E como uma coisa puxa a outra, lembro-me que também entrevistei o rei da Boca do lixo Hiroito de Moraes Joanides (1936-1992).
A entrevista que fiz com Hiroito foi publicada nos jornais paulistanos Notícias Populares e Folha de S.Paulo. Isso em fins de 1977.
Além de Hiroito e utras figuras do crime também entrevistei Quinzinho.
Quinzinho era a pedra do sapato de Hiroito. Os dois viviam aos berros e tapas.
Hiroito, como Quinzinho, atirava muito bem e a navalha era a surpresa que guardava para os inimigos, como Quinzinho.
Quinzinho morreu depois de atropelado na Av. São João. Hiroito morreu de morte natural.
Hiroito também foi para atela de cinema. Quinzinho não.
A entrevista que eu fiz com Quinzinho foi publicada no tablóide independente Feijão com Arroz, que durou apenas 5 números. Detalhe: esse foi o único jornal que acolheu nas suas páginas uma coluna assinada pelo compositor Adoniran Barbosa (1910-1982).
E como uma coisa puxa a outra... Pois é, também entrevistei o pioneiro do cinema marginal no Brasil: Ozualdo Candeias (1935-2014).
A entrevista que fiz com Candeias, chamado de cineasta rei da Boca do lixo, ocorreu no programa radiofônico São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante pouco mais de 6 anos na Rádio Capitam AM 1040.
Pois é.
O POVO E QUINZINHO
Embora perigoso como Hiroito, Quinzinho era chamado de malandro. Lembrei-lhe disso no correr da entrevista que fiz com ele para O Feijão com Arroz, e ele: "Malandro é o povo que vive de salário mínimo".