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sábado, 31 de março de 2018

VIVA A DEMOCRACIA! (2)

Os livros escolares diziam que no Brasil houve uma revolução em 1964. Diziam  que a revolução foi deflagrada pelos militares. O motivo dessa revolução teria sido provocado pelos comunistas. Diziam também que comunistas comiam criancinhas. Avé! Por aquele tempo comunistas e maconheiros eram uma raça que provocava temor nos "cidadãos de bem". Um pai que se prezasse poderia querer tudo que não presta na vida, menos um comunista ou um maconheiro como genro. 
Os livros de História de um certo tempo no Brasil pareciam livros de ficção. A mistura da realidade com o irreal gerava mera ficção, história prá boi dormir. História prá boi dormir é uma história do mundo fantástico. Folclore, cultura popular.
O dia 1º de abril de 1964 chegou com tanques e baionetas assustando a madrugada e a gente simples do Brasil. Foi um pandemônio. Muita gente foi presa, muita gente foi assassinada, muitos sonhos interrompidos, cortados, castrados.
Aquele tempo ainda dói na memória.
Jango foi deposto e os militares, com a ajuda e apoio dos civis graduados, graúdos, de muita grana no bolso, mergulharam o Brasil na escuridão por longos 21 anos.
Muita água passou por debaixo da ponte até chegarmos aonde chegamos: num tempo livre, democrático, em que todos podem dizer tudo, se expressando de todas as maneiras. É um tempo bonito, não fosse a fome dos corruptos.
A corrupção se acha em todo canto, nas ruas etc.
Um outro tipo de revolução parece estar ganhando forma no País. São passos curtos, ainda vagarosos, mas que indicam uma luz alumiando o túnel. 
A sociedade civil está atenta.
As instituições estão funcionando, mas é lamentável e até inconcebível o país conviver em paz num mar de lama. E é triste tomarmos conhecimento de denúncias gravíssimas contra os três últimos presidentes da república. O paulista de Tietê Michel Temer deverá responder nos tribunais pelas ações que andou fazendo às caladas da noite, no submundo onde tudo de ruim acontece.
A lei é para todos.
"Temos de ficar atentos ao ministro Gilmar Mendes", ouvi de um amigo. A esse pensamento acrescento: fiquemos atentos a tudo o que fazem.

VIVA A VIDA!

O carioca Euclides da Cunha dizia que o sertanejo é antes de tudo um forte. Essa belíssima frase, fortíssima, se acha no livro Os Sertões. Um obra prima, que todos deveriam ler. Os nordestinos comem o pão que o diabo amassa todos os dias. Essa gana, essa força, parece não ter fim. Os nordestinos parecem rir da própria desgraça, das intempéries. O nordeste é marcado por grandes revoluções, como a de 1817, em Pernambuco. Os nordestinos construíram o Rio de Janeiro e São Paulo. E estamos aí, não é mesmo? Em 1910 houve a Revolta da Chibata, que teve como seu líder o alagoano João Cândido. Em 1964 houve o levante dos marinheiros, no Rio de Janeiro. Desse levante participaram muitos nordestinos, entre os quais o potiguar José Xavier Cortez. Cortez foo "dispensado" pela marinha, mas mesmo assim deu a volta por cima e tornou-se um dos mais sensíveis e completos cidadãos deste país. Cortez é um incansável incentivador da leitura. É dele a editora que leva o seu nome e por onde publiquei os livros A Menina Inezita Barroso (2011) e Lua, Estrela, Baião, a História de um Rei (2013), dirigidos ao público infanto juvenil.




sexta-feira, 30 de março de 2018

NOTÍCIAS DO BALACOBACO

Desde que perdi a luz dos meus olhos que passei a ouvir mais, cada vez mais o noticiário de rádio. Agora mesmo, por exemplo, ouvi na CBN, repetida na Pan e Band, a notícia que dá conta do aumento de pessoas desempregadas no Brasil, atualmente. O número já chega de novo à casa dos 13 milhões. Deus do céu! Isso sim é que é inferno.
Como viver sem comer?
O desemprego é algo catastrófico. Enquanto isso, os larápios de colarinho branco, continuam fazendo o que melhor sabem fazer: tirar dos pobres para eles mesmos. A propósito, ouçam a Dança do Desempregado, de Gabriel Pensador:




TIROS NA DEMOCRACIA

O noticiário da imprensa foi muito agitado no correr desta semana. Muita coisa deu o que falar: alta de desemprego, previsão de queda no PIB, Temer candidato, Maluf liberado prá viver em casa, prisão dos amigos de Temer, o exército sendo desmoralizado no Rio pela bandidagem de grosso calibre, o assassinato da vereadora ainda completamente impune, a pressão popular dos funcionários da prefeitura paulistana que resultou na suspensão do projeto oficial da Previdência, a caravana de Lula por terras sulistas.. Aliás, os tiros que atingiram a lataria do ônibus da caravana Lulista podem sair pela culatra. Deus do Céu!  A jovem Democracia Brasileira continua sendo ferida de todas as formas, não é mesmo? Não sou muito chegado ao lixo musical que aparece por aí sob o título de funk, por exemplo. Mas tem uma coisinha aí que dá prá rir e cabe aqui, ouçam, um horror:






