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sábado, 2 de maio de 2015

ADEUS, JORGE PAULO

“O Jorge morreu”, disse-me na manhã de hoje, pelo telefone, a querida Nodeci Nogueira, agora viúva do meu compadre Jorge Paulo, o Chapéu de Couro.
A tragédia da perda desse grande amigo ocorreu no último dia 30. Ele foi tragado por um câncer assassino.
Jorge Paulo Nogueira foi um dos maiores cultores e incentivadores da música do Nordeste em São Paulo e no País todo, através dos programas que produziu e comandou nas televisões Globo, Bandeirantes, Cultura e Gazeta e emissoras de rádio.
A sua trajetória profissional nos meios de comunicação foi intensa.
Além de apresentador de rádio e TV, Jorge arriscou-se a navegar na praia dos compositores.
O sucesso que ele fez foi dos maiores, e sem apelação.
Todos os principais artistas do Nordeste passaram pelo palco em que ele foi estrela; mas uma estrela simples, natural, compreensiva. No seu palco coube a presença de artistas iniciantes, como Anastácia, e talentos da grandeza de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Ary Lobo, Gordurinha, Dominguinhos.
Assis, Anastácia e Jorge Paulo

Fora a sua atuação nos diversos meios de comunicação, Jorge Paulo também foi ator de cinema e da cena política nacional, como, primeiramente, vereador em São Paulo e depois Deputado Federal.
Suas campanhas políticas foram embaladas por trilhas sonoras criadas pelo Rei do Baião. Aliás, o Rei do Baião teve sua última participação no cinema no filme Chapéu de Couro, de 1978. Nesse filme, Jorge tem grande atuação.
O corpo de Jorge Paulo Nogueira foi sepultado hoje à tarde no Morumbi.
Viva Jorge Paulo!