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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

LAMPIÃO E JÔ SOARES

Na foto eu e a cantora Anastácia no Programa Onze e meia, do Jô Soares, no SBT, no início dos anos 90.

Um dos mais versáteis brasileiros acaba de completar 80 anos de idade. Refiro-me ao ator, escritor, humorista, produtor e diretor de teatro carioca Jô Soares, de batismo José Soares. Ele nasceu no dia 16 de Janeiro de 1938, seis meses antes de a polícia sergipana dar cabo ao pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, Lampião.
O que tem a ver Jô Soares com Lampião? A rigor, nada. Mas pensando bem, tem.
Jô, como o seu colega cearense Chico Anysio (1931-2012), criou um monte de personagens e alegrou o Brasil inteiro, via teatro, cinema e tevê. Lampião, por sua vez, não criou personagens, matou-os, e não na ficção, mas na vida real.
Na Paraíba, minha terra, quem faz muita coisa é considerado macho e dizia-se: Lampião é cabra macho. Nessa linha são machos Jô Soares, Chico Anysio e Lampião.
Além do mais, Jô demonstrou várias vezes o seu interesse pela história do cangaço, entrevistando por exemplo a ex-cangaceira Ilda Ribeiro da Silva, Sila (1925-2005). 
Tergiversei???
Bem, o Brasil está cheio de cabras machos: Machado de Assis, José de Alencar, Monteiro Lobato, Santos Dumont, Glauber Rocha,  Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Carlos Gomes, Villa-Lobos, Di Cavalcanti...
Viva Jô Soares!