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segunda-feira, 23 de abril de 2018

MACHISMO NO SAMBA E NO CORDEL

Hoje faz uma semana que a cantora e compositora Ivone Lara morreu. Ela foi uma das mais autênticas representantes do samba carioca. Nasceu em 1921, num dia 13 e num dia 13 foi internada. Morreu no hospital, 3 dias depois da internação. Essa história todo mundo já sabe.
Como toda ou quase toda mulher, Dona Ivone Lara casou e teve filhos. Mas enquanto casada comeu o pão que o diabo amassou, pois o maridão não aceitava que seu nome caí se na boca do povo, nem como grande artista que foi. Começou a compor ali pelos anos de 1940, mas com medo do marido entregava as composições para outras pessoas gravarem sem seu nome.
O caso de Dona Ivone me remete à história da paraibana Maria das Neves, a Nevinha, filha do cordelista Francisco das Chagas Batista (1882-1930). Aliás, neste ano de 2018 completam-se 80 anos do lançamento do primeiro folheto de Nevinha: O Violino do Diabo ou O Preço da Honestidade, que saiu com o nome (pseudônimo) de Altino Alagoano. Altino, diga-se de passagem, era como se chamava seu marido. Êta, machismo da gota serena! Clique:

http://assisangelo.blogspot.com.br/2017/03/a-mulher-na-literatura-de-cordel.html

Dona Inove Lara recebeu todas as glorias, em vida. Um dos seus sambas mais conhecidos é Sonho Meu, que recebeu diversas interpretações. Aqui com Maria Bethânia e Gal Costa:




 TOM ZÉ

Atenção meus amigos, atenção minhas amigas, quem não foi ainda é hora de ir apreciar a exposição multimídia do querido baiano de Irara Tom Zé, ali nas dependências do prédio onde que foi sede da Caixa Econômica Federal, na Praça da Sé ao lado da estação. Tom Zé é um cabra danado, cheio de onda, que trafega pelo mundo das vanguardas. A exposição será encerrada dia 20 de maio. Nesse dia, não custa dizer: o bom Renato Teixeira faz aniversário de vida: 73 anos. Viva Tom Zé!