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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

TEO AZEVEDO E JOELMA NO RÁDIO



Villa-Lobos (1887-1959) tocava instrumentos de corda e sopro e foi o compositor e maestro de altíssimo nível que o mundo conheceu.
Deixou mais de mil composições, entre elas The Forest of Amazon.
Luiz Gonzaga (1912-1989), o Rei do Baião, deixou mais de 600 músicas gravadas nos ritmos e gêneros os mais diversos. Ele cantou o Nordeste em todos os sentidos, e o Brasil. Em 1989 ele deixou uma obra prima chamada Xote Ecológico.
Téo Azevedo já compôs e gravou mais de 2 mil músicas nos gêneros os mais diversos. Já falou sobre tudo, inclusive sobre pássaros e bichos diversos. No inicio deste ano ele compôs "Floresta em coma quase sem oxigênio" em parceria com Gonzaga Neto, o texto é este:

O REI DO RÍTMO ( O MESTRE DA DIVISÃO)
Téo Azevedo

No ano de dezenove
Era trinta e um de agosto
Nascia em Lagoa grande
Um astro de fino gosto
O filho de José Gomes
E dona Ana Mourão
Quando tinha sete anos

Com dez anos de idade
Adorava ver cinema
Assistir um faroeste
Na vida foi seu esquema
Já tocava com a mãe
Pagodeira, grande artista
Sendo muito conhecida
Como cantora conquista

Os filmes de bangue-bangue
Sua maior diversão
E o ator Jack Perin
Sua grande inspiração
Arranjou um novo nome
De Zé Jack,  escolheu
Depois, Jackson do Pandeiro
Ficou sendo o nome seu

Era um mestre do ritmo
E excelente cantor
Sua fama foi crescendo
Nesse estilo, um doutor
De Campinas a Recife
Até o Rio de Janeiro
Começou a lançar discos
Por este Brasil inteiro

E falando em sucessos
Do seu belo repertório
Tem “A Mulher do Anibal”
Falo do “Cabo Tenório”
E também “Um a Um”
Lembro de “Sebastiana”
E a “Cantiga de Cego”
E “Chiclete  com Banana”

Lembro a “Falsa Patroa”
Junto ao “Falso Toureiro”
“Moxotó” e “Ele Disse”
É “Forró e Limoeiro”
“Forró em Caruaru”
Com “Maria do Angá”
A “Cantiga da Perua”
“Sapo” e “Velho e Gagá”

Já na “Base da Chinela”
Dezessete na Corrente”
O “Xote em Copacabana”
 “Canto da Ema”, oxente
E virgem, Como Tem Zé”
Nas bandas da “Paraíba”
“Vou Gargalhar” com Zé
Zé de Baixo e Zé de Riba

Dia dez aconteceu
Foi Julho ele partiu
Ano de oitenta e dois
Do Brasil se despediu
Chora Almira e Severo
E o Rossil Cavalcante
Edgar Ferreira disse
O homem foi um gigante

O grande mestre Coquista
É o rei do simcopado
Sua forma de cantar
No mundo tá registrado
Canta Caju e Castanha
O Jackson é o enredo
A sincera  homenagem
Do nosso Téo Azevedo

Seu estilo de cantar
Nunca apareceu igual
Brincava com os compassos
De maneira sem igual
O centenário  do Mestre
Nos todos vamos saudar
E pode passar  mil anos
Não tem outro em seu lugar

Salve o nosso Jackson
Do Ritmo, o Campeão
É o maior desse Brasil
Nosso rei da divisão



A FLORESRA EM COMA QUASE SEM OXIGÉNIO

Gonzaga Neto/ Teo Azevedo

A floresta tá em chama
Por idéias   dos irônicos
Com pensamentos crônicos
Não vê que a flora clama
Na UTI  sentindo drama
Seu pulmão  cada milênio
Ausência de hidrogênio
E seu  trauma só Deus soma
Amazônia está em coma
Quase sem oxigênio

Corpo da Amazônia pede
SOS para o mundo
Prá o  pulmão cada segundo
Num estrago que  Deus mede
E se a justiça não impede
A  flora sem nitrogênio
Falta a idéia de gênio
Pois  justiça só embroma.       
Amazônia está em coma
Quase sem oxigênio


Grileiros e fazendeiros
O pulmão verde ameaça
Com mata morta  e fumaça
Com ações de desordeiros
E matam índio os primeiros
Produzindo fosfogenio
E haja promessa e convênio
E o câncer amazônia toma
Amazônia está em coma
Quase sem oxigênio

Teo Azevedo é um artista de grande dimenssão.


Sábado passado eu, ele e a cantora Joelma (abaixo) estivemos no programa do cantor e compositor do Rio Grande do Norte Germanno Jr. Foi uma delícia. Teo, na ocasião, lançou mais um disco de choro (acima)