A campanha política de 2016 deixou saldo de 28 mortos. As vítimas eram candidatos a prefeito e a vereador. O Rio de Janeiro foi o palco que apresentou o número maior de assassinatos: 16. A maior parte dos casos ficou por isso mesmo.
Matar políticos, no Brasil e no mundo, é rotina. E isso vem de longe.
John Kennedy, presidente norte-americano foi morto quando fazia uma visita a Dalas. O mundo todo ficou chocado com as imagens que a televisão mostrou, ainda em preto e branco. Isso ocorreu no dia 22 de novembro de 1963.
Quase 40 anos antes desse atentado, em Recife o advogado paraibano João Dantas matava o governador João Pessoa Cavalcante de Albuquerque com 3 tiros no peito. Isso ocorreu no dia 26 de julho de 1930.
O gatilho que matou João Pessoa, candidato a vice-presidente, acionou a chamada Revolução de 30, que levou o gaúcho Getúlio Vargas à cadeira de presidente da República.
O que ocorreu há poucas horas em Juiz de Fora, MG, com o candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, foi um ataque tresloucado contra a democracia. Isso é óbvio. Tão óbvio quanto o assassinato de Kennedy e de João Pessoa.
Até um cego pode perceber, com clareza, que debate político não é duelo de morte entre candidatos ou simpatizantes. O cara que desferiu uma facada em Bolsonaro precisa ser punido com o rigor da Lei.
MUSEU NACIONAL
A vida no Brasil corre com uma rapidez incrível. Os fatos, de todos os tipos, se multiplicam com a rapidez de um raio. O incêndio criminoso que acabou com grande parte da história do Brasil já está, pelo jeito, caindo no esquecimento popular e dos jornais etc. O fato ocorrido hoje contra Bolsonaro vai ocupar, já está ocupando todos os jornais e mídias dessa nossa terra querida e também de boa parte do mundo. Pois é, a vida segue. Mas é preciso identificar e punir os responsáveis pela tragédia ocorrida no Museu Nacional. E a vereadora Marielle, hein? E a cidade de Mariana? Continuamos no mar de lama, o mesmo em que se afogou Getúlio Vargas na manhã do dia 24 de agosto de 1954.