O PAPA, ANJOS E DIABOS: NÃO HÁ INFERNO

Ontem, 29, foi o fim da Quaresma. Hoje, sexta, inicia-se a Páscoa.
A Páscoa é um período de grande reflexão para todos nós.
Há dois mil e dezoito anos, segundo a Bíblia, um homem de supostos 33 anos de idade foi abandonado pela Justiça e condenado pelo povo judeu. É isso, não é?
Diz-se que Jesus começou a cair em desgraça no momento em que pôs prá correr negociantes de todo tipo e coisas de Jerusalém. Membros da elite judaica determinaram a sua prisão e o mandaram para os poderosos romanos decidirem a sua sina. Resultado: Jesus caiu nas mãos de Pilatos, literalmente. Pilatos lavou as mãos e Jesus acabou, como todos sabem, pregado numa cruz ao lado de dois ladrões. 
Jesus conheceu o inferno antes mesmo de ser crucificado. Essa é a história.
E por falar em inferno, ouvi notícia dando conta de que o Papa Francisco teria dito a um famoso jornalista do diário italiano La Republica que, de fato, "o inferno não existe".
Eu, pessoalmente, sempre achei que o inferno não existe. Aliás, sempre achei que o inferno é aqui. Eu e milhões e milhões e milhões de pessoas também acham. O tema já rendeu belos livros de autores clássicos como Dante. Também já rendeu folhetos de Cordel, músicas etc. Ouça:



Na música brasileira houve e há bons conjuntos musicais que trouxeram ou trazem no título o inferno, diabo etc

Você já ouviu falar na Orquestra Diabos do céu, que tinha Pixinguinha como seu grande arranjador? Surgiu em 1934, no Rio.
Você já ouviu falar no grupo musical Anjos do Inferno? Surgiu até pela metade dos anos de 1930 e alcançou grande sucesso na metade dos anos de 1940, também no Rio.
Você aí, meu amigo, minha amiga, já ouviu falar no Demônios da Garoa, certo ? É de São Paulo e alcançou grande sucesso com músicas do paulista Adoniran Barbosa (1910-1982). 
O que é que deverão estar pensando da fala do Papa os políticos que meteram a mão no dinheiro do povo, hein?



terça-feira, 27 de março de 2018

TÉO AZEVEDO É DESCOBERTO NA ALEMANHA



O mineiro de Alto Belo, Téo Azevedo, é um dos mais importantes artistas da música popular brasileira. Nasceu no dia 02/07/1943. Comeu o pão que o diabo amassou. Por não ter nascido em berço de ouro, passou fome, passou frio. Mas fez o que o diabo não fez: música e folhetos de cordel da melhor qualidade.
Téo Azevedo tem mais de cinquenta anos de carreira artística e centenas e centenas e centenas de músicas por ele mesmo e parceiros compostas e gravadas ; em diversas línguas, inclusive.
Até o Norte-Americano Charlie Musselwhite, com sua gaitinha de boca mágica.

Téo é tão grande quanto um raio riscando o céu.
Téo ja teve muitas e muitas de suas composições gravadas por alguns dos mais importantes representantes do canto brasileiro como Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Zé Coco do Riachão
(que ele descobriu), Zé Ramalho, Zeca Pagodinho e Sérgio Reis; sem falar em duplas musicais como Pena branca e Xavantinho, Milionário e José Rico e Cascatinha e Inhana.
Téo Azevedo é também um dos mais férteis produtores musicais do Brasil, com um número absurdo de obras musicais. hum mil? dois mil? três mil? sei lá, nem ele sabe.
A compositora e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga (1847-1935), autora da primeira marchinha carnavalesca (Ó, Abre Alas;1899), deixou mais de hum milhar de obras de sua autoria gravadas antes e depois de morrer.
Pois bem, Téo Azevedo ainda não morreu. E quando isso acontecer certamente transformar-se-á num imortal da nossa música popular.
Em julho de 1974, esse mineiro Téo lançou um LP a que intitulou Grito Selvagem. Uma produção independente. Era um disco muito louco, de letras muito loucas, de sons incomuns nos discos lançados à época. Houve três tiragens, cada uma de hum mil exemplares. Resumo da Ópera: Grito Selvagem acaba de sair na Alemanha e em outros países europeus. eu já tenho um exemplar dessa tiragem europeia nas minhas mãos. Foto acima de mais uma de suas criações, a menina Ana Claudia.
Você meu amigo, minha amiga, quer saber como adquirir um exemplar de Grito Selvagem com o carimbo Alemão? comece por aqui: ALTERCAT RECORDS, Sergi Roig, Lenbachstr.8 , 10245 Berlin-Germany  http://alter.cat
Quer saber mais sobre Téo Azevedo e o LP Grito Selvagem?


MESSIAS HOLANDA


O Cearense Messias Holanda morreu ontem 26, de manhã e a tarde o seu corpo foi enterrado no cemitério São João Batista de Fortaleza, CE. Messias foi-se embora com 76 anos de idade, e deixou uma obra musical pequena, mas importante. Ele foi descoberto por Luiz Gonzaga, o rei do baião. O paraibano biógrafo de Rosil Cavalcante, Rômulo Nóbrega o entrevistou algumas vezes para o livro:
Fiz entrevistas com Messias em 2007 e a última em Novembro de 2015.

