O
sucessor de Obama, na Casa Branca, Donald Trump, pautou os jornais do mundo
todo com a frase, ontem: “Fidel Castro morreu!”. Hummm...
A
frase é claríssima, mas também emblemática.
A cultura popular explica Trump. Quer ver? "Cala a Boca já morreu".
Enfim, todo mundo diz o que quer e o tempo confirma o certo e o errado.
Horas
depois do anúncio da morte de Fidel Castro, feita por seu irmão Raul, o ex-presidente
Lula divulgou na imprensa a sua impressão sobre o falecimento do líder da
guerrilha que libertou Cuba das mãos de Fulgêncio Batista, em 1959. Disse ele: “perdi
um irmão mais velho”. Hummm... Enquanto Lula dizia isso, Temer também expunha a
sua impressão: “ele foi um líder de convicções”.
Líderes
políticos e governos do mundo inteiro não deixaram de dar suas opiniões a
respeito do companheiro de Fidel.
Em
outubro de 1962, El Comandante por pouco não provocou a terceira Guerra Mundial.
Isso só não ocorreu pela negociação positiva entre Khrushchov e John Kennedy.
Refiro-me à crise dos mísseis. Hoje, o mundo poderia ser outro...
Certamente
Fidel foi muito importante para o seu povo, mas deixou a desejar como exemplo
para o mundo. À época, a União Soviética, a China e a Coreia do Sul eram as
grandes nações comunistas. A Revolução promovida por Fidel e mais 80
companheiros, incluindo Guevara e Cienfuegos, levou Cuba aos braços da URRS, e
dela ficou dependente.
Em
1989, a URRS caiu e, com ela, Cuba. Persistente, Fidel, que não era comunista
de primeira hora, continuou seu jogo em defesa do seu país. É quando chega, de
repente, o Chaves...
E
no mais a história é conhecida: Fidel derrubou Batista, e como Batista virou
ditador. Batista de direita, Fidel de esquerda.
E
o mundo segue girando, girando, girando...
Mais
uma coisinha: pessoalmente, duvido que se voltassem à Terra José, Maria e JC, a
imprensa mundial cobrisse de forma tão completa como tão completa está cobrindo
o falecimento de Fidel, que leva para onde for a conta de 10 a 17 mil cubanos
que matou na cadeia ou en el paredón.
Viva
a liberdade!
RODA
VIVA
O
programa Roda Viva, da Fundação Padre Anchieta, levado ao ar toda segunda feira,
às 22h, pela TV Cultura, é o programa de entrevistas mais importante da TV brasileira.
Surgiu em 1986. Contem nos dedos: um, dois, três... trinta! Participei dele
diversas vezes, umas 10 ou 12. O Roda começou com trilha sonora do Chico Buarque,
é claro. Aliás, o programa foi inspirado na música Roda Viva. Lindíssima,
lançada em disco, em 1967. Para minha surpresa, o programa irá ao ar amanhã,
28, sem essa trilha. Poxa vida... Eu adoro esse cara, e o PT também. Tomamos
uns uísques muito bons num tempo lá de trás. Viva Chico!