Foto
pendurada na parede da sede provisória do Instituto Memoria Brasil mostrando o
momento de descontração entre mim e o jogador Sócrates me leva a velha Grécia e
à lembrança dos grandes oradores.
Sócrates
foi um dos fundadores e líderes do movimento reivindicatório Democracia Corinthiana,
aqui em São Paulo.Esse Sócrates era um bom falador. (Ao lado)
Na Grécia de um punhado de séculos antes do nascimento, andanças e morte do cristo, os púlpitos se multiplicavam pelas praças públicas. Neles, Aristóteles e seus pares os ocupavam para ouvir e dirimir dúvidas da população.
Grandes pensadores, grandes oradores. Era um tempo em que o cego Diógenes andava na luz do meio dia, no sol apino, com uma lanterna acessa procurando o homem honesto.
O nosso Sócrates, de certo modo, fez isso também.
De grandes oradores no Brasil, se tem pouca notícia. O primeiro deles, e talvez o maior de todos, foi, como se sabe – ou se deveria saber - o baiano Rui Barbosa, que chegou ao Senado, mas não à Presidência.
Enquanto rolava a Democracia Corinthiana, praticamente ao mesmo tempo, rolavam as manifestações de liberdade em nosso País.
Lembro de Tancredo Neves o presidente que foi sem ser; Ulisses Guimarães, Mario Covas...
Lembro também de grandes juristas como Afonso Arinos e filósofos como Miguel Reale, com quem tive o prazer de aprender no correr de algumas entrevistas que me concedeu no tempo em que eu chefiava a Editoria de Politíca do jornal O Estado de S.Paulo.
Grandes homens, grandes vozes, grandes oradores! E onde estão os grandes oradores hoje?
Eu sou novo, mas de um tempo em que se ia às praças para assistir – e participar – dos comícios cujos grandes personagens eram os políticos, os próprios candidatos.
E aqui, lembro também, de Leonel Brizola orando num palanque do meu tempo de menino, em Alagoinha, PB.