MILLÔR

Hoje 27 de março completam-se seis anos do encantamento do filósofo multitudo Millôr Fernandes. Um gênio da raça, sem ele estamos mais pobres.

segunda-feira, 26 de março de 2018

MARÇO, VANDRÉ E ELIFAS ANDREATO

Sábado, 24, estive trocando papo com o apresentador do programa Paiaia, Carlos Silvio. É programa que está completando 5 anos, e que recomento, na rádio Conectados, que fica ali no Ipiranga onde D. Pedro deu seu grito de gerra pedindo paz: "independência ou morte" em 1822. Mas como todos sabemos ainda não somos um povo livre, independente, que cresce cada vez mais e mais com o vírus da alienação contaminando a quem está mais aberto à contaminação. Confiram clicando ai...

https://www.facebook.com/carlossilvio107/videos/1631828463598981/


O mês de março é um dos meses mais lembrados pela violência como foi encerrado em 1964. Em-ble-má-ti-co. Esse mês trouxe, a época, uma movimentação enorme no Brasil, a partir do Rio. Só para lembrar, o dia 25 desse mês antecedeu em uma semana a deflagração do golpe civil-militar que levou o Brasil à escuridão por seguidos 21 anos. Uma triste maior idade.
Os militares já estavam por aqui com João Goulart, o Jango. Para piorar a situação havia no entremeio a Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil não reconhecida oficialmente. Foi quando surgiu a figura de José Anselmo, que entraria para a história pela porta dos fundos, como delator e pessoa intima da repressão que levou muita gente à prisão e à morte. Ontem no Hotel Tambaú, João Pessoa PB, remanescentes dessa associação se reuniram, como fazem todos os anos, para lembrar a data. Na reunião se achava o agitador cultural, e ex-marinheiro, José Xavier Cortez. Quanta história pra conta!


O paraibano Geraldo Vandré, de batismo Geraldo Pedrosa de Araujo Dias, depois de muitos e muitos anos voltou a cantar num palco de teatro da capital paraibana. Dessa vez acompanhado pela Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Geraldo deixou a cidade onde nasceu, João Pessoa, quando tinha 17 anos de idade. Ele é de 1935. Foi na sua cidade que ele deu os primeiros passos rumo ao estrelato como cantor, compositor e violonista. Muita gente foi aplaudi-lo e muita gente ficou sem aplaudi-lo, ao vivo, por que não houve espaço suficiente no Espaço Cultural José Lins do Rego, onde tudo aconteceu com a Orquestra etc. Nota adicionante: um pequeno grupo de pessoas tentou embolar o espetáculo exibindo uma faixa em protesto pela morte da vereadora Marielle Franco, mas não conseguiu. O próprio Vandré se incumbiu de tirar os manifestante do local, irritado. Aliás, o ambiente não era próprio para esse tipo de manifestação. Tampouco para um "fora Temer". Temer é passageiro, dos piores passageiros que o trem Brasil já carregou.  
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Viva o brasileiro Gerando Vandré! Ah! Vandré emocionou e emocionou-se. Na ocasião todos cantaram com ele sua música mais conhecida: Pra não Dizer que não Falei de Flores (Caminhando). Vejam:






Termina no próximo dia 29 na Estação Cultura (Rua Mauá, 51, Luz) uma exposição que trata do negro no Brasil e pode ser vista entre 10h e 17h. A iniciativa é com artista plastico Elifas Andreato, vale a pena conferir. Recomendadíssima!

sábado, 24 de março de 2018

E LULA, HEIM?

No começo deste mês de março o STJ, Superior Tribunal de Justiça, negou por unanimidade (5X0) o Habeas Corpus impetrado a favor do ex-presidente Lula.Passo seguinte a osso, os advogados de Lula repetiram o encaminhamento do Habeas Corpus ao Tribunal Superior Eleitoral, que adiou o julgamento para o próximo dia 4 de abril. Antes disso, porém, o Tribunal de Porto Alegre julgará os últimos recursos pendentes no processo que levou Lula à segunda instância. Mas ele não poderá ser preso, mesmo se o juiz Moro assim  determinar. Motivo: os juízes do STF garantiram um conduto ao Lula.
Bom, os juízes do STF ficaram a tarde toda de anteontem 22 decidindo se julgariam ou não julgariam o habeas corpus preventivo a favor de ula que lhes caiu a mão. Depois de muito lalala a decisão ficou para ser tomada no próximo 4 de abril. Os juízes falaram e falaram sobre a importância de um Habeas Corpus.
Habeas Corpus, expressão do latim significa algo como  apresente o corpo,  é uma instituição jurídica instituída  por volta do seculo 19. Mas data do século 17, na  Inglaterra iniciativas que visavam garantir o ir e vir do cidadão, ficar ou não, permanecer onde está ou ir onde quiser. Isso foi no começo, coisa de poderosos barões, de gente rica,  insatisfeita com  atitudes de João sem Terra, que reinou na Inglaterra entre 1199 e 1216, quando morreu de desinteria. Ninguém gostava dele, por cobrar altíssimos impostos.
Sem dúvida alguma é importantíssima a instituição do Habeas Corpus, mas há quem abuse demais dessa instituição. É isso não é?

sexta-feira, 23 de março de 2018

VANDRÉ PRA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO BRASIL!

