Ao longo do debate entre alguns presidenciáveis ontem na Bandeirantes, descobri que Alckmin, Ciro e Marina falam com invulgar fluência o Javanês, de Lima Barreto. Nesse ponto, nota 1000 para o ex governador de São Paulo. A continuar assim, ele findará dançando o tango dançado pelo portador de kock do poema de Bandeira.
O que se ouviu no correr de mais de 3 horas de lero lero, foi lero lero em Javanês, ou grego, como queiram.
Não entendi nada, quase nada. O que eu entendi foi uma total falta de ideias de homens aparentemente lustrados.
Álvaro Dias, de quem se esperava mais, foi de um oportunismo surpreendente. Se presidente, pasmem, ele convocará às fileiras o Juiz Moro para o Ministério da Justiça. Dias tá doido ou não tá doido?
Boulos, aquele do PSOL, que carrega uma nordestina à tiracolo como vice, atirou prá todo lado. Não acertou ninguém, mas atirou. Como atirador, surpreendeu.
Ciro parecia uma moça, toda toda, esperando convite para uma valsa nos braços de Bolsonaro. Não colou. Bolsonaro ficou na dele, apenas cortejando.
Marina, ah Marina! Particularmente não entendi nada do que disse Marina. A propósito, acho que ela misturou javanês com grego e marcianês.
Quanto a Alckmin, posso dizer que fez jus àquela história de picolé de chu chu, sem gosto, sem nada.
Ah! E teve aquele Cabo não sei o quê, que não parava de pecar ao evocar em vão o nome de Jesus Cristo.
E confesso: Pesquei aqui e acolá enquanto ouvia o debate da Band, sendo que costumeiramente demoro a me pegar como o sono. Vá de Retro!
E Lula, hein? Acho que seria interessante ouvir o Lula. É sempre bom ouvir o Lula...Ele é engraçado e perigoso.