Sempre é tempo de falar de quem contribuiu ou contribui com a nossa cultura, enriquecendo-a. Sejam vivos, sejam mortos. Caso de Sivuca.
Severino Dias de Oliveira, Sivuca, foi um dos maiores e mais sensíveis sanfoneiros
que o Brasil já deu. Ele nasceu em Itabaiana, na Paraíba, e ganhou o mundo já no começo dos anos de 1950. Esteve ausente do Brasil por cerca de 13 anos. Morou nos Estados Unidos, Portugal e no Japão, onde foi professor de violão. Gravou muitos discos e participou de centenas de espetáculos e de discos de artistas como Paul Simon e Garfunkel. Em 1951 Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira compuseram Sivuca no Baião, em sua homenagem, que tem apenas uma gravação até hoje: do próprio Sivuca. Esse disco se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, que presido. Num sebo da França eu achei um LP de 10 polegadas ( acima) de Sivuca, por ele lá gravado. Eu conheci Sivuca no final de 1970. Numa das edições do suplemento Folhetim, encarte já extinto da Folha de S.Paulo, publiquei uma belíssima entrevista com ele.Sivuca morreu no dia 14 de dezembro de 2006.
DOM PAULO
Hoje faz 11 anos que Sivuca nos deixou e 1 ano que Dom Paulo também nos deixou.
Eu conheci Dom Paulo e o entrevistei algumas vezes. Desnecessário, totalmente desnecessário, dizer que ele era um ser do bem.Viva Dom Paulo, que está prestes a ganhar nome de praça no centro da cidade de São Paulo: a praça da Sé trocará de nome já já. No dia 17 de dezembro de 2016, para ele escrevi esses versos:
O bom D. Paulo partiu
Rumo à Eternidade
Depois de cumprir a missão
De lutar com humildade
A favor dos pés descalços
E contra os dragões da maldade
Foi um guerreiro da Paz
Um professor de Verdade
Que ensinou Cidadania
Em tempo de tempestade
Enfrentou a ditadura
Em nome da Liberdade
O bom D. Paulo partiu
Deixando muita saudade
Um belo exemplo de vida
De amor e Fraternidade
Viva d. Paulo Evaristo!
Viva a Dignidade!