Conheço poucos brasileiros,  pouquíssimos, que defendam tanto e tão bem o Brasil quanto Geraldo Vandré, nome artístico do  paraibano de João Pessoa, Geraldo Pedrosa de Araújo Dias.
Além de grande brasileiro,  cidadão exemplar, Geraldo Vandré é um dos nomes mais completos e criativos de nossa música popular.Sua obra conhecida, gravada  originalmente em discos de vinil, beira a casa dos cem. Algumas de suas composições mais famosas, clássicas, são Disparada (1966) e Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores ou Caminhando (1968).
A propósito, Caminhando está completando meio século  da sua primeira gravação.
Tomo conhecimento, através das mídias,  que Vandré emocionou-se e emocionou uma platéia constituída de 500 pessoas ontem 22,  no Teatro Maestro José Siqueira, do Espaço Cultural José Lins do Rego. Zé Lins era paraibano como Siqueira e autor do livro  Fogo Morto.
Como o seu alter ego Vandré, Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, advogado de formação, é um cidadão plenamente consciente de sua presença no País, na vida brasileira, espécie de bicho político. Porisso e tudo mais eu votaria nele para presidente da República do Brasil. Pois então: Vandré para Presidente!
Duvido que o Brasil não retomasse os eixos perdidos há já tanto tempo.



quarta-feira, 21 de março de 2018

BRASIL DE BELEZAS E TRAGÉDIAS

O primeiro dia deste Outono chegou ontem, no começo da tarde, trazendo um mar de chuva, lama e tragédias. Uma criança e dois adultos morreram na Capital paulista. 
Quem arcará com os prejuízos provocados pela chuva? O prefeito? a prefeitura?
E ontem comemorou-se o Dia Internacional da Felicidade, meu Deus!
Os países nórdicos como Noruega, Finlândia, Dinamarca e outros encabeçam a lista que relaciona mais de 150 países. O Brasil ocupa a posição número 28, à frente da Argentina, no ranking dos países mais felizes do mundo.



Os servidores públicos do município de São Paulo estão por aqui com o prefeito Dória, que domingo assumiu ser candidato ao governo do Estado.
Dória é um mentiroso. Elegeu-se dizendo que cumpriria o mandato por completo, ou seja, por 4 anos, que iria "prefeitar" etc. A mosca azul o picou.
As tragédias continuam a acontecer em todos os recantos do País.
No Brasil, segundo o IBGE, há um milhão e tanto de pessoas que não enxergam pelos olhos absolutamente nada. Segundo a ONU, a cada 5 segundos uma pessoa fica cega no mundo, é tragédia ou não é? O assunto é sério, mas são sérios também os problemas que o poder público não resolve.
E o arranca rabo ocorrido hoje a tarde no STF, hein? Como sempre o Gilmar partiu prá cima do seu colega Barroso. Um horror! A presidente Carmem Lúcia viu-se obrigada a cancelar rapidamente a sessão que julgaria o habeas corpus a favor do ex presidente Lula. Ficou para amanhã. Dependendo do julgamento, Lula poderá ter a prisão decretada na tarde de segunda feira. Lula tem ótimos advogados, ao contrário da imensa maioria dos brasileiros. O mais novo advogado contratado para defender Lula é o ex presidente do Supremo, Sepúlveda Pertence. 
Ah! Ia me esquecendo: hoje faz uma semana que a vereadora Marielle foi covardemente assassinado, no Rio. Cá prá nós: eu não acredito na prisão dos assassinos de Marielle e se isso acontecer ainda vai demorar. O exército no Rio pode sair dessa história desmoralizado. Ai de nós!

LUTA DOS SERVIDORES

Anotem aí: amanhã todas as bibliotecas do Centro Cultural São Paulo estarão fechadas, incluindo a dedicada aos cegos. Os servidores sairão novamente às ruas, iniciando a caminhada na frente da prefeitura e buscando depois a "Casa do Povo". Eles seguem na luta justa para não perder dinheiro e nem pagar a conta da roubalheira que sempre aconteceu no IPREM, Instituto de Previdência do Município. A proposta indecorosa quer oferecer a contribuição líquida e certa de cerca de 135.000 servidores ativos e aposentados à iniciativa privada e, meu amigo, minha amiga, você deve se lembrar o histórico do que aconteceu com várias previdências privadas, a última o Postalis, dos carteiros, que hoje pagam 25% dos seu salários para arcar com perdas de dinheiro no fundo. E deve lembrar também da tragédia que estão sofrendo os pensionistas da Petrobrás que pagam quase 40% do que recebem como aposentados. O prefeito paulistano quer aumentar os descontos no salário dos servidores de 11 para até 19 %, ora, somando-se isso com o desconto do IR tem-se quase metade do salário confiscado pelo governo. São trabalhadores que sustentam as políticas públicas na cidade, Educação, Saúde, Cultura e não merecem esse rebaixamento salarial travestido de reforma da previdência. Tão justa essa luta que tem recebido apoio popular e nem a mídia tem coragem de escamotear ou não noticiar, são mais de 100.000 servidores no movimento, e amanhã será maior, quer apostar? As balas de borracha e bombas do dia 14 funcionaram como fermento.

segunda-feira, 19 de março de 2018

FAZER GINÁSTICA É COISA BOA


Dados fornecidos pela Global Report 2015 indicam que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países que investem em academia de ginastica. No Brasil, há cerca de 8 milhões de pessoas fazendo ginástica regularmente. O faturamento desse movimento gira em torno de 2,5 bilhões de dólares. Nada mal, não é?
Fazer ginastica é uma coisa muito boa. É bom pro corpo e  para o espírito. Corpo são mente sã. Mas eu só fui saber disso agora, depois que a luz fugiu dos meus olhos.
Acho que todo mundo deveria praticar exercícios numa academia. A propósito, há 33.157 academias de ginástica espalhadas Brasil, segundo a Associação Brasileira de Academias.
Se eu fosse você meu amigo, minha amiga, iria imediatamente procurar uma academia para perder excesso de peso e ganhar massa corpórea. Isso é muito bom, tanto para o homem, quanto para a mulher. Viver bem faz bem.
Eu ando suando na CIA LIFE. Fotos a cima, aliás se você for lá e procurar o Beto ou o Anderson é provável um bom desconto se disser que leu esse texto, hahaha.

