A
teimosia infinita, a sisudez despropositada, o jeito bronco de Felipão me faz
lembrar Zangado, um dos sete anões do conto infantil Branca de Neve.
Esse
paralelo entre o ser real e o fantasioso ficou mais evidente no embate que
tirou a seleção brasileira da final do mundial de futebol na última terça, no
Mineirão.
Foi
um vexame e tanto, histórico, mas jogo é jogo mesmo perdendo feio como perdeu para
os alemães a seleção verde-amarela que deixou roxos de raiva os seus torcedores.
Talvez
para mostrar que é mesmo da raça dos machos que apagam lâmpadas espremendo-as
nas mãos e não, simplesmente, apertando levemente o interruptor, Felipão é grosso
dentro e fora de campo.
Os
jornalistas são suas presas mais fáceis, e a quem jamais pede desculpas.
Seu
comportamento leva a crer que ele não teve uma infância saudável, de
brincadeiras e risadas.
A
propósito recomendo que ele assista o bonito documentário Tarja Branca, a
Revolução que Faltava. O filme, dirigido por Cacau Rhoden, trata de uma das
mais antigas e lúdicas atividades do ser humano, que é brincar e rir.
Mas
a essa altura do campeonato é quase certo que Felipão e Zangado não têm salvação, mas
a Seleção Canarinho, que sábado disputa o terceiro lugar na Copa 14 e o prêmio
de 43 milhões de reais, tem.