O Gato Com Fome em noite de estréia no SESC Belenzinho (foto Ana Maria) |
Assis, Lúcia Agostini e Osvaldinha da Cuíca |
Cadu, Gregory e Renato, integrantes do Gato Com Fome, tem luz própria e como tal se firmam, definitivamente, no cenário da melhor música paulistana, brasileira. Quer dizer, botam pra quebrar. Sedento é aberto com 3 sambas assinado pelo próprio trio, seguido de uma belezura que o tempo escondeu chamada Juaninha do Riacho, de autoria do paulista de Botucatu Raul Torres ( 1906-1970). Essa música foi gravada no dia 26 de agosto de 1941 (Odeon) e lançada à praça 2 meses depois.
Além das músicas compostas por Gato Com Fome, o espetáculo apresentado no SESC, reúne dúzia e meia de composições, assinadas por Canarinho, Gordurinha e Osvaldinho da Cuíca (Minha Vizinha), entre outros autores de boa cepa.
Gato Com Fome ainda leva ao palco, de improviso, o compositor e cantor Carlinhos Vergueiro, beleza! fora isso tem samba de breque no melhor estilo do carioca Moreira da Silva, o Kid Morengueira.
Em pouco mais de uma hora e meia, Sedento encanta e diverte o público de modo extraordinário. Fazer isso não é fácil.
O espetáculo Sedento deve percorrer outras unidades do SESC do interior, inclusive, e de outros espaços Brasil afora.
O Brasil merece o Gato Com Fome. Detalhe: nesse espetáculo o trio é acompanhado por trompete, trombone, sax, bateria, violão de 6 e 7 cordas e bandolin, além de uma percussão de altíssimo nível.
RELÍQUIA RESGATADA
O Instituto Glória ao Samba, de São Paulo, acaba de extrair do limbo uma relíquia: a gravação de 7 sambas de enredo da Portela. Essa gravação já era dada como extinta. Ela reúne pérolas de autores cariocas. A gravação, numa fita de rolo é de 1958. A descoberta ocorreu semana passada.
Viva o Samba!