ENTREVISTA

Sábado que vem, a partir do meio-dia, estarei falando sobre cultura popular no programa do bom baiano Carlos Silvio. 



domingo, 18 de março de 2018

MARIELLE MORRE NO DIA DA MORTE DE ISMAEL

Ismael Silva, cantor, compositor e instrumentista, nasceu em Niterói e morreu aos 72 anos de idade.
Marielle Franco, nasceu no Rio, fez faculdade com mestrado e morreu com 38 anos de idade.
O que há em comum entre Ismael e Marielle?
Ismael era negro, pobre e bissexual. Tinha 31 anos de idade quando gerou uma menina. 
Marielle era negra, pobre, bissexual e aos 18 anos também gerou uma menina.
Ismael sofreu muito com sua condição de vida, como também deve ter sofrido Marielle, só que Marielle berrava, gritava e dizia para o mundo todo a sua condição de mulher de raça, que não desistia diante dos obstáculos.
Covardes detonaram 4 tiros na sua cabeça. Dela sobrou a história.
Ismael, que perdeu o pai quando tinha 3 anos de idade, surpreendendo muita gente, apresentou-se numa escola do bairro em que morava, já no Rio, dizendo que queria estudar, aprender a ler prá virar gente. Não chegou à Universidade, mas virou um dos maiores sambistas do Brasil. Aliás, foi ele e amigos que criaram a primeira escola de samba do País: Deixa Falar, em 1928. No mesmo bairro em que tombou Marielle.
Marielle não compôs samba algum, mas gostava profundamente da negritude. O samba é negro. Ela morreu no dia da morte de Ismael, 14 de março...
Ismael deixou obras primas, como Se Você Jurar, ouça:


ENCONTRO UM

Sexta passada estiveram comigo os amigos Tinhorão, Tiné, Mayrink e Bráu Mendonça Neto, cantor, compositor e exímio violonista. Bráu não trouxe o violão, mas trouxe sua história. Conversamos, conversamos, conversamos. Mayrink, jornalista dos bons, trabalhou com Tinhorão no Jornal do Brasil e na Revista Veja, vejam só! Mayrink é mineiro, Tinhorão é santista, Tiné de Pernambuco e Bráu, paulistano. O Bráu é o tipo do artista que encanta pessoas com facilidade. Tiné, que andou levando porrada da ditadura dos 60, por muitos naos trabalhou para a Editora Abril, de Veja e durante duas décadas foi o assessor de imprensa do complexo Hospital das Clínicas: tudo liga tudo.

Mayrink, Tiné, Assis e Tinhorão, fotografados pelo Bráu



ENCONTRO DOIS

Sábado passado, isto é, ontem, estiveram comigo o compositor cantador mineiro Téo Azevedo e seu parceiro Tone Agreste. Os dois acabam de gravar um cedê mostrando um pouco da história do repentismo no norte de Minas. O disco está saindo da fábrica. Além disso, os consumidores da boa música podem se alegrar com o terceiro dos quatro discos só com composições de Téo. Detalhe: essa nova leva de composições tem a marca do choro. Pois é: Téo compondo chorinho! Voltarei ao assunto.

quarta-feira, 14 de março de 2018

HOJE É DIA DE LUIZ GONZAGA. E VIVA ANTENÓGENES!

O Brasil é um país rico em tudo, e sobre todos os aspectos.
O Brasil é um país cheio de contradições e belezas.
Meu amigo, minha amiga, no último dia do mês de março de 1964, nos pregaram uma peça, gravíssima: o 1º de abril. Com isso o Brasil entrou num processo profundo de escuridão com muita gente morta e de-sa-pa-re-ci-da.
Antes deste ano profano, o Brasil apresentou uma coisa bem bonita: o sanfoneiro Luiz Gonzaga, que viraria Rei do baião, do Forró, do xaxado, do xote e etecetera e tal.
Na tarde do dia 14 de março de 1941 um jovem recém saído do Exército, corneteiro 122, identificado como Luiz Gonzaga do Nascimento, pernambucano de Exu, abria, rasgava a sanfona que carregava no peito e botava prá quebrar...Nesse dia, Luiz Gonzaga discretamente começava a aparecer ao Brasil, e depois ao mundo, como o maior sanfoneiro do País.
Nunca houve no Brasil dois Luiz Gonzaga. E também nunca houve no nosso País dois Antenógenes Silva.
Gonzaga foiu discípulo de Antenógenes Silva. Disse-me Antenógenes chegou a ser afinador de sanfona de Luiz Gonzaga. A propósito tenho uma gravação do Antenógenes dizendo prá mim exatamente isso. E ele dizia com firmeza: Luiz Gonzaga foi melhor do que eu na sanfona. Antenógenes Silva, ídolo de Luiz Gonzaga foi o único artista da América do Sul a acompanhar à sanfona o criador do tango, Carlos Gardel. E isso, desse jeito dito e gravado em fita cassete, que se acha no Instituto Memória Brasil, IMB. Entrevista que fiz com ele, Antenógenes. E essa é a história, e tudo segue.
No dia 14 de março de 1941, Luiz Gonzaga gravou de uma só vez nesse dia 4 músicas, uma delas foi Vira e Mexe, ouçam:




