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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

LEMBRANDO PESSOAS QUERIDAS


Ainda guardo no peito, com carinho, pessoas que de algum modo me mostraram caminhos desconhecidos e que há muito com elas não falava. 
Esta semana andei falando com Renato Teixeira,  Júlio Medaglia e Fagner. Foram falas muito agradáveis, de lembranças idem.
Eu conheci Renato ali pelos 80, quando Elis lançava Romaria. E foi curioso o nosso primeiro encontro que surgiu a pedido de Samuel Wainer. Como muita gente deve saber, Samuel foi um dos braços fortes do gaúcho presidente Getúlio Vargas (1882-1954) e fundador do ainda lembrado vespertino, Última Hora.
Esse título fora incorporado à empresa Folha da Manhã e Samuel, um dos nomes da própria Folha. 
Na segunda parte dos anos de 1970,criou-se o suplemento dominical Folhetim. Fui um dos seus colaboradores. Por essa ocasião entrevistei o Renato. Entre umas boas bicadas de Wyborowa, saboreamos um coelho a não sei o que, prato de primeiríssima, isso num restaurante já extinto que ficava ali por perto da Brigadeiro, quase Bixiga.
Foi uma entrevista legal, que ocupou uma página do jornal.
Na conversa desta semana lembramos esse encontro e rimos. E rimos. E eu lhe disse que acabara de ouvir o seu novo cedê que está chegando à praça com a chancela da Kuarup. É um disco muito bonito, com repertório escolhido a dedo e interpretado com acompanhamento de orquestra e tudo o mais.
O papo com o maestro Medaglia foi também muito saboroso e lembramos o Vandré, que a mim disse mais de uma vez da vontade de ouvir sua obra, ou parte dela, no formato sinfônico assinado por Medaglia. Há poucos dias o maestro esteve regendo orquestra em João Pessoa PB, onde ora se acha o autor de Disparada e Prá Não Dizer que não Falei de Flores (Caminhando). A propósito: Em outubro completam-se 50 anos  que essa música chegou aos ouvidos do grande público. Será que a efeméride vai passar em brancas nuvens?
Fagner continua sendo uma pessoa muito agradável. A última vez que o vi foi no Leblon, ao lado do produtor musical José Milton e do forrozeiro Chico Salles (1951-2017).
A obra de Fagner é extensa, recheada de pérolas. São inesquecíveis seus encontros com grandes nomes da Música Brasileira e de países de língua espanhola. Entre os grandes nomes com os quais se juntou, em disco, não dá para esquecer Luiz Gonzaga (1912-1989).Com o rei do baião ele gravou dois LPs. Prá lembrar: