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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

SETEMBRO MÊS DOS REIS CHICO MANÉ...







No dia, mês e ano em que o cantor Francisco de Morais Alves, o Chico Alves, também conhecido como o Rei da Voz, partia em direção ao céu depois de um a cidade automobilístico na via Dutra, região de Taubaté e Pindamonhangaba, eu desembarcava neste-mundinho-de-meus-Deus-do-céu também, para poucos, conhecido como inferno. E cá estou eu chiando, mas vivo desde a madrugada do dia 27 de setembro de 1952.
Chico Alves morreu aos 54 anos, uma semana e um dia de idade, deixando 983 músicas gravadas em disco de 78 RPM, nos mais diversos ritmos.
Em 1919, Chico gravou em Disco Popular a primeira música (ai ao lado) do seu amplo repertório: O pé de anjo, marcha carnavalesca de Sinhô (José Barbosa da Silva;1888-1930).
Sem dúvida, Chico é uma lenda. Até porque diziam ser ele um grande “comprositor”. Mas essa é outra história.
Chico partiu para a Eternidade no dia em que também nascia Manuel Pereira de Araújo (ai comigo, na foto), pernambucano da cidade de Cabo de Santo Agostinho e que o tempo o transformaria no Rei da Embolada. Mané nasceu no ano de 1910 e foi-se dia 23 de maio de 1993, deixando aqui a gente chorando por ele. Para amenizar a dor eu chamei uma semana depois Teo Azevedo, Rolando Boldrin e outros amigos para um canto de roda naquela igrejinha que há ali por perto da rua Frei Caneca, bairro paulistano de Cerqueira Cesar.
Mané começou a gravar discos em 1933. Ele era admirador quase fanático de Minona Carneiro (1902-1936). Minona era um embolador arretado!
Quem descobriu Manezinho para a música foi o violonista Josué de Barros (1888-1959), também descobridor da portuguesinha Carmem Miranda (1909-1955).
Eu guardo com muito carinho, na memória, a imagem e a voz do Rei da Embolada. Eu costumava frequentar a sua casa na rua Augusta, cá em Sampa. Muitas vezes o querido colega de profissão e amigo Audálio Dantas (1929-2018) ia comigo abraçar o Mané. Quanta história!


67 ANOS, UMA ETERNIDADE...

Até aqui, pelas minhas contas, eu já vivi 804 meses, 3500 semanas, 25 mil dias e pelo menos 580 mil horas. É tempo, não é? Pra comemorar esse tempo, a minha filha Ana e a santa Ivone resolveram chamar amigos para eu comer e beber com eles. Foi sábado, 28. Tem um registro ai, que abre este texto. 
Agradeço a Deus por ter me dado pessoas tão queridas como essas que ai estão, na foto.