VERGONHA MUNICIPAL

Hoje 14 os brasileiros moradores de São Paulo, Capital, viveram um dia de 64,65,66,67, 68... O povo pedindo ordem e justiça e a polícia, comandada pelo prefeito Dória, à moda do governador Alkmim, seu padrinho,  mandando bala na forma de bomba de gás de pimenta e gás lacrimogênio. Isso tudo à tarde, diante da Câmara Municipal de vereadores, ali junto do viaduto Jacareí. Um horror! Mas é a velha história: o poder lascando o povo. Até quando?? Vamos pensar para escolhermos melhor os nossos governantes, certo?

terça-feira, 13 de março de 2018

CANGAÇO ONTEM E HOJE, 100 ANOS DE VOLTA SECA

Hoje faz exatos cem anos do nascimento do mais novo cangaceiro na história do bando de Lampião. Chamava-se Antonio dos Santos, que entraria para a história com o apelido de Volta Seca. Diz-se que Volta Seca entrou para o bando do Rei do Cangaço depois de matar um homem que teria humilhado o pai, Manoel, e abusado de uma de suas irmãs. Corisco teria sido o responsável pla ida do menino para as fileiras do bando. Isso teria ocorrido em 1928, mesmo ano em que caiu nos braços de Lampião a famosa Maria Bonita, de batismo Maria Gomes, baiana do município de Paulo Afonso. 
A história conta que Volta Seca teria permanecido ao lado de Lampião até o ano de 1932, quando foi preso e humilhado pela polícia. E vejam só: a justiça condenou Volta Seca a 147 anos de prisão. Ele só tinham à época 14, 15 anos de idade. Mas o presidente Getúlio Vargas determinou que ele saísse da prisão depois de cumprir "apenas" 20 anos de cadeia.

Antonio dos Santos, o menino cangaceiro, morreu de morte morrida no dia 2 de fevereiro de 1997. Detaçhe: Volta Seca gravou e lançou um disco muito bonito reunindo canções do cangaço, como Acorda Maria Bonita, que todo mundo conhece.

CHEIRA A CANGAÇO


Há vários tipos de cangaço. Aliás o cangaço de ontem se expressa nos dias de hoje por aí afora. Agora há pouco ouvi notícia dando conta de que o prefeito Dória, como tantos e tantos, mente. Primeiro disse que não era político e, mentindo, enrolou o povo e acabou eleito prefeito da capital mais importante do país. Como Serra, José Serra, disse que se eleito "prefeitava". Vou "prefeitar" etc. Agora já se apresenta como candidato ao governo do Estado de São Paulo em substituição a Alkmim. Tomara que seja bombado.


domingo, 11 de março de 2018

INEZITA BARROSO, SAUDADES...

A cantora paulistana Inezita Barroso nos faz falta. Uma falta imensa. E contando nos dedos, faz 3 anos dessa ausência. Ausência física, pois tudo o mais é só saudade, e muita saudade.
E u conheci Inezita Barroso ali pelos fins dos anos 70.
Eu escrevi muito sobre Inezita. O primeiro livro escrito e publicado a seu respeito leva a minha assinatura, título: A Menina Inezita Barroso (reprodução da capa ao lado). Sobre o livro confiram o que ela falou :



No mesmo ano em que escrevi esse livro eu e o maranhense Papete (1947-2016). Fizemos uma música a que intitulamos A Brasileira Inezita Barroso, ficou bonita.
No próximo mês completam-se 13 anos que publiquei a História resumida dessa excepcional cantora, publicada no jornal carioca A Nova Democracia. Confiram no link abaixo:

http://anovademocracia.com.br/no-24/657-inezita-rainha-da-moda


Pouco antes de sumir a luz dos meus olhos tive a oportunidade de contar a história da cidade paulistana numa "ocupação" do SESC, unidade Santana. Dessa História participou Inezita imortalizada por obras como Ronda, de Paulo Vanzolini (1924-2013). Na ocasião fizemos, juntos, uma apresentação no teatro da referida unidade. Confiram o papo que rolou entre nós:




No dia 09 de março de 2015, eu e o colega Zuza Homem de Melo, participamos de um bate papo sobre a intérprete de Lampião de Gás, de Zica Bérgami (1913-2011). Confiram:




sábado, 10 de março de 2018

SEBASTIÃO MARINHO, 70

Sebastião Marinho e Assis,  no Centro Cultural Santo Amaro
Setenta anos de vida, 50 como repentista da poesia, 40 como morador da cidade paulistana e 30 como
fundador da União dos Cantadores Repentistas e Apologistas do Nordeste- UCRAN, estou falando do paraibano, meu amigo, de Solânea, Sebastião Marinho.
Sebastião é um dos maiores profissionais da viola repentista. Meio urutu, meio  urutal, meio brucutu, tipo machão demais, tipo nordestino da Idade Média, num sabe?
Pois bem, Sebastião hoje é setentão. Ele aniversaria e nós ganhamos o presente: sua voz e viola repentintas.
Sebastião Marinho começou a cantar e a improvisar ao som de viola em 1968. Foi amigo, e continua amigo de Ivanildo Vila Nova, Oliveira de Panelas, Valdir Teles, Andorinha, seu mais frequente parceiro, Dedé Laurentino, Mocinha de Passira e tantos e tantas. E dentre as cantadoras, ele fisgou a inspiradíssima conterrânea  Lusivan Matias, mãe da linda Carolina(ao lado, mulher e filha).

Sebastião Marinho e sua mulher, a repentista Lusivan; e a pequena Carolina, filha de ambos.

Adorei estar com Carolina e sua mãe Lusivan batendo palmas para esse que é um dos maiores repentista do País (acima). Foi ontem 9, No Teatro Leopoldo Froes, do Centro Cultural  Santo Amaro. Na ocasião tive a alegria de reencontrar artistas populares de grande importância como a xilogravurista Nireuda, Fatel,Luiz Wilson,  Pedro Monteiro e  Moreira de Acopiara.

