O amigo José Cortez leu o texto, achou bom e ficou com a pulga na orelha. A dúvida que a pulga lhe pôs tinha relação com o nome do personagem criado por Josué. Vamos lá: o João Cândido de "Os tambores silenciosos" não é o mesmo João Cândido que liderou a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, em 1910.
O João de Josué nasceu em 1979 e o João da Revolta, que entrou para a história como o Almirante Negro, nasceu em 1893.
O valente João Cândido é um personagem histórico da vida brasileira, especialmente da nossa briosa Marinha. Ele comandou seus companheiros na Revolta que tinha por objetivo dar fim aos maus tratos sofridos pelos marinheiros do seu tempo. O pau cantou, teve mortes, etc.
O marinheiro João, e não o ditador João, participou de outros momentos importantes do nosso país. Ele esteve também na revolta de outros marinheiros em 1964. Essa revolta foi um dos estopins que os militares precisavam para atirar o Brasil na escuridão, certo?
Sei não, mas acho que o marinheiro João inspirou-se na revolta dos marinheiros russos ocorrida em junho de 1905. Lá na terra do ditador Putin, o sangue deu no meio da canela. Foi terrível! Há, o Cortez conheceu de perto o nosso Almirante Negro. Isso, em 1964, claro, claro, José Corte foi marinheiro.
Vocês viram o filme "O Encouraçado Potemkin"! Vale a pena vê-lo:
1968
Hoje, dia 3 de abril, faz oito anos que Marcio Moreira Alves morreu. No dia 2 de setembro de 1968 ele era deputado e proferiu um dos discursos mais simples que alguém pode proferir. Estávamos na Semana da Pátria. E ele sugeriu que namoradas e esposas de soldados não comparecessem aos desfiles. Pronto, isso foi o estopim para os militares deitarem e rolar sobre a vida nacional. E foi a partir daí que os brasileiros foram "presenteados" com o Ato Institucional nº5, o famigerado AI-5. Fica a lembrança. Marcio Moreira Alves, o Marcito, nasceu no dia 14 de julho de 1936. A Revolução Francesa tem como marco o 14 de julho.