Em 1919, Juscelino Kubitschek de Oliveira tinha de idade 17
anos. Á época ele concorreu a uma vaga de telegrafista no município onde
nasceu, Diamantina, MG. Mas não seguiu carreira, pois queria mesmo era ser
médico. Virou médico. Mas de mansinho, como todo o bom mineiro, Juscelino foi
embrenhando-se no mundo da política. Antes de virar presidente do Brasil, em
1955, foi prefeito de Belo Horizonte. Quem o conheceu de perto lembra que JK
era uma pessoa muito simples, afável, comunicativa. Arranhava o violão e da
garganta extraia notas de modinha. Foi um seresteiro nato.
Um dia a cantora Inezita Barroso contou-me da beleza que era
estar com Juscelino.
Certa vez JK já presidente mandou um avião pra levar Inezita
de São Paulo à Brasília. Ela não acreditou que era ele quem estava do outro
lado da linha. Depois de duas tentativas de falar com Inezita, JK conseguiu
convence-la de que a voz que a convidava era, mesmo, do presidente. “Ai foi o
máximo, adorei. E cantamos muito, juntos”.
No final de 1969, Juscelino foi convidado para participar de
um LP que chamou-se J.K. em Serenata. Ele topou cantar e ser gravado. O LP
referido é esse ai que se acha nas minhas mãos.
A direção artística do disco coube a Yonne Lopes e
Crisantino Dionísio Gomes; e a coordenação geral a Serafim de Melo Jardim. Três
violões, um cavaquinho, uma clarineta e uma flauta, mais o grupo de seresta de
Diamantina acompanharam JK na empreitada que resultou no LP lançado em 1970
pelo extinto selo Beverly.
Já não se faz presidente como se fazia há bem pouco tempo.
Ah! Juscelino Kubistchek de Oliveira nasceu no dia 12 de
setembro de 1902, e morreu no dia 22 de agosto de 1976.