TELEFONE
Em 1876 os EUA comemoravam seu primeiro centenário de independência. Nosso Dom Pedro II estava lá, pois fora chamado para participar das comemorações. O lugar era Filadelfia. E a coisa legal que se possa  lembrar é que inaugurava-se ali o telefone. De um lado Dom Pedro tinha um negócio na orelha e do outro lado,Graham  Bell. Segundo a história, Bell falava algo sobre Shakespeare. Do outro lado, o  nosso Imperador, incrédulo, exclamava: "isso fala!".Isso gerou o dia do telefone, que é hoje. A propósito, a primeira música composta e gravada no Brasil que trata do assunto data de 1917.



Ouça:


quarta-feira, 7 de março de 2018

TEM BAIÃO NA SALA ADONIRAN BARBOSA

A pretexto de contar a história do pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989) e as origens do Baião, um grupo de jovens músicos e atores termina por fazer um belo baile popular, com a presença da platéia que pouco a pouco se entusiasma e cai na dança. Dá-se a essa história o título de uma música eletrizante e bem feita do baiano Gilberto Gil: De Onde Vem o Baião.
Gostei de assistir a performance, digamos assim, de um trio musical e de duas duplas de dançarinos. O trio, formado por uma zabumba, uma sanfona e um triângulo, superou minhas expectativas. O triângulo é competentemente tocado por uma mulher que canta muito bem. Afinadíssima, tanto no triângulo quanto na voz. Lembra um pouco Elba Ramalho, mas isso não a compromete em instante nenhum.

De Onde Vem o Baião começa exatamente com a música que dá título ao gênero, que o conjunto musical cearense Quatro Azes e um Coringa, lançou no dia 22 de maio de 1946, num disco de 78 Rpm. Essa música, que a portuguesinha Carmem Miranda cantou numa versão do americano Ray Gilbert no filme Nancy Goes to Rio, que aqui ganhou o título de Romance Carioca. A Baião, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, seguem-se outras pérolas do repertório Gonzaguiano, como Carolina com K e Sala de Reboco. Num momento do espetáculo, o público é convidado a dançar e aí vira um forró verdadeiramente autêntico, com zabumba, sanfona e triângulo. E não é que de repentemente lá estavam o editor José Cortez e a jornalista Cris Alves? Ao fim da zabumbada, sanfonada e triangada a Cris Chegou a mim e, arfando, não aguentou-se e disse: "o Cortez acabou comigo".
O espetáculo, com direção de Wanderley Piras, permanecerá em cartaz até o próximo dia quatro na sala Adoniran Barbosa (Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 1000).
Ah! Ia me esquecendo de dizer, considero ridícula a não permissão de fotos do espetáculo, durante a apresentação.
Esse é um espetáculo simples e bonito que recomendo a todo mundo, de todas as idades e sexos, e a ficha técnica é esta:
de 20/2 a 4/4
Em um pequeno salão de forró pessoas se encontram e se relacionam. Homens e mulheres dançam, recordam o passado e devaneiam por suas memórias, que acabam por invadir a cena. A música conduz o espetáculo pela história do forró pé de serra, que nasceu no sertão nordestino e nas últimas décadas vem passando por um “processo de urbanização”. Porém ela é contada a partir do pequeno: das pessoas presas em sua timidez e sua solidão, buscando a dança para encontrar o amor, a amizade ou pelo menos ter por alguns minutos um contato físico com outro ser.
direção: Wanderley Piras – dramaturgia: Rodrigo Andrade – elenco: Rodrigo Andrade, Ana Paula Trevisan, David Caldas e Zenaide Paludo – músico responsável: Ricardo Pesce – músicos convidados: Zé Neto e Illa Benício
terças e quartas, às 20h – 60min – Sala Adoniran Barbosa
R$15,00 – a venda estará disponível na bilheteria em seu horário de funcionamento (terça a sábado, das 13h às 21h30, e domingos, das 13h às 20h30), e no site Ingresso Rápido a partir de 30 dias antes do evento (mesmo no caso de temporadas longas) – preço popular: R$3,00 (somente no dia 6/3) – serão vendidos apenas dois ingressos por pessoa, na bilheteria do CCSP, que será aberta duas horas antes do início do espetáculo – os ingressos não estarão disponíveis pela internet.


REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA

Ontem foi feriado em Pernambuco. O feriado lembra a Revolução Pernambucana desencadeada no dia 06 de março de 1817 e que teve entre seus líderes Joaquim da Silva Rabelo (1779-1865). Esse Joaquim também era chamado de Frei do Amor Divino, ou, simplesmente, Frei Caneca. Esse Frei também participou do Movimento que ficou conhecido como Confederação do Equador, formada pelo Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. Depois de preso, Frei Caneca foi condenado à morte por enforcamento, mas seus carrascos se recusaram a executar a pena. Resultado: Frei Caneca acabou tombado crivado de balas diante de um paredão.


segunda-feira, 5 de março de 2018

DEZESSEIS ANOS SEM O POETA PATATIVA


Hoje, exatamente hoje, todos os brasileiros deveriam comemorar o dia em que nasceu o maior poeta popular do País.  
Você sabe meu amigo, você sabe minha amiga, quem foi Antônio Gonçalves da Silva?
Isso! Esse era o nome de batismo do cidadão que ficou conhecido nacionalmente como Patativa do Assaré (1909 - 2012).
Eu conheci pessoalmente Patativa do Assaré em 1978. Quer dizer, há 40 anos.
Patativa publicou o seu primeiro livro em 1956. Nesse livro se acha o famoso poema A Triste Partida, que o rei do baião Luiz Gonzaga gravaria em 1964. Ouça:

https://www.youtube.com/watch?v=zugwpgjgqXc


Patativa foi a pessoa mais conhecida da sua terra, Assaré. Fora da sua terra ninguém o conhecia, mas passou a ser conhecido depois que Gonzaga gravou o seu poema. Mas não era um nome que motivasse reportagens e entrevistas nos jornais e revistas nacionais.

