrado.
Pois é.
Há 20 anos eu, modéstia à parte, realizava uma bela exposição retrospectiva sobre a Copa do Mundo numa das estações do Metrô paulistano http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/18/cotidiano/24.html e lançava, gratuitamente, um livrinho mostrando ligação intrínseca do futebol com a nossa música. Três edições depois A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira está esgotado (reprodução da capa aí ao lado).
Houve um tempo que o Metrô de São Paulo dava mais importância à questão cultural.


O O BRASIL PERDEU HOJE a graça do genial Max Nunes. Ele morreu na cidade onde nasceu, Rio de Janeiro, aos 92 anos de idade, ele era humorista, redator e roteirista de programas de rádio e televisão, sucesso desde fins dos anos de 1940l num dos programas que criou para o rádio, Balança mas não cai, revelou os atores Paulo Gracindo e Brandão Filho, que por muito tempo encarnaram os personagens Primo Rico e Primo Pobre na Rádio Nacional. Como compositor popular, Max Nunes é um dos autores de Bandeira Branca. Eu o conheci há uns 20 anos, quando Jô Soares me convidou para participar do seu programa no SBT (registro abaixo). Ele era uma figura incrível, marcante pela inteligência, sensibilidade e humildade. O seu nome completo era Max Newton Figueiredo Pereira Nunes.