Mil novecentos em sessenta e quatro...
Quatorze anos após a gravação de A Triste Partida, eu conheci o autor. Sobre ele publiquei entrevistas e reportagens em jornais como Folha de S. Paulo. Pouquinho antes disso, o cantor Fagner produziu um disco com o próprio autor declamando seus poemas pela extinta CBS. Pois é sem esse disco, LP, e outro que o mesmo Fagner produziria depois, o Patativa talvez continuasse sendo apenas mais um poeta. Claro, sem falsa modéstia, acho que tive uma participaçãozinha nessa história. Que bom, né?
Fui várias vezes visitar Patativa em sua casa, primeiro na Serra de Santana e depois no Centro da Cidade de Assaré. Ele morou ali, ao lado da paróquia de Assaré. A porta da sua casa estava sempre aberta aos visitantes e ele atendia a todos, com prazer e alegria. Cheguei até a publicar um livro (capa o lado) sobre ele, que está esgotado e gostaria de vê-lo reeditado.
Junto com o cordelista Klévison Viana e o cantor e instrumentista Gereba, fiz também uma música dedicada ao poeta. Ouça:



domingo, 4 de março de 2018

INEZITA BARROSO, SAUDADE....

Ignês Magdalena Aranha de Lima, pouca gente se dá conta de que esse é o verdadeiro nome da cantora paulistana Inezita Barroso.
Inezita nasceu num dia 04 de março.
Hoje é dia 04 de março.
Inezita morreu 4 dias depois de completar 90 anos de idade. Ela deixou saudade e um legado musical, artístico, incomparável.
Privei da amizade, do carinho e do respeito de Inezita por mais de 30 anos. Era de frequentar a minha casa e eu, a dela.
No próximo dia 08, dia internacional da mulher, completam-se 3 anos dos eu encantamento, dos seu afastamento entre nós.
Em 2011, pela Cortez Editore, publiquei o livro a Menina Inezita Barroso, capa acima, de Ciro Fernandes.
Lembro, hoje, de Inezita para que todos lembremos dela n próximo dia 08. Portanto eis aqui a pauta para os coleguinhas do rádio, tevê, jornal etc.
Abaixo, uns links em que poderemos achar Inezita: 





CBN DE CASA NOVA

Depois de quase 30 anos na Rua Das Palmeiras, 315, a redação e estúdios da Rádio CBN seguiram para em prédio de não sei quantos andares da Av. Roberto Marinho, na zona Sul da Capital paulista. Estive algumas vezes falando aos microfones da rádio. A última sobre o carnaval. Ouça:





quinta-feira, 1 de março de 2018

LENDAS DA BOCA DO LIXO

Ah! Esqueci de dizer: João Acácio, o Bandido da Luz Vermelha, virou filme de sucesso no final dos anos de 1960. É como se diz uma filme-biografia em tela grande de Rogério Sganzerla. E houve duas versões, uma em preto e branco e outra a cores. Nessa última versão, o cantor rei do bolero Roberto Luna, paraibano de Serraria está lá. Ao lembrar disso lembro também que em algum lugar do acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há uma carta manuscrita que o bandido me confiou para entregar ao então presidente general da República João Figueiredo.
E como uma coisa puxa a outra, lembro-me que também entrevistei o rei da Boca do lixo Hiroito de Moraes Joanides (1936-1992).
A entrevista que fiz com Hiroito foi publicada nos jornais paulistanos Notícias Populares e Folha de S.Paulo. Isso em fins de 1977.
Além de Hiroito e utras figuras do crime também entrevistei Quinzinho.
Quinzinho era a pedra do sapato de Hiroito. Os dois viviam aos berros e tapas.
Hiroito, como Quinzinho, atirava muito bem e a navalha era a surpresa que guardava para os inimigos, como Quinzinho.
Quinzinho morreu depois de atropelado na Av. São João. Hiroito morreu de morte natural.
Hiroito também foi para atela de cinema. Quinzinho não.
A entrevista que eu fiz com Quinzinho foi publicada no tablóide independente Feijão com Arroz, que durou apenas 5 números. Detalhe: esse foi o único jornal que acolheu nas suas páginas uma coluna assinada pelo compositor Adoniran Barbosa (1910-1982).
E como uma coisa puxa a outra... Pois é, também entrevistei o pioneiro do cinema marginal no Brasil: Ozualdo Candeias (1935-2014).
A entrevista que fiz com Candeias, chamado de cineasta rei da Boca do lixo, ocorreu no programa radiofônico São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante pouco mais de 6 anos na Rádio Capitam AM 1040.
Pois é.


O POVO E QUINZINHO

Embora perigoso como Hiroito, Quinzinho era chamado de malandro. Lembrei-lhe disso no correr da entrevista que fiz com ele para O Feijão com Arroz, e ele: "Malandro é o povo que vive de